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tomo-81-1995

Tomo 81 (1995)


Tomo 81 (1995)Categoria: Publicações, Comunicações Geológicas, 1990 a 1999
Data de publicação: 25 setembro, 2019

15.90

O preço inclui IVA à taxa legal em vigor.

Descrição

Artigos

  1. Cartografia Geoquímica do Maciço Granítico de Freixo de Numão: Implicações Petrogenéticas e Geodinâmicas
    Pedro Ferreira ; M. L. Ribeiro (14 páginas)
    Resumo: O maciço de Freixo do Numão (MFN) considerado até ao presente como tardi a postectónico relativamente à orogenia hercínica foi, neste estudo, objecto de detalhada cartografia geoquímica, atendendo ao formalismo da Geostatística. Os padrões de distribuição elementar e de óxidos, apresentam geometria transversa, relativamente ao corpo ígneo, sugerindo as particularidades do seu mecanismo de instalação e da diferenciação química do maciço.Esta geometria, transversa, dos padrões, indica que a diferenciação interna do maciço deverá ter sido condicionada por tensões regionais e sugere que a instalação do MFN foi sinirogénica. Os aspectos petrográficos e da geoquímica de elementos maiores e traços, que também se apresentam, indicam que a diferenciação interna do MFN se processou de forma diversa da geralmente admitida para os líquidos máficos, enquadrando-se melhor na designada «fraccionação in situ».De acordo com este processo, sugere-se que o magma, em arrefecimento, cristalizou no local, de forma a que os cristais resultantes da fraccionação dos líquidos mais primitivos, funcionaram como núcleos de cristalização dos estádios seguintes. Durante a cristalização, os componentes fémicos e máficos comportaram-se de forma independente e o processo progrediu até à cristalização final dos líquidos residuais, menos densos enriquecidos em SiO2, Na2O e Rb.

    A ocorrência de fendas de tensão, abertas no corpo ígneo já em adiantado estado de solidificação, pelo campo regional, durante a 3ª fase de deformação hercínica facilitaram o escape desses líquidos residuais, proporcionando o espaço necessário à sua migração. O arranjo geométrico da cartografia geoquímica mimetiza, assim, a expressão do campo de tensões.

  2. Characterization of the Parakidograpyus Acuminatus Graptolite Biozone in the Silurian of the Barrancos Region (Ossa Morena Zone – South Portugal)
    J. M. Piçarra ; P. Storch ; J. C. Gutiérrez-Marco ; J. T. Oliveira (6 páginas)
    Resumo: A base do Silúrico foi identificada na região de Barrancos (Zona de Ossa Morena) a partir da descoberta de graptólitos da Biozona de P. acuminatus em duas localidades a SE do Castelo de Noudar. Este achado representa o primeiro registo da biozona em Portugal e a terceira referência bem documentada em toda a Península Ibérica. A sequência fossilífera é constituída por liditos tectonizados com intercalações de xisto negro e níveis quartzíticos impuros subordinados na sua parte mais inferior. Determinaram-se as espécies: Parakidograptus acuminatus, Normalograptus trifilis, N. medius, N. angustus, Cystograptus ancestralis e Neodiplograptus cf. lanceolatus. Esta associação pode ser referenciada à parte média da Biozona de P. acuminatus devido à presença de N. trifilis. A base do Silúrico, da região de Barrancos, correspondente a esta biozona, é bastante semelhante à de outras áreas peri-Gondwânicas europeias no que respeita à litologia, espessura e graptólitos identificados.Estes dados bioestratigrágicos provam a não existência em Barrancos da lacuna estratigráfica do Silúrico basal e contribuem também para o melhor conhecimento do limite Ordovícico-Silúrico na parte portuguesa da ZOM.
  3. Condições Termobáricas de Implantação das Rochas Granitóides da Região de Torredeita (Viseu, Portugal Central)
    L. J. P. F. Neves (16 páginas)
    Resumo: A utilização de diversos métodos termobarométricos permitiu definir, para as rochas granitóides da região de Torredeita, as condições P-T sob as quais estas se implantaram.Os granitóides biotíticos porfiróides terão cristalizado no intervalo 750-700°C, sob pressão de 2±0.5 Kb (Ptotal=PH2O); a moscovite e o feldspato potássico prosseguiram o seu desenvolvimento em condições de subsolidus, até ca. 560 e 500°C, respectivamente, tendo os últimos fenómenos de exsolução e ordenamento estrutural nos feldspatos decorrido a temperaturas situadas no intervalo 380-460°C.Os granitos moscovítico-biotíticos cristalizaram sob pressão total de 3±1 Kb (Ptotal=PH2O), no intervalo 610-690°C; a moscovite (nalguns casos) e o feldspato potássico prosseguiram o seu desenvolvimento em condições de subsolidus, até 540 e 500°C, respectivamente, tendo os últimos fenómenos de exsolução e ordenamento estrutural dos feldspatos decorrido no intervalo 340-460°C.
  4. Datações Isotópicas com Sr. do Miocénico do Flanco Sul da Serra da Arrábida
    M. Telles Antunes ; H. Elderfield ; P. Legoinha ; J. Pais (6 páginas)
    Resumo: Apresentam-se datações isotópicas de Sr realizadas sobre conchas de moluscos recolhidos no Miocénico do flanco Sul da Serra da Arrábida.Foi possível precisar a datação de unidades correspondentes ao Burdigaliano e ao Langhiano. A fase tectónica marcada pela discordância angular entre as unidades (a) e (b) deu-se por volta dos 17 M.A. e parece corresponder à lacuna no topo da div. IVb verificada na região de Lisboa-Almada.Outra fase tectónica responsável pelo dobramento das restantes unidades (e, talvez, pelo cavalgamento do Jurássico sobre o Miocénico) é mais moderna que 16 M.A. Pode corresponder à fase neocastelhana, conhecida em toda a Ibéria, que ocorreu no Langhiano.
  5. Découverte du Plus Récent Poisson Characiforme Européen dans le Miocène Terminal du Portugal
    M. Telles Antunes ; Ausenda Balbino ; Jean Gaudant (6 páginas)
    Resumo: É assinalada a descoberta em Vale de Zebro de um dente de Characiforme (Peixe teleósteo) na Formação de Esbarrondadoiro (bacia de Alvalade – Baixo Alentejo). A ocorrência data do Miocénico terminal (biozona mamaliana MN 13; idade magnetostratigráfica, aproximadamente 5.3 a 5.8 Ma), sendo a mais moderna conhecida na Europa. O seu significado paleoecológico e paleogeográfico é discutido.
  6. Determinação da Produção de Calor em Amostras Rochosas. Aplicação a Amostras Portuguesas
    António Correia (8 páginas)
    Resumo: Utilizando um espectrómetro de radiação gama é possível determinar, simultaneamente, as concentrações em potássio, urânio e tório em amostras rochosas e, a partir destas, calcular a sua produção de calor por unidade de volume.Neste trabalho descreve-se, em detalhe, o método de determinação dos teores em potássio, urânio e tório por espectroscopia de radiação gama e são apresentados os teores desses elementos radioactivos em oito amostras rochosas colhidas em Portugal Continental, em afloramentos do maciço granítico de Sta. Eulália (Alentejo) e num furo de prospecção geotérmica localizado no maciço granítico da Serra de Sintra. São também calculadas as produções de calor por unidade de volume para essas amostras e os resultados são comparados com os valores obtidos em rochas semelhantes de outras regiões do Globo.
  7. Notas Sobre a Aplicação Directa das Rochas Fosfatadas de Farim (Guiné-Bissau); Estudo Químico e Mineralógico da Sondagem BR-19
    Luís C. Gaspar ; José Hipólito Monteiro ; T. L. Miranda (10 páginas)
    Resumo: A norte da Guiné-Bissau, na região de Farim ocorre um depósito fosfatado, atribuído ao Eocénico, onde foram realizadas várias sondagens. Foi feita uma colheita de amostragem da rocha fosfatada (RP) da sondagem BR-19 que apresentou valores de P2O5 entre 3-25%.O estudo mineralógico e químico mostrou que o mineral fosfatado é uma fluorapatite carbonatada (francolite) com valores médios de 0,145 para a razão F/P2O5 e 5.3% de CO2. A reactividade da RP é relativamente elevada, e tendo em conta a acidez e a deficiência em fósforo dos solos da Guiné, permite prever a possibilidade de aplicação directa, pelo que se julga indispensável os estudos de agrogeologia para as culturas adequadas de acordo com os solos a utilizar.Dada a espessura do estéril sobre o jazigo sugere-se a realização de estudos de viabilidade da exploração por «Slurry mining».
  8. Nouvelles Données sur les Petits Mammifères du Miocène Terminal du Bassin de Alvalade, Portugal
    M. Telles Antunes ; P. Mein (12 páginas)
    Resumo: De nouvelles récoltes dans des dépôts marins du Miocène terminal de Esbarrandadoiro et Vale de Zebro (bassin de Alvalade), ainsi que l’evolution des connaissances de mettre à jour les detérminations de quelques taxa reconnus auparavant (voir le Tableau 1). On corrobore la datation que nos avions admise, Miocène tout à fait supérior, «mammal-unit» MN 13 (Turolien supérior, équivalant plus ou moins au Messinien), vers 5 à 6 MaOn trouve ici simultanément l’Apodemus gudrunae et le Paraethomys abaigari, alors qu’en Espagne ces deux espèces se succèdent dans le temps dans cet ordre, et ne sont pas contemporaines dans la limite des connaissances actuelles. Les considérations d’ordre écologique et paléobiogéographique précédentes demeurement valables.
  9. On the Eocene Equid (Mammalia) from Feligueira Grande, Portugal, Paranchilophus Lusitanicus (Ginsburg, 1965). Taxonomic Status, Stratigraphic and Paleogeographical Meaning
    M. Telles Antunes (16 páginas)
    Resumo: O fossil em estudo não pertence a Palaeotherium, Pachynolophus, Hyracotherium, Lophiotherium, Propalaeotherium, Plagiolophus e Metaplagiolophus. Não há relação estreita entre Anchilophus e, em conjunto, o exemplar da Feligueira Grande e os Paranchilophus de Mazatéron e Llamaquique. Anchilophus tem, igualmente, de ser eliminado. Nenhumas diferenças separam o fóssil português dos Paranchilophus de Espanha.O exemplar de Feligueira Grande e a população de Llamaquique.(típica de Paranchilophus remyi) partilham os mesmos caracteres. Por conseguinte, a espécie Anchilophus lusitanicus L. Ginsburg, 1965 pertence ao género Paranchilophus Casanovas-Cladellas & Santafé-Llopis, 1989; e é conspecífica com a espécie-tipo, Paranchilophus remyi. O nome tem de ser, de acordo com a Regra da Prioridade, Paranchilophus lusitanicus (L. Ginsburg, 1965), sendo remyi um sinónimo mais moderno. A idade das camadas com Paranchilophus lusitanicus de Vale Furado é muito próxima, senão idêntica, à de Llmaquique, base do Eocénico superior, zona MP17 (Fons 4).Pode afirmar-se com maior rigor que a idade dos «conglomerados de Vale Furado» se situa entre meados do Eocénico médio, zonas MP13-14 e, no topo, a zona MP17 ou pouco depois. A unidade suprajacente, «Arenitos de Feligueira Grande», pode, com ainda maior probabilidade, ser atribuída ao Eocénico superior, zona MP19.

    O enquadramento cronológico das unidades eocénicas a Norte da Nazaré, bem como a descontinuidade relacionada com o paroxismo da surreição dos Pirinéus (e da Cadeis Central Ibérica), parece seguramente estabelecida. A descontinuidade ocorreu no Eocénico superior, após a base mas antes da zona MP19.

    Esta situação não parece essencialmente diferente das da Bacia do Douro ou da região pirenaica. Na península Ibérica, o carácter peculiar de várias faunas eocénicas de mamíferos está, provavelmente, mais relacionado com características ambientais ou climáticas do que com a geografia.

  10. Presença de Equus Hydruntinus REGALIA, 1905 no Würm Recente de Portugal
    João Luís Cardoso
    Resumo: Dois molares superiores da Pedreira das Salemas (Würm recente), sugeriram, pelo pequeno tamanho, E. hydruntinus, única espécie de pequeno equídeo seguramente presente no Plistocénio superior da Europa Ocidental, ainda não identificada no território português.O seu estudo veio confirmar a atribuição, precisando aquela espécie à subespécie E. h. davidi, caracterizada pelo alongamento relativo do protocone, face à subespécie tipo, E. h. hydruntinus. Nos domínios mais meridionais da Europa mediterrânica, persistiu E. h. hydruntinus no decurso do Würm recente, então substituída, nas áreas mais setentrionais, por E. h. davidi.

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