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tomo-82-1996

Tomo 82 (1996)


Tomo 82 (1996)Categoria: Publicações, Comunicações Geológicas, 1990 a 1999
Data de publicação: 25 setembro, 2019

15.90

O preço inclui IVA à taxa legal em vigor.

Descrição

Artigos

  1. A Velocidade de Arrefecimento do Plutonito de Avô como Factor Determinante no Ordenamento dos seus Feldspatos Potássicos
    L. J. P. F. Neves (6 páginas)
    Resumo: O estudo da distribuição Al-Si em feldspatos potássicos de plutonito de Avô revelou, para o granito moscovítico-biotítico dominante, simetria em geral monoclínica e grau de ordenamento avançado, com acumulação de 81 a 81% de Al no loci T1; raramente predomina a geometria triclínica, sendo os feldspatos potássicos, neste caso, ligeiramente mais ordenados (90 a 95% de Al nos loci T1).As amostras colhidas na proximidade do exocontacto tendem a apresentar menor grau de ordenamento, próximo do que caracteriza os feldspatos potássicos do granito moscovítico que ocorre na bordadura do plutonito (79 a 84% de Al nos loci T1). As rochas filonianas, de natureza aplítica, são as que, do conjunto, se revelam menos ordenadas.

    Apresentam-se argumentos em favor de ser a velocidade de arrefecimento o principal factor condicionante da configuração Al-Si adquirida pelos feldspatos.

  2.  Contribuição para o Conhecimento da Geologia da Região de Sesimbra
    Giuseppe Manuppella ; Ana C. Azerêdo (14 páginas)
    Resumo: A revisão da cartografia recentemente efectuada na região de Sesimbra permitiu redefinir a série litostratigráfica do Lias basal ao Dogger, bem como evidenciar novas unidades sedimentares cartografáveis, entre as quais uma formação vulcano-sedimentar, anteriormente reconhecida para Sul.Descrevem-se as várias unidades definidas e discutem-se as possibilidades de datação das mesmas, apresentando também a respectiva interpretação ambiental.

    De modo geral, as fácies em presença indicam um ambiente deposicional marinho pouco profundo, com excepção de um episódio transgressivo, no Toarciano inferior, durante o qual sedimentam, inclusivamente, conglomerados calcários com estruturas de deformação sin-sedimentar.

  3. Eurogeosurveys – The National Geological Surveys Combine to Map a Way Forward for the Total Environment of the European Union
    Richard Annells
    Resumo: Eurogeosurveys é uma nova associação europeia constituída em 1995 pelos Directores de 15 Serviços Geológicos nacionais da União Europeia e incluindo, também, o Serviço Geológico da Noruega. Esta associação provém do grupo já existente de 21 Serviços Geológicos (WEGS), mas com uma estrutura mais executiva e com a nova missão de construir uma rede de ligação permanente entre os Serviços e incentivar a participação das geociências na melhoria da qualidade de vida na U.E. e fora dela.O Eurogeosurveys tenciona utilizar os enormes recursos de informação que os Serviços Geológicos Nacionais dispõem, reunida ao longo de uma média de 119 anos por cada país e a experiência e conhecimento dos seus 6000 especialistas, para fornecer pareceres abalizados aos decisores da U.E. e aos políticos de planeamento, com vista a opções realistas para o futuro, relativas a questões de ambiente, recursos e riscos naturais. Eurogeosurveys pretende também formular propostas para acções concertadas nessas áreas, para tomada de decisões por parte das instituições da U.E., dos governos nacionais e das organizações industriais e ambientais. Em Janeiro de 1996 começou a funcionar em Bruxelas um gabinete desta associação com vista a promover o permanente intercâmbio da informação com os seus membros.
  4. Geometrias de Enchimento, Sistemas Deposicionais e Organização Estratigráfica do Pliocénico Continental da Bacia Terciária do Baixo Tejo (Portugal)
    B. Barbosa ; Rui Pena dos Reis (36 páginas)
    Resumo: Identificam-se duas unidades litostratigráficas pliocénicas situadas na Bacia Terciária do Baixo Tejo (província do Ribatejo, Portugal Central) designadas por Conglomerados de Serra de Almeirim (Cgl AS) e Arenitos de Ulme (Ar Um) que, no conjunto, integram a Aloformação de Almeirim.O painel apresentado neste trabalho mostra distintas associações de fácies caracterizadas a partir de painéis fotográficos de afloramentos, sobre os quais se traçam e interpretam geometrias de corpos sedimentares. Foi possível identificar um conjunto proximal de associações de fácies mais conglomeráticas definindo um sistema de canais entrançados e cascalhentos (Cgl AS), evoluindo lateralmente para SSW para uma sedimentação constituída por um sistema de canais arenosos em posições distais (Ar Um). Esta evolução é reforçada pela deriva lateral decrescente do «Maximum Particle Size» (MPS) e pela passagem lateral das fácies conglomeráticas para as areníticas.

    O conjunto articula-se segundo um modelo progradante e diacrónico, em que os arenitos ocupam sucessivamente posições distais, cada vez mais modernas para SSW, relativamente aos conglomerados. O rolamento médio dos clastos, de natureza quase exclusivamente quartzítica, a abundância de fábrica de suporte clástico, a quase total ausência de registo de fácies de transporte viscoso, a persistência de fácies de canal fluvial, a extensão longitudinal deste sistema dinâmico (< 150 m), de baixo gradiente topográfico (±0,15%), e a inexistência de horizontes de encrustamento climático a que se associam também a composição caulinítica-ilítica da fracção argilosa deste sedimento, são aspectos que sugerem continuidade dos regimes de transporte hídrico, compatíveis com condições de clima húmido.

    Finalmente, considera-se que este modelo aluvial constitui uma possível resposta à «Rotura Messiniana» identificada como uma descontinuidade regional sobre o Miocénico terminal. Esta «rotura» parece poder relacionar-se com a inflexão eustática negativa registada pelos 5,5 M.A. e considerar-se associada ao levantamento da Cordilheira Central, no final do Miocénico.

  5. L’ Affleurement Récifal (Miocène Terminal) d’ Aghram Amallal (Sud-Est de Fès; Maroc): Paléoécologie et Contrôle Tectono-sédimentaire
    El Hamzaoui Omar ; Lachkhem Hassan (10 páginas)
    Resumo: O afluramento recifal de Aghram Amallal (SE de Fez) pertence às formações recifais da orla do sul do »Sillon Sud Rifain», apresentando-se em forma de uma lentícula horizontal (com cerca de 60 m de comprimento e 3 a 6 m de expessura). A bioconstrução é constituída quase exclusivamente pelo género Tarbellastraea. As morfologias coloniais desenvolvidas são variadas e a sua distribuição espácio-temporal permitiu estabelecer zonas morfológicas.O estudo destas, a investigação da fauna e da flora que as acompanha, bem como a análise do sedimento inter e intra-recifal mostram uma ritmicidade da bioconstrução e da sedimentação. Desta ritmicidade resultam duas sequências «regressivas» que são separadas por uma oscilação positiva do nível do mar. as condições do meio ambiente parecem caracterizar um meio ante-recifal e permitem assimilá-lo a um «patch-reef» que se integraria numa plataforma marinha importante. O desenvolvimento desta plataforma terá sido condicionado pelos acidentes de El Aderj.
  6. Modelagem Numérica bidimensional do arrefecimento do plutonito de Tábua (Portugal-Central)
    A. J. S. C. Pereira ; M. M. Godinho ; J. A. A. M. Castro (16 páginas)
    Resumo: Construiu-se um modelo numérico bidimensional que configura o arrefecimento do granito de Tábua, um plutonito hercínico com área exposta de ca. 300 Km2. Presume-se que o plutonito se implantou num meio inicialmente em equilíbrio, com gradiente geotérmico constante e produzindo calor radiogénico. Os pressupostos do modelo, referentes às dimensões, propriedades térmicas, fluxo térmico do manto superior, produção de calor no granito e nos metassedimentos encaixantes, velocidade de ascensão da crusta e temperatura inicial da superfície, implicam simplificações no sistema natural cuja fundamentação geológica se discute.Simulações efectuadas com várias combinações de valores numéricos dos parâmetros levaram a concluir que a convecção não foi significativa como mecanismo de transferência de calor durante o arrefecimento, e que a incerteza que afecta os valores dos parâmetros não retira fiabilidade ao modelo. A auréola de metamorfismo de contacto atinge a sua máxima extensão entre 0.75 e 1 M.A. após a implantação, e os efeitos térmicos desta propagam-se a distâncias consideravelmente superiores às inferidas das observações petrográficas.

    Estimou-se que só 100 M.A. após a implantação a temperatura do granito no nível crustal corresponde à actual superfície topográfica atingiu ca. 100° C. A curva de arrefecimento gerada pelo modelo é muito próxima da curva experimental derivada de dados geocronológicos e das temperaturas de oclusão dos sistemas isotópicos.

  7. Nota Sobre uma Lamela de Molar de Elefante da Gruta de Almonda (Torres Novas)
    João Luís Cardoso (6 páginas)
    Resumo: Neste artigo descreve-se uma lamela dentária de Elephas antiquus, recolhida na gruta do Almonda (Torres Novas), em depósito datado do Riss superior, pelo método do Urânio-Tório, entre 120000 e 200000 anos BP. É caracterizada pela fina espessura do esmalte, bem como por apertado pregueado, aspectos que a aproximam de exemplares de Mammuthus primigenius, não fora a sua recuada cronologia. Estabelecem-se comparações com os exemplares homólogos até ao presente conhecidos em território português.
  8. Os Granitóides da Região Entre Figueiró dos Vinhos e Sertã e suas Relações com as Rochas encaixantes (Zona Centro Ibérica, Centro-Oeste de Portugal)
    A. Ferreira da Silva ; José Romão ; António Ribeiro ; J. Brandão Silva (12 páginas)
    Resumo: Os granitos de Figueiró dos Vinhos, Pedrogão Grande e Bouça intruem os metassedimentos encaixantes do Grupo das Beiras e da Formação de Vale do Grou e são recobertos pelos Quartzitos Armoricanos da Serra do Brejo. Os dados geocronológicos sobre estes granitos mostram discrepâncias consoante os métodos utilizados.Os dados de campo indicam discordância angular do Quartzito Armoricano sobre a Formação de Vale do Grou, ela própria discordante sobre o Grupo das Beiras. A intrusão das rochas graníticas deu-se entre duas discordâncias, a mais recente entre o Arenig e provavelmente o Tremadoc e a mais antiga provavelmente entre o Tremadoc e o Câmbrico, ambas pertencentes aos episódios de inversão tectónica da fase Sarda.

    Sugere-se que a actividade magmática contribuiu para a formação, em sequência, das unidades vulcano-sedimentares ácidas (Formação de Vale do Grou) e gerou os filões de pórfiros ácidos, como por exemplo o de Melriça, e os corpos graníticos, junto à fronteira entre o Câmbrico e o Ordovícico.

  9. Sharks from the Middle and Early Upper Miocene from Lisbon, Portugal. A Check-list
    Ausenda Cáceres Balbino (4 páginas)
    Resumo: Apresenta-se uma lista actualizada de tubarões, do Miocénico médio e suoerior de Lisboa, com discussão em certos casos.
  10. Um Conjunto de Litografias Arqueológicas Inéditas da Comissão Geológica de Portugal
    Júlio Roque Carreira ; João Luís Cardoso (24 páginas)
    Resumo: Apresenta-se um conjunto de litografias de materiais arqueológicos então pertencentes à segunda Comissão Geológica de Portugal e destinadas a incorporarem um volume a ser apresentado por Ocasião da Exposição Universal de Paris de 1867.Tal volume, da iniciativa de Pereira da Costa, co-director da referida Comissão, jamais chegou a concretizar-se e os exemplares remetidos para Paris, das referidas gravuras, não foram devolvidos. Assim se explica que, até ao presente, tenham permanecido inéditas, não obstante o seu elevado interesse documental. Por isso se optou pela sua publicação, como contributo para a história da Arqueologia Portuguesa e da Instituição precursora do actual Instituto Geológico e Mineiro.

    A pesquisa documental e museológica efectuada permitiu identificar a maior parte das peças representadas como pertencentes à gruta natural sepulcral da Casa da Moura, Cesareda e ao povoado pré-histórico da Rotura, Setúbal, a primeira explorada por J. F. Nery Delgado, o segundo por Carlos Ribeiro. Actualmente, conservam-se no Museu do Instituto Geológico e Mineiro e no Museu Nacional de Arqueologia.

  11. Unidades Litostratigráficas do Terciário da Beira Baixa (Portugal)
    P. Proença Cunha (44 páginas)
    Resumo: Propõe-se a subdivisão do Terciário da região da Beira Baixa (Portugal Central) em 13 unidades litostratigráficas formais (2 grupos, 5 formações e 6 membros). Para cada uma são definidos o corte de referência, o conteúdo litológico, os limites, a organização sequencial e as variações de fácies.Os dados estratigráficos, litológicos, sequenciais e tectónicos permitem estabelecer correlações com os sedimentos adjacentes da mesma bacia terciária (Bacia do Baixo Tejo), bem como justificar a respectiva atribuição cronostratigráfica. As características sedimentológicas dos depósitos permitem também avaliar o papel do clima, do eutatismo e da tectónica na evolução sedimentar da Bacia do Baixo Tejo.

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