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Tomo 78, Fasc. 1 (1992)


Tomo 78, Fasc. 1 (1992)Categoria: Publicações, Comunicações Geológicas, 1990 a 1999
Data de publicação: 25 setembro, 2019

15.90

O preço inclui IVA à taxa legal em vigor.

Descrição

Artigos

  1. Características Hidrogeológicas dos «Calcários de Moura»
    Augusto T. Marques da Costa (10 páginas)
    Resumo: As características físicas do aquífero menos profundo na cidade de Moura (sul de Portugal), correspondentes aos chamados «Calcários de Moura», são calculados a partir de um conjunto de ensaios de aquífero. Foi possível explicar o comportamento «anómalo» de um dos furos estudados, caracterizado por ter deixado de apresentar artesianismo repuxante, utilizando o respectivo ensaio de recuperação, entre outras técnicas, o que possibilitou o posicionamento da base do aquífero. É igualmente discutido o efeito do limite do aquífero na evolução de níveis durante o bombeamento.
  2. Estudo dos Graptólios Silúricos do Flanco Oriental do Anticlinal de Moura-Ficalho (Sector de Montemor- Ficalho, Zona de Ossa Morena, Portugal)
    J. M. Piçarra ; J. C. Gutierrez-Marco (8 páginas)
    Resumo: Estudaram-se os graptólitos descobertos na Formação de Negrita, unidade diferenciada nos «Xistos de Moura», num local situado no flanco oriental do anticlinal de Moura-Ficalho (área do Sobral da Adiça). A associação de graptólitos pode atribuir-se claramente ao Telychiano terminal (parte alta do Landoveriano superior), com base em critérios morfológicos e de correlação dos monograptídeos estudados. Os exemplares dão uma contribuição importante na estratigrafia do sector de Montemor-Ficalho, dado que constituem a primeira prova real de materiais silúricos.
    Têm um interesse adicional de ser a datação paleontológica mais meridional do Silúrico no Maciço Hespérico.
  3. La Faune de Petits Dinosaures du Crétacé Terminal Portugais
    M. Telles Antunes ; D. Sigogneau (14 páginas)
    Resumo: Pesquisas que efectuámos dizem respeito aos dinossauros post-campanianos das jazidas de Portugal – Aveiro, Viso e Taveiro (cf. ANTUNES & SIGOGNEAU-RUSSELL, 1991, e o presente trabalho). Permitiram chegar às conclusões seguintes:

    1. as jazidas em causa deram uma fauna de dinossauros relativamente diversificada, antes insuspeitada, a qual parece ser a mais variada do Cretácico terminal da Europa, no estado actual dos conhecimentos;
    2. são citadas, pela primeira vez para o Cretácico terminal europeu, famílias que, então, apenas eram conhecidas na América do Norte e na Ásia: Troodontidae, Pachycephalosauridae e provavelmente Coeluridae;
    3. observa-se a máxima variedade nos Terópodes; ao contrário, os Saurópodes estão representados por um único dente, e os Ornithischia por um número limitado de exemplares;
    4. as jazidas estudadas representam duas associações diferentes, apesar de haver alguns elementos em comum; a de Taveiro corresponde, tendo em conta o conjunto dos dados disponíveis, a um ambiente mais terrestre do que a de Aveiro; quanto a Viso, jazida que não foi objecto de lavagem-crivagem, deu poucos exemplares mas parece, pelas suas características, relacionar-se com Aveiro;
    5. a associação de Taveiro mostra afinidades com as do Cretácico terminal e do Puercoano basal dos Estados Unidos; por conseguinte, não nos parece de excluir que aquela jazida corresponda à base do Plaeocénico, o que, de resto, reduziria o hiato entre Taveiro e a jazida do Eocénico basal da Silveirinha, a qual está em continuidade geográfica e estratigráfica com aquela;
    6. dentre os dinossauros, só foram colhidas formas de porte médio (raras) a pequeno ou minúsculo; é de notar a falta total de formas gigantes, tanto mais que fóseis de tamanho relativamente grande provém das mesmas jazidas, no caso de outros grupos de vertebrados;
    7. a ausência de dinossauros gigantes, que, contudo, eram frequentes até o Cenomaniano superior português (inclusive), leva a pensar que a sua extinção se verificou antes do fim do Cretácico, sem dúvida na grande regressão que, progressivamente, reduziu o golfo oeste-lusitânico no decurso do Senoniano, Maastrichtiano e até o Paleogénico. As modificações ambientais teriam poupado temporariamente, em grau variável, os pequenos dinossauros, menos sensíveis poe serem menos exigentes.
    8. a decadência e subsequente extinção dos dinossauros nesta parte da Europa não parecem, portanto, resultar de um acontecimento catastrófico; podem ser atribuídas à degradação climática consecutiva da regressão generalizada post-Cenomaniano, bem como às profundas transformações paleogeográficas e ambientais com esta relacionadas.
  4. Mineralização Filonianas Associadas a Cisalhamentos Pós-pegmatóides do Campo Aplito-pegmatítico de Arga-Minho
    C. L. Gomes ; Orlando da Cruz Gaspar (18 páginas)
    Resumo: O campo aplito-pegmatítico de Arga – situado entre Ponte de Lima e Caminha, no Minho – está instalado em metassedimentos silúricos. A sua colocação é controlada pela interferência da deformação regional F3, intravestefaliana, com a amplificação diapírica do plutonito de Arga. Posteriormente, à sua colocação e em regime dúctil-frágil precoce, os aplito-pegmatitos e o encaixante são igualmente afectados pelo deslocamento envolvente do plutonito que varia de tangencial a transcorrente sinestrógiro. Como resultado surgem superfícies, bandas de cisalhamento e roturas distensivas associadas com enchimento dominantemente quartoso e mineralizações de As, Zn, Fe, W, Pb, Cu, Bi, Ag e Au. Estas mineralizações são posteriores à da cassiterite que ocorre nos aplito-pegmatitos, e correspondem a três tipos de situações:

    • veios dilatacionais intra aplito-pegmatíticos de extensão métrica – N30°-70°E;
    • veios dilatacionais em corredores de cisalhamento entre maciços graníticos de extensão decamétrica – N70°-90°E;
    • mineralização polimetálica, complexa, em deposição sucessiva ao logo de lineamentos NW-SE, com extensão quilométrica.

    O lineamento Argas-Cerquido corresponde a uma zona de cizalhamento polifásica iniciada como uma cone-sheet aplito-pegmatítica. Os três tipos de situações ocorrem neste ligamento que assim constitui uma chave para a caracterização integrada da totalidade das mineralizações pós-pegmatóides

  5. Planaltos do Nordeste da Bacia Terciária do Tejo (Portugal)
    A. Martins ; B. P. Barbosa (10 páginas)
    Resumo: Nos planaltos do Nordeste da Bacia Terciária do Tejo, identifica-se uma superfície culminante equivalente a superfície de acumulação, com altitudes diferentes a norte e a sul de Ponte de Sôr. Na superfície culminante desenvolvem-se vários níveis embutidos, escalonados em concordância com as diferentes posições daquela superfície. Assinala-se, a norte de Abrantes, um bloco balançado para o Tejo e, na restante área da superfície culminante, degraus identificados com acidentes tectónicos, de fraca expressão morfológica, confirmados por referência estratigráfica de valor regional.
  6. Upper Jurassic of the Alcobaça Region. Stratigraphic Contribution
    B. Marques ; F. Olóriz ; P. S. Caetano ; R. Rocha ; J. C. Kulberg ( páginas)
    Resumo: As unidades do Jurássico superior da região de Alcobaça («Camadas com Pholadomya protei», «Camadas de Alcobaça» e «Grés Superiores») foram originalmente definidas por P. Choffat, tendo todos os trabalhos efectuados por outros autores tomado como base as datações então admitidas por P. Choffat.A referência à existência de aminóides encontrados em cortes efectuados na unidade das «Camadas de Alcobaça» por aquele autor («Apontamentos Inéditos»), despertou o interesse pela realização de trabalhos mais pormenorizados que possibilitassem um conhecimento e uma precisão estratigráfica maiores. Os objectivos foram atingidos através da realização de cortes geológicos pormenorizados e do estudo dos aminóides neles encontrados. A presença dos aminóides permite atribuir a parte inferior da Formação das «Camadas de Alcobaça», que na região contacta por falha com o núcleo do diapiro das Caldas da Rainha, ao Kimeridgiano inferior (intervalo no interior da Zona de Playtona) e o topo, que contacta com os «Grés Superiores», ao Titónico inferior (em torno ao limite das Zonas de Hybonotum/Allbertinum). Permite ainda, estabelecer correlações com outras unidades definidas para o mesmo intervalo de tempo, Jurássico superior, de outras regiões de Portugal e datar as superfícies de descontinuidade sedimentar individualizadas.