Os recursos geológicos são essenciais na transição energética. Portugal poderá diferenciar-se se for capaz de criar uma cadeia de valor na transformação dos minérios necessários para as novas gerações de semicondutores. O Laboratório Nacional de Energia e Geologia terá aqui um papel fundamental.
Apesar do seu “low profile”, o LNEG (Laboratório Nacional de Energia e Geologia) tem um elevado impacto na economia nacional, e um papel muito importante na produção do conhecimento geológico do país. Através do geoPortal é possível aceder a toda a informação georreferenciada, científica e técnica, relacionada com as diferentes atividades institucionais, permanentemente atualizada. E é através desta ferramenta que o laboratório estuda e desenvolve o potencial geotérmico a nível nacional e regional, contribuindo para a introdução de novas tecnologias e ajudando as empresas no caminho da sustentabilidade ambiental.
Hoje, sob o lema “Construir um futuro mais limpo e melhor”, o LNEG procura parcerias e trabalha em rede, focando a atividade para uma resposta diferenciada e útil à sociedade, assegurando uma resposta eficiente ao nível das políticas públicas. Recorde-se que, em 2018, o mercado dos recursos geológicos de domínio público estão os chamados recursos metálicos, de construção e rochas ornamentais que, a par com os não-metálicos (maioritariamente de domínio privado) valiam, em 2018, cerca de 1700 milhões de euros, 60% dos quais destinados a exportação.
Dar a conhecer o papel e o impacto que o LNEG tem na economia nacional, destacando também a sua presença internacional, através do recente projeto PLANAGEO, em Angola, é o objetivo da Talk “LNEG no mundo. O papel em Angola”, que decorrerá na próxima terça-feira, dia 20 de setembro, e que poderá acompanhar no site do Diário de Notícias. À mesa do debate estarão Teresa Ponce de Leão, presidente do Conselho Diretivo do LNEG; Daniel Oliveira, investigador e coordenador da Unidade de Recursos Minerais e Geofísica; e José Feliciano, investigador e coordenador do contrato PLANAGEO (Plano Nacional de Geologia de Angola).
Este projeto surge após três décadas de cooperação com Angola, vindo reforçar a relação de trabalho entre os dois países. Segundo o LNEG, o PLANAGEO é prova concludente de que grande parte dos objetivos visionários dos responsáveis da República de Angola foram alcançados. Entre esses objetivos, um dos mais importantes, foi o de ter o território coberto por cartografia geológica de qualidade, uma vez que o Mapa Geológico de um país é um dos vários instrumentos fundamentais para a sua governação económica.
Fonte: Diário de Notícias, 14 setembro 2022.
https://www.dn.pt/sociedade/lneg-uma-peca-essencial-no-puzzle-da-descarbonizacao-15163458.html
