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tomo-79-1993

Tomo 79 (1993)


Tomo 79 (1993)Categoria: Publicações, Comunicações Geológicas, 1990 a 1999
Data de publicação: 25 setembro, 2019

15.90

O preço inclui IVA à taxa legal em vigor.

Descrição

Artigos

  1. A Formação da Serra Gorda (Tremadociano?) do Sinclinal de Penha Garcia
    António J. D. Sequeira (16 páginas)
    Resumo: No Sinclinal de Penha Garcia (Beira Baixa, Portugal central) foi identificada uma unidade subjacente aos quartzitos armoricanos a que foi dado o nome de Formação da Serra Gorda. Tem carácter essencialmente conglomerático e é constituída por bancadas decimétricas a métricas de conglomerados, quartzitos e xistos, fundamentalmente de coloração avermelhada. A sua espessura máxima é da ordem dos 250 metros.Nesta unidade, caracterizam-se e interpretam-se cinco diferentes litofácies: brechas sedimentares, quartzitos e pelitos de ambiente flúvio-deltaico e conglomerados e quartzitos marinhos de águas superficiais. A formação da Serra Gorda correlaciona-se com outras unidades, com características semelhantes, existentes na Zona Centro-Ibérica e deverá ter idade tremadociana.
  2. Evolución Metamórfica Hercínica en la Región de la Serra de Arada (N Portugal)
    B. Valle Aguado ; R. Arenas ; J. R. Martínez Catalán (22 páginas)
    Resumo: Na região da Serra de Arada afloram extensas áreas de metassedimentos pertencentes, na sua maior parte, ao Compexo Xisto-Grauváquico.A análise microestrutural põe de manifesto uma evolução metamórfica em estreita relação com as 3 primeiras das 4 fases de deformação hercínica que actuaram na região, mostrando um primeiro episódio prógrado, num campo próximo ao do metamorfismo de pressão intermédia que passa a um outro descompressivo para, finalmente, mostrar uma evolução retrógrada.

    O pico térmico, diacrónico, é mais tardio nos níveis profundos do que nos mais superficiais, tendo sido atingido em todos eles anteriormente ao fim da 3ª fase de deformação. O magmatismo granítico é posterior ao pico térmico e os dados obtidos retiram ao metamorfismo regional deste sector o carácter plutonometamórfico proposto por outros autores.

  3. Les Unités Lithostratigraphiques du Groupe de Torres Vedras (Estremadura, Portugal)
    Jacques Rey (12 páginas)
    Resumo: O grupo de Torres Vedras reune os depósitos silico-clásticos do Cretácico inferior na Bacia Lusitânica, a Sul do paralelo de Alcobaça. É constituído por 8 formações (das quais 4 recentemente criadas): 4 depositaram-se em meio fluvial, 3 numa planície litoral e 1 em ambientes mistos, continentais e litorais.Cada unidade é objecto de uma descrição litológica e sequencial, de uma interpretação dos meios de depósito, de uma análise da extensão e das variações laterais de fácies, de uma proposta de idade. A sua repartição no espaço e no encadeamento vertical dos fácies permitem determinar o papel do clima, do eustatismo e da tectónica na evolução dinâmica da Bacia Lusitânica.
  4. O Complexo Eruptivo da Amieira do Tejo e sua Diversidade Petroquímica
    M. L. Ribeiro ; T. Palacios ; José M. U. Munhá (12 páginas)
    Resumo: A cartografia geológica bem como os dados geocronológicos disponíveis demonstram que o Complexo eruptivo de Amieira do Tejo, inicialmente considerado parte do grande batólito de Nisa, corresponde de facto, a um complexo ígneo independente, mais antigo que o granito de Nisa.O Complexo de Amieira do Tejo, é essencialmente constituído por granitos biotíticos, com estrutura zonada onde se individualizam uma região central, de granularidade fina, e uma zona de bordadura com textura porfiróide e frequentes encraves metassedimentares. Apresenta-se deformado e sobretudo fracturado (deformação tardi-hercínica) com desenvolvimento de estruturas cataclásticas e alguma orientação preferencial, macroscópica, dos minerais filitosos. Foi profusamente recortado por filões de natureza diversa, desde félsicos a máficos.

    A diversidade de fácies reveladas na cartografia, que se apresenta, deste pequeno Complexo ígneo de 16 Km2, a estrutura zonada bem como a variabilidade geoquímica indicativa de sucessivas ambiências petrológicas, suscitaram esta nota no sentido de contribuir para a definição geodinâmica local.

    Os granitóides da Amieira mostram composição química algo variável, com baixos teores de sílica (64.7 – 67.81% peso) e elevados teores de alumina (15.1 – 15.6%). As diferenças geoquímicas entre as fácies nuclear e de bordadura são pouco expressivas correspondendo a maior concentração de Fe, Mg e Ca, e a menor de Si, à primeira das fácies. Os filões félsicos apresentam características geoquímicas típicas dos chamados riolitos de «alta SiO2» e nos filões máficos, constituídos por rochas básicas e intermédias, foi possível distinguir dois tipos – os subalcalinos, mais antigos e metamorfizados, e os alcalinos, mais recentes e com mineralogia primária conservada.

    As características petrográficas e geoquímicas de ambas as fácies granitóides do Complexo da Amieira do Tejo são semelhantes às dos granitos resultantes da fusão de sedimentos. A sua associação espacial com as rochas mássicas subalcalinas, sugere que aqueles granitos possam ter resultado da fusão crustal quando se deu a instalação dos magmas máficos subalcalinos. Posteriormente, a fonte mantélica ter-se-á aprofundado (originando a série alcalina), a fusão crustal ter-se-á também deslocado em profundidade e os materiais que ascenderam em fase posterior atingiram os granitos já consolidados e fracturados.

  5. Porto-Tomar Shear Zone, a Major Structure Since the Begining of the Variscan Orogeny
    R. Dias ; A. Ribeiro (10 páginas)
    Resumo: Trabalhos anteriores (PEREIRA et al., 1980; RIBEIRO et al., 1979) mostraram que a zona de cisalhamento Porto-Tomar, com uma orientação geral NNW-SSE, se tinha iniciado durante o Westefaliano com uma componente de desligamento direito de 100 Km. A sua génese estaria relacionada com as fases de formação do Arco-Ibero-Armoricano (LEFORT & RIBEIRO, 1980). Trabalhos recentes de estimação da deformação finita no autóctone da zona Centro-Ibérica, permitem uma nova interpretação desta macroestrutura.De acordo com os novos dados, este acidente já estaria activo desde as fases precoces da orogenia Varisca. Com efeito, na região do Buçaco, a forma dos elipsóides de deformação finita associados à primeira fase, muda bruscamente quando nos aproximamos desta estrutura; na vizinhança da falha obtemos elipsóides prolatos enquanto que no resto do sinclinal os de deformação plana dominam. A deformação plana é o regime de deformação predominante na parte sul do autóctone da Zona Centro-Ibérica (DIAS & RIBEIRO, 1993).

    A variação da deformação na região do Buçaco pode ser explicada admitindo-se uma componente de movimentação direita ao longo da falha; nesta falha, esta é a componente de movimentação predominante durante a maior parte da orogenia Varisca.

    Quando combinada com a componente de desligamento esquerda ao longo dos acidentes NW-SE (como ma zona de cisalhamento de Tomar-Badajoz-Córdova), obtemos escape do material para SSE; este é um mecanismo semelhante ao descrito para a colisão Índia-Eurásia (MOLNAR & TAPPONIER, 1977). Este escape lateral está de acordo com o modelo de identação proposto para a génese do Arco Ibero-Armoricano (MATTE & RIBEIRO, 1975).

  6. Reactivação Cenozóica da Falha de Segura (Beira Baixa)
    R. P. Dias ; J. Cabral ; J. M. C. Romão ; A. Ribeiro (12 páginas)
    Resumo: A falha de Segura situa-se na Zona Centro-Ibérica do Maciço Hespérico, na região centro-oriental do território português (Beira Baixa). Tem um comprimento total de cerca de 22,5 km e uma orientação geral de ENE-WSW. Corresponde a um sistema de fracturas tardi-variscas. Funcionou como um desligamento esquerdo tardi-varisco, com movimentação inversa associada, reactivado posteriormente durante a Orogenia Alpina. Limita, a norte, a Bacia de Cegonhas-Segura (pequena bacia integrada na Bacia Cenozóica de Moraleja-Rodão). Esta reactivação é evidenciada por dados geomorfológicos, estratigráficos e estruturais, com contactos por falha entre o soco e depósitos do Cenozóico e a presença de uma escarpa de falha ao longo de todo o seu comprimento. A reactivação durante o Quaternário não é clara, pois não existem depósitos deste período, nem referências geomorfológicas seguramente desta idade, afectados pela falha.Realizaram-se estudos pormenorizados de diversos cortes ao longo do acidente, medindo-se um total de 166 planos de falha. Estes dados foram tratados automaticamente com o objectivo de efectuar a sua análise dinâmica, tentando diferenciar os vários episódios de reactivação na falha. Com base na geometria do acidente, estimou-se o intervalo de recorrência e o sismo máximo mais provável que esta estrutura pode gerar.
  7. Stratigraphie Séquentielle sur une Plate-forme à Sédimentation Mixte: Exemple du Crétacé Inférieur du Bassin Lusitanien
    Jacques Rey
    Resumo: Seis tipos de sequências locais são descritos no Cretácico inferior da Bacia Lusitânica. São representativos de uma plataforma de sedimentação mista, silico-clástica e carbonatada.As suas características são ligadas com a sua localização na bacia e a sua evolução eustática a longo termo. Os prismas de baixo nível e de bordadura da plataforma são geralmente presentes, com um desenvolvimento das chegadas terrígenas. Os intervalos são assinalados muitas vezes por um acrescimento da fracção argilosa. Os prismas de alto nível são essencialmente calcários e de baixa energia.

    As sequências de depósito são reconstituídas pela associação, na escala da bacia, de diversos tipos de sequências locais, 25 sequências de 3ª ordem, de uma duração média de 1 M.A. foram reconhecidas no intervalo Barriasiano-gargasiano basal. Elas se inscrevem nos 2 ciclos da 2ª ordem de regressão-transgressão (Berriasiano-Hauteriviano basal; Hauteriviano-Bedouliano).


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