Nos passados dias 5 e 26 de abril o LNEG organizou visitas técnicas ao setor de Algares da mina de Aljustrel com equipas das universidades de Aveiro e de Évora, lideradas respetivamente pelos professores Eduardo Silva e Patrícia Moita.
Na primeira visita os temas versaram sobre as componentes de reabilitação ambiental, de mineralogia e alteração hidrotermal e de valorização do património geológico. Foram ainda realizadas filmagens para o Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro, para produção de um vídeo de promoção das Geociências junto dos estudantes e público em geral. O segundo percurso contou também com a participação do Prof. José Mirão do Laboratório Hércules e com a Dra. Sílvia Mestre do Museu de Aljustrel. Os temas abordados incidiram sobre património arqueológico do setor de Algares, em particular a mineração ocorrida no Período Romano e nos séculos XIX e XX.
As duas visitas técnicas inserem-se na iniciativa “Dias de Litoteca Aberta” do Campus de Aljustrel do LNEG, decorrendo sob orientação de João Matos, Sara Santos, Igor Morais e Luís Albardeiro. Os trajetos incluíram o chapéu de ferro de Algares, a galeria mineira do Piso 30 e os antigos tanques de cementação de cobre. Nestas ações o LNEG divulgou a investigação feita sobre a Faixa Piritosa junto do meio académico. A visita à galeria mineira foi feita com a colaboração institucional da Câmara Municipal de Aljustrel.
O setor de Algares da mina de Aljustrel tem sido investigado pelo LNEG através de cartografia de alterações hidrotermais e de estudos de mineralogia – projetos EXPLORA/Alentejo2020 e GEO-FPI/Interreg POCTEP. Os minerais e cristais presentes na galeria de Algares destacam-se pelas espécies com cores muito variadas e diferentes graus de cristalinidade.
Fotos: Luís Albardeiro e Sara Santos, URMG/LNEG.
Projeção de fotografias históricas nos hasteais da galeria
Drenagem ácida observada junto aos antigos tanques de cementação de cobre de Algares