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tomo-80-1994

Tomo 80 (1994)


Tomo 80 (1994)Categoria: Publicações, Comunicações Geológicas, 1990 a 1999
Data de publicação: 25 setembro, 2019

15.90

O preço inclui IVA à taxa legal em vigor.

Descrição

Artigos

  1. A Sepultura de Castro Marim
    Mário Varela Gomes ; João Luís Cardoso ; Armando Santinho Cunha
    Resumo: Neste trabalho estuda-se o espólio arqueológico e antropológico de uma sepultura de Castro Marim, explorada, cerca de 1870, por António Mendes, colector da então Comissão Geológica.As características arquitectónicas do monumento sugerem um tipo de sepulcro até ao presente ainda não descrito em Portugal, correspondendo a uma câmara circular, de pequena altura, sem corredor, definida por pequenos e numerosos ortóstatos.Os paralelos mais próximos situam-se na província de Almeria e remontam ao Neolítico final. No caso do monumento de Castro Marim, tal atribuição cronológica encontra-se reforçada pela datação radiocarbónica obtida pela porção de diáfise de tíbia pertencente ao único indivíduo ali sepultado.Trata-se, pois, de monumento anterior à generalização dos sepulcros colectivos calcolíticos do tipo tholos, bem representados no Algarve, dos quais se poderá considerar antecessor.
  2.  Caracterização Magnética e Modelo do Mecanismo de Intrusão do Maciço Granítico do Romeu
    M. Moreira ; M. L. Ribeiro (12 páginas)
    Resumo: Fez-se um estudo da susceptibilidade magnética, anisotropia da susceptibilidade magnética, magnetização remanescente e magnetização à saturação, das rochas graníticas do maciço tardi-hercínico, leucocrata, do Romeu em Trás-os-Montes. A análise da carta de susceptibilidade magnética elaborada, permitiu definir este maciço como essencialmente paramagnético – granito de Romeu e Cernadela – e estimar os seus conteúdos em Fe2+.As cartas de magnetização natural remanescente e da magnetização à saturação executadas, revelaram a muito fraca contribuição da componente ferromagmática, e a predominância do conteúdo em hematite face ao observado, mas muito reduzido, conteúdo em magnetite. A análise de anisotropia de susceptibilidade, das várias fácies, determina diferenças na deformação das diversas zonas do maciço.A interpretação conjunta destes dados, com o apoio de conclusões geoquímicas e geocronológicas, favorece a hipótese de que o maciço de Romeu resultou da implantação de material crustal proveniente de fusão parcial em duas fases, relativamente próximas no tempo: a primeira, associada à implantação do magma mais félsico, e a segunda, correspondente à intrusão através da primeira de um magma menos félsico.A expressão no terreno das duas fácies graníticas, aproximadamente concêntricas, a variação da anisotropia magnética e os resultados do perfil gravimétrico efectuado, possibilitaram a definição da forma e profundidade de enraizamento do maciço (cerca de 2,5 Km), permitiu ainda sugerir como forma de intrusão, o modelo de «gota de água invertida» de HANMER e VIGNERESSE (1980): a fácies mais félsica – granito do Romeu – dada a sua baixa densidade, ascendeu na crusta e implantou-se a um nível estrutural relativamente elevado.

    Na cauda do granito do Romeu, o material menos félsico e mais denso – o granito de Cernadela – ascendeu menos rapidamente, atingindo maior granulometria. Este material encontrar-se-ia menos viscoso quando atingiu o granito do Romeu e o intruiu, essencialmente na zona do canal de ascensão.

  3. Contribución para el Conocimiento del Complejo Esquisto-Grauváquico de la Région de Arouca (N Portugal)
    B. Valle Aguado ; J. R. Martínez Catalán (8 páginas)
    Resumo: O estudo dos materiais ante-Ordovícicos do Complexo Xisto-Grauváquico (CXG) da região de Arouca permite separar duas grandes unidades litostratigráficas: a Unidade Inferior, predominantemente pelítica, e a Unidade Superior, arenoso-pelítica com níveis conglomeráticos intercalados.Neste trabalho apresenta-se a distribuição cartográfica e descrição litológica destas duas unidades, discutindo-se também as suas possíveis correlações com outras séries ante-ordovícicas estabelecidas em outras regiões da Península Ibérica.
  4. Crocuta Crocuta Intermedia (M. de Serres, 1828) (Mammalia, Carnivora) no Plistocénico de Portugal
    João Luís Cardoso (10 páginas)
    Resumo: A presença de Crocuta crocuta intermedia, embora sugerida pelo pequeno tamanho dentário da única peça conhecida (CARDOSO, 1993a), carecia de cabal discussão e demonstração. Trata-se de uma hemimandíbula direita com a série jugal conservada, proveniente da Lorga de Dine (concelho de Vinhais), cavidade cársica existente em calcários do Silúrico. Nas comparações efectuadas, procurou-se obter representação diacrónica da espécie Crocuta crocuta , por forma a melhor situar o exemplar português.Assim, além dos conjuntos constituídos pelos espécimes portugueses plistocénicos, todos wurmianos, e actuais, consideram-se os conjuntos de Lunel-Viel (Mindel-Riss), de Châtillon-Saint-Jean (Riss I ou II), e Jaurens (Würm recente). Concluiu-se que a peça em causa se identificava com as de Lunel-Viel, correspondendo a C. c. intermedia. Discutem-se, assim, os critérios valorizados na diferenciação da referida subespécie.Conclui-se que se justifica a manutenção do táxone, acentuado no Mindel-Riss, como indica a população homogénea de Lunel-Viel. Porém, a ocorrência de C. c. intermedia na Lorga de Dine poderá, eventualmente, ser mais recente, considerando o papel de área-refúgio que o território português desempenhou, até o final do Würm antigo.
  5. La Descloicita Cúprica de Santa Marta, (Badajoz, SW de España): Un Estudio Comparativo de las Técnicas de Caracterización en la Serie Descloicita-motramita
    M. J. Liso ; M. Leon ; M. Murciego ; M. A. Rodriguez (6 páginas)
    Resumo: Constitui objectivo principal deste trabalho a caracterização de uma descloizite cúprica: vanadato básico de chumbo, zinco, e cobre. Encontram-se em zonas de oxidação de jazigos de chumbo e zinco de Santa Marta (Badajoz). A descloizite cúprica é um dos termos da série imorfa Descloizite – Motramite (s.s.) Pb (Zn, Cu) (Oh) (VO4) – Pb (Cu, Zn) (OH) (VO4). Compara-se a descloizite cúprica com a descloizite de mina da Preguiça (Portugal) e com outros termos desta solução sólida.A análise por espectrometria de absorção de raios infravermelhos revela-se uma técnica de análise adequada para distinguir os seus vários termos, mostrando-se a difracção pelos raios-X imprecisa. Pela primeira vez realiza-se a análise térmica (DSC-TG) da descloizite cúprica. Este método analítico revela-se importante para a identificação dos termos da série isomórfica e o seu grau de alteração.
  6. Ocorrência de Crinóides em Mármores do Complexo Vulcano-Sedimentar Carbonatado de Estremoz: Implicações Estratigráficas
    J. M. Piçarra ; J. LE Menn (12 páginas)
    Resumo: Em mármores do Complexo Vulcano-Sedimentar Carbonatado (CVSCE) de Estremoz presentes nos Anticlinais de Estremoz e Ferrarias (parte portuguesa da Zona de Ossa Morena), foram identificados colunares de crinóides. Estes fósseis encontram-se normalmente em finas bancadas de calcário conglomerático com lentículas e clastos de xisto negro, calcário e cherte. Pela estrutura holomérica que apresentam não são dos mais primitivos. A dimensão dos colunares assim como outras características morfológicas indicam que pertenciam a espécies de idade pós-Ordovícico inferior.Conclui-se que o CVSCE não é de idade câmbrica ou ordovícica inferior. Sugere-se como hipóteses alternativas para a idade do CVSCE as de Ordovícico superior ou pós-Silúrico superior, ambas baseadas em aspectos litológicos locais e correlações estratigráficas feitas a nível regional. Esta descoberta contribui para a redefinição da posição estratigráfica de unidades das áreas de Ficalho-Moura, Alvito-Viana, Portel e Aracena (Espanha) que ocorrem num contexto geológico semelhante ao do CVSCE.
  7. On Western Europe Miocene Gavials (Crocodylia) their Paleogeography, Migrations and Climatic Significance
    M. Telles Antunes (14 páginas)
    Resumo: São descritos restos de crocodilos atribuídos a uma espécie indeterminada de Gavialis. Todo o material provém de jazidas situadas na bacia do Baixo Tejo, em Lisboa e arredores, datadas desde o Burdigaliano inferior ao Langhiano. São desconhecidos em níveis mais modernos.É considerado o conjunto da fauna de crocodilos da região, a qual inclui uma forma europeia autóctone, Dyplocynodon sp., a par de imigrantes: Tomistoma lusitanica e Gavialis sp., ambos de provável origem asiática. A expansão para ocidente parece relacionada com a transgressão do Burdigaliano e correspondentes modificações paleogeográficas e ambientais. Migrações a partir do extremo ocidental da Europa podem explicar a implantação de populações de Tomistoma na América do Norte oriental que, através de especiação, deram origem a T. americana, do Miocénio superior.Salienta-se o valor dos crocodilos como indicadores climáticos e, em especial, de Tomistoma e Gavialis como formas estenotérmicas de temperatura elevada. Aridez crescente no início do Miocénico médio e temperaturas menos elevadas explicam a sua rarefacção e subsequente extinção na região em causa.
  8. Sedimentary Records of Deep Contour Currents: An Example, the Mediterranean Outflow in the Late Quaternary
    J. C. Faugères ; E. Gonthier ; H. Monteiro ; C. Vergnaud-Grazzini (18 páginas)
    Resumo: A sedimentação na margem atlântica sul e oeste da Península Ibérica é fortemente inflenciada pelas correntes de fundo actuais relacionadas com o fluxo de água mediterrânica. Vários parâmetros morfológicos e sedimentológicos podem ser usados para estabelecer o registo do seu impacto durante os últimos 18000 anos.A partir dos parâmetros morfológicos infere-se a presença e intensidade das correntes a todas as escalas, incluindo estruturas erosivas, formas do fundo de limitada acumulação (ripples e ondas de sedimento) e grandes acumulações (contornitos, diques sedimentares e lençóis sedimentares esculpidos).Os parâmetros sedimentares (estrutura e textura) registam, em pequena escala, a presença e intensidade de fluxos e a sua variação no espaço e no tempo. As variações verticais e horizontais destes parâmetros permitem reconstruir a distribuição geográfica das correntes e das mudanças do seu regime durante o Quaternário recente. Parâmetros sedimentológicos específicos tais como a distribuição da argila, associações de foraminíferos ou conteúdo isotópico, em C13, são também traçadores fiéis das massas de água; a razão esmectite/ilite mostra que o efeito do fluxo de água mediterrânica atinge o Canhão de Nazaré enquanto a microfauna bêntica e conteúdo em C13 das testas de foraminíferos são bons indicadores da ocorrência e variações de actividade desse fluxo.A análise de todos estes parâmetros permite-nos reconhecer as variações principais do impacto do fluxo de água mediterrânica. A morfologia desempenha um papel essencial, quer na distribuiçaõ e intensidade das correntes (efeito da canalização) quer nas características das acumulações sedimentares delas resultantes. As variações das correntes durante o Quaternário recente (até aos 18000 anos B. P.) reflectem-se na alternância dos períodos de maior e menor intensidade das correntes.

    Foram identificados três períodos de intensificação da circulação de fundo com base nos sedimentos colhidos em muitos dos locais estudados, cerca de 15000 anos B. P., 11000 anos a 10000 anos B. P. e 3000 anos B. P..

  9. The Trilobite Eocharpes Cristatus Romano, 1975 from the Valongo Formation (Ordovician) of North Portugal
    Eduard H. Tauber ; José M. Reis (16 páginas)
    Resumo: Na base de novo material caracteres morfológicos adicionais da região cefálica da Eoharpes cristatus Romano, 1975 da Formação de Valongo de Portugal são descritos, indicando afinidades mais próximas com a Eoharpes guichenensis HENRY & PHILIPPOT, 1968 da Formação de Travesout na Bretanha do que os sugeridos por material anteriormente estudado. O tórax e o pigídio da espécie são pela primeira vez descritos.A extensão estratigráfica desta espécie é estabelecida e a biozonação da Formação de Valongo é revista, adoptando o limite da Biozona tournemini/borni determinado por HENRY & CLARKSON (1975). A diversidade e relativa abundância das trilobites do agrupamento onde Eoharpes cristatus ocorre é apresentada. Discute-se a biogeografia da região e é proposta uma rota de migração. É incluida uma lista faunal provisória de trilobites da Formação de Valongo.

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