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tomo-33-1991

Tomo 33 (1991)


Tomo 33 (1991)Categoria: Publicações, Estudos, Notas e Trabalhos, 1990 a 1999
Data de publicação: 29 setembro, 2019

15.90

O preço inclui IVA à taxa legal em vigor.

Descrição

Artigos

1. Alternativas de Recuperação da Prata de Sulfoarsenietos – Ensaios Preliminares
M. Fonseca Almeida ; M. Manuela Amarante ; J. M. Farinha Ramos (12 páginas)

Resumo: Ao longo da sua actividade como mina de W e Sn, Vale das Gatas, situada no Norte de Portugal, foi acumulando na escombreira sulfuretos argentíferos com teor elevado em As. Ás cerca de 4000 toneladas existentes poder-se-ão juntar mais 2 ton./dia se se utilizar a capacidade de tratamento instalada. A valorização destes produtos que contém 1000-1500 g de prata por tonelada é o objectivo da investigação iniciada.Nesta 1ª fase faz-se a caracterização dos produtos, analisam-se as potencialidades de algumas vias de dissolução da prata e realizam-se ensaios, principalmente com vista a orientar investigações futuras. Em seu resultado, ficam em aberto as lixiviações com cianeto, com tiureia e com cloretos e encerra-se definitivamente a hipótese de aplicar o tiossulfato.

2. Aplicações de Técnicas de Análise de Imagem e Alguns Problemas Geológico-mineiros
Fernando H. Muge ; Pedro D. Pina ; Carlos A. Guimarães ; A. Maurício ; C. A. Figueiredo (16 páginas)

Resumo: Neste artigo são apresentados exemplos de aplicação de técnicas de análise de imagem baseados na morfologia matemática, a cinco diferentes casos geológicos.O primeiro estudo situa-se no domínio do planeamento mineiro e pretende proporcionar a estimação local do teor em volframite nas frentes de desmonte da mina da Panasqueira, com a finalidade de substituir vantajosamente a actual técnica de estimação, facilitando o planeamento.

O segundo caso, no domínio da mineralurgia, refere-se ao controlo das características de produtos resultantes de operações de cominuição e de flutuação, descrevendo-se um método de selecção e identificação de partículas mistas. No caso seguinte, analisam-se alguns problemas relacionados com a discriminação e identificação de diferentes tipos de rochas ornamentais e mármores apresentando-se uma metodologia baseada, ainda, na análise da imagem.

O quarto caso mostra como se pode caracterizar e calcular o modo de uma rocha ígnea por métodos de análise de imagem.

O quinto e último caso refere-se à aplicação da análise de imagem à quantificação do decaimento das pedras do património construído, e traduz o crescente contributo desta metodologia com técnica não destrutiva na abordagem dos problemas de alteração e alterabilidade.

3. Argilas Especiais Barracão-Pombal. Áreas A e B – Execução do Projecto Sondagens Mecânicas
José C. Balacó Moreira (22 páginas)

Resumo: Este trabalho de prospecção e pesquisa de argilas especiais desenvolveu-se nas áreas de Pombal e Barracão, com particular incidência ao longo da directriz da A. E. do Norte.Utilizou-se a prospecção por sondagens eléctricas, como técnica auxiliar, em conjugação com os processos geológicos. A metodologia utilizada na interpretação dos resultados baseou-se nas correlações estabelecidas entre as sondagens mecânicas executadas nas áreas dos jazigos de Pombal e Barracão em 1974/76 e as correspondentes sondagens eléctricas efectuadas em 1985.

Avaliou-se a aplicabilidade do método no contexto geológico local, considerando-se proporcionar informações úteis. As sondagens eléctricas permitiram seleccionar pequenas áreas, com resistividades mais favoráveis e onde foram executadas sondagens mecânicas, cujos resultados se apresentam.

Os ensaios mineralógicos e tecnológicos efectuados permitem classificar algumas das argilas detectadas como especiais.

4. Características Geológico-estruturais e Químico-mineralógicas das Jazidas Auríferas da Região de Penedono-Tabuaço (Viseu, Portugal)
M. B. Sousa ; J. M. Farinha Ramos (26 páginas)

Resumo: As mineralizações de ouro de Penedono são constituídas por um sistema filoniano quartzoso, N45°-50°E e N65°-70°E, instalado em granitos hercínicos sin a tardi-F3, essencialmente granitos alcalinos de duas micas. As mineralizações distribuem-se pelas jazidas de Ferronha, Sto. António, Vieiros, Dacotim-Vale Penela e Sendim. Estas ocorrências filonianas mostram uma organização do tipo fendas de tracção «en échelon» cuja instalação parece relacionar-se com grande acidente cisalhante dúctil-frágil, esquerdo, N80°W a E-W e que corresponderá à continuação para SE (Tabuaço-Penedono) do grande acidente Cerveira-Braga-Amarante.Os filões apresentam-se à superfície numa extensão da ordem dos 200 a 300 metros, com espessuras médias de 0,5 metros. As jazidas ocorrem num alinhamento que se prolonga por cerca de 15 Km. A análise paragenética permitiu distinguir quatro fases mineralizadoras:

    (1) abertura das fendas com deposição de quartzo, arsenopirite, pirrotite e ouro;
    (2) brechificação do filão e deposição de quartzo, arsenopirite, ouro, pirite, volframite, com greisenização;
    (3) fracturação das fases minerais anteriores e deposição de bismutinite, electrum, sulfossais e teluretos;
    (4) alteração supergénica com formação de arsenatos, ouro nativo hidróxidos de ferro, covelite, etc.

Do ponto de vista geoquímico estas mineralizações caracterizam-se pela associação principal As-Au-Bi-W. O ouro ocorre sob a forma nativa, electrum, maldonite e, mais raramente, em teluretos de Au e Ag. Admite-se que a génese do Au se relaciona com a hipotética circulação de fluidos em fractura profunda da crosta (zona de cisalhamento), em que o Au seria remobilizado a partir de rochas intermédias a básicas, por fluidos hidrotermais relacionados com a implantação de magmas graníticos geoquimicamente evoluídos e provocando uma certa mistura de elementos provenientes de origens diferentes.

5. Estudo dos Calcários Ornamentais da Região de Pêro Pinheiro
Octávio Rabaçal Martins (58 páginas)

Resumo: A Direcção-Geral de Geologia e Minas, através do Serviço de Fomento Mineiro, decidiu e empreendeu a realização de um estudo de inventariação visando o conhecimento geológico-económico dos calcários microcristalinos ornamentais da região de Pêro Pinheiro (Sintra).Este trabalho teve lugar entre Outubro de 1969 e Outubro de 1970 e consistiu numa campanha em que foram realizadas 30 sondagens, com um total de 855,46 metros de perfuração; dessas sondagens, apenas 24 conduziram a resultados significativos.

Confirmando o contributo prestado pelo inventário técnico e económico da indústria extractiva da região de Pêro Pinheiro, que antecipadamente levámos a cabo, incluindo a cartografia das pedreiras nas folhas da carta do cadastro à escala de 1:2000, as sondagens vieram realçar a maior importância das zonas de Pêro Pinheiro – Leste e de Lameiras, detentoras das melhores variedades e das maiores reservas comprovadas.

Exploram-se na região quatro variedades fundamentais: Lioz, Vidraço, Encarnadão e Abancado. O Lioz compreende ainda três modalidades: Típico, Azulino e Almiscado. Quanto às reservas brutas in situ, os cálculos conduziram aos seguintes volumes: certas, 9712699 ton.; eventuais, -1834146 ton.; e prováveis, 2195165 ton.; o conjunto perfaz 13741910 toneladas.

Com respeito às reservas sob a forma de blocos comerciais, prontos a entrar na serração, a globalidade atingiu 4881810 toneladas (35,5% do quantitativo bruto), com a seguinte distribuição: certas, 3624830 ton.; eventuais, 719480 ton.; prováveis, 537500 ton. Aos preços actuais, à globalidade destas reservas corresponde um valor médio de 136188000 contos.

Em conclusão, os resultados apurados demonstraram a importância económica da área estudada, actualmente afectada por um surto de desenvolvimento urbanístico, e a necessidade de adopção de medidas específicas de protecção das jazidas de calcários microcristalinos ornamentais da região de Pêro Pinheiro.

6. Illite Crystallinity: Problems in the Selection of the Material to be Measured
Maria de Lourdes Castro Reis (6 páginas)

Resumo: Estudo da influência do material seleccionado para a determinação da ilite por DRX. O índice de cristalinidade (K.I.) da ilite medido na fracção argilosa (<2 micro) da amostra é função da sua composição ilítica, a qual pode depender de vários factores experimentais e não unicamente da natureza da amostra. Algumas considerações são também feitas sobre o desdobramento da reflexão.

7. Selectivação dos Aniões dos Ácidos Fracos nas Águas Sulfúreas: Aspectos Metodológicos
Maria José do Canto Machado (8 páginas)

Resumo: O doseamento dos diversos componentes da estrutura maioritária das águas sulfúreas implicou a afinação de várias metodologias analíticas. A validade dos métodos iodométricos, para obtenção das espécies com enxofre reduzido foi amplamente testada para todos os tipos de águas sulfúreas (pH<8,35; 8,35<ph<9,00; ph=””>9,00).Para o cálculo dos iões em equilíbrio do sistema carbonato é apresentada uma nova metodologia. Esta, envolvendo a determinação sistemática do CO2 total, permite a obtenção de valores de boa reprodutibilidade (precisão relativa 3-5%), conduzindo a resultados quimicamente coerentes.

8. The Role of Lithogeochemistry in the Delineation of Au and Sn-W Mineralization in Schist Terrains of the Gois Region (Central Portugal)
J. M. Santos Oliveira (12 páginas)

Resumo: Tendo em conta as potencialidades geológicas e metalogenéticas que ultimamente vêm sido atribuídas a certos tipos de terrenos xistosos afectados por shear, em termos de ocorrência de mineralizações de ouro, colheram-se e analisaram-se 90 amostras de rochas metassedimentares na região de Góis, centro de Portugal, na vizinhança e em associação com mineralizações dominantemente de ouro-prata e de estanho-volfrâmio aí existentes.Os resultados obtidos para um certo número de elementos menores e traço mostraram, numa perspectiva de prospecção litogeoquímica, que a distribuição geoquímica de alguns deles, em particular, do Co, Ni, Zn, Cd, W, Sn, NH4, Rb, Ba, V, Cu, B, Mn, (Y) e (As) é claramente influenciada pela acção dos processos hidrotermais associados às mineralizações e que afectaram as rochas vizinhas.

Alguns dos elementos são anómalos positivamente, outros negativamente. Transparece desta investigação que o Sb, Ag, As, Zn, Cd e NH4 respondem à acção dos fluídos associados às mineralizações auro-argentífera (Mina da Escadia Grande) enquanto o W, Be, Pb e Rb são mais sensíveis à actuação dos que se relacionam com a mineralização estano-volframítica (Mina do Vale de Pião). Apesar da proximidade espacial das duas minas, definem-se claramente dois estilos de mineralização, caracterizados por assinaturas geoquímicas distintas.

Estes resultados, ainda que preliminares, apontam para o interesse de aplicação dos métodos litogeoquímicos à prospecção mineira, quer à escala regional, quer local.


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