Desde o Acordo de Paris, tem havido um foco crescente na avaliação do progresso da adaptação às alterações climáticas em vários setores e regiões. Uma questão importante é o que significa “progresso” e como ele pode ser avaliado, aos níveis internacional mas também nacional e local. O papel das cidades e áreas urbanas é cada vez mais reconhecido como vital para lidar com os desafios das alterações climáticas. O número de planos locais de adaptação tem vindo a aumentar nas últimas décadas. Neste webinar exploramos até que ponto os governos locais estão a aprender e a melhorar a sua capacidade para planear a adaptação ao longo do tempo. Foi analisada a qualidade dos planos de adaptação de 167 cidades europeias publicados entre 2005 e 2020. A análise foca seis princípios bem estabelecidos que determinam a qualidade deste tipo de planos: 1. articulação com impactos climáticos previstos; 2. objetivos; 3. medidas; 4. implementação; 5. monitorização e avaliação das medidas; e 6. participação social.
Destinatários: Investigadores, autarquias, técnicos e interessados no tema das alterações climáticas e planos de ação locais.
Apresentação
Os planos de adaptação das cidades europeias estão a ficar melhores com o passar do tempo?
Resumo do estudo
Os planos urbanos de adaptação às alterações climáticas estão a melhorar mas negligenciam as pessoas vulneráveis
Vídeo
Nota biográfica
Sofia Simões é investigadora na Unidade de Economia de Recursos no LNEG dedicada à investigação de futuros de baixo carbono, com ênfase para novas tecnologias e sistemas energéticos, utilização de recursos para a descarbonização, novos modelos de política e economia do carbono, bem como à vulnerabilidade e adaptação dos sistemas energéticos a cenários futuros de alterações climáticas. Nos últimos 15 anos, tem desenvolvido a componente quantitativa (modelação de sistemas energéticos) em diversos estudos para a política pública nacional, tais como o Programa Nacional de Alterações Climáticas. Mais recentemente coordenou dois estudos pioneiros nacionais: (i) o Atlas Nacional para o H2 Verde Sustentável e (ii) Mapa de áreas com menor sensibilidade ambiental e patrimonial para a implementação de centros eletroprodutores de fonte solar e eólica.