O LNEG é um dos principais Laboratórios de Estado europeus que desenvolve estudos na implementação dos biocombustíveis avançados em larga escala, em Portugal e na Europa. Os biocombustíveis visam complementar a aposta na mobilidade elétrica, como contributo de curto/médio prazo para uma economia de baixo carbono nos transportes. A Unidade de Bioenergia e Biorrefinarias do LNEG desenvolve as suas principais atividades nesta área através da investigação, desenvolvimento e implementação de tecnologias mais sustentáveis caracterizadas por uma menor pegada de carbono. O desenvolvimento tecnológico realizado pelo LNEG leva em consideração a implementação de tecnologias mais sustentáveis caracterizadas por uma pegada de carbono residual e utilizando o conceito de biorrefinarias como a forma mais sustentável de utilizar a biomassa endógena nacional como recurso renovável.
As principais atividades em estudo são:
Biocombustíveis líquidos – Conceção e consultoria para implementação de unidades de bioetanol avançado e de outros biocombustíveis líquidos (ex. ácidos gordos de cadeia longa, álcoois gordos de cadeia longa, furanos.) substitutos do gasóleo e dos combustíveis fósseis atualmente utilizados nos transportes marítimo e aviação.
Biocombustíveis gasosos – Conceção e consultoria para implementação de unidades de produção de biometano e hidrogénio renovável com o focus do transporte rodoviário de mercadorias longa-distância e o transporte marítimo de longas distâncias.
Combustíveis alternativos de origem renovável (e-fuels) – A captura de CO2 do ambiente ou sequestrado depois de libertado por indústrias que produzem ou utilizam combustíveis fósseis, acoplado a uma fonte de hidrogénio renovável (por eletrólise da água ou por gasificação de biomassa) produz combustíveis líquidos (ex. metanol, dimetiléter) ou gasosos (metano). Estas tecnologias ainda emergentes, são uma das prioridades europeias para substituição dos atuais combustíveis fósseis.
Combustíveis fósseis de baixo carbono – Resíduos industriais derivados do petróleo, ex. plásticos do tipo poliuretano, pneus usados, emissões de CO2 não-biogénicas podem ser convertidos em combustíveis líquidos ou gasosos via pirólise ou outras tecnologias de conversão termo(bio)química.
Uma previsão conservadora do Fórum Europeu SGAB estima que, em 2030, cerca de 12-15% de todos os combustíveis fósseis utilizados no setor transportador europeu possam ser substituídos por uma combinação dos biocombustíveis atuais, biocombustíveis avançados, combustíveis alternativos renováveis e combustíveis de origem fóssil, mas de baixo carbono.