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Tomo 84 - 1º Volume (1998)


Tomo 84 – 1º Volume (1998)Categoria: Publicações, Comunicações Geológicas, 1990 a 1999
Data de publicação: 25 setembro, 2019

15.90

O preço inclui IVA à taxa legal em vigor.

Descrição

Artigos

  1. A Actual Erosão Costeira no Troço Cabo Mondego-Figueira da Foz: Descrição e Causas
    P. Proença Cunha ; J. Dinis
    Resumo: Documenta-se a intensa erosão que afectou, de 1996 a 1998, o litoral entre o Cabo Mondego e a Figueira da Foz, com o progressivo recuo da costa e destruição do enrocamento da marginal oceânica. Além de monitorização no terreno, analisaram-se dados de ondulação, marés, características dos sedimentos e volumes da extracção de areia na praia.Ponderando a influência relativa dos vários controlos da dinâmica sedimentar, compara-se a evolução deste sector litoral com a dos adjacentes e apresenta-se um modelo explicativo para esta intensa erosão local, sugerindo-se estratégias de intervenção que poderão minorar os elevados custos de reparações em situações análogas.
  2. A Contribuição de Imagens Digitais GLORIA para o Estudo dos Sistemas de Canhões Submarinos da Plataforma Continental Portuguesa
    Fátima Teixeira ; José Hipólito Monteiro
    Resumo: O processamento de imagens GLORIA da plataforma continental portuguesa, conjugado com os dados da carta batimétrica e dados de geofísica marinha, permitiu redefinir a série de sistemas de canhões submarinos que recortam a margem portuguesa ao longo de toda a sua extensão, de Norte a Sul, bem como evidenciar outras estruturas morfológicas importantes.Salienta-se o papel determinante dos Sistemas de Informação Geográfica na manipulação e gestão dos dados para a elaboração e produção de mapas temáticos e interpretativos.
  3. A Disjunção Colunar na Chaminé Vulcânica de Penedo de Lexim (Complexo Vulcânico de Lisboa) – Morfologia e Génese
    José B. R. Brilha ; M. A. Sequeira Braga ; D. Proust ; P. Dudoignon
    Resumo: A disjunção colunar na chaminé vulcânica do Penedo de Lexim é caracterizada por apresentar um Índice de Hexagonalidade de 1.03 o que lhe confere um padrão de fracturação próximo do “maturo”.O facto do processo de arrefecimento ter ocorrido a 2000 m de profundidade induziu alguns factores que condicionaram decisivamente a génese da disjunção colunar, pelo que as colunas do Penedo de Lexim apresentam características que se distinguem dos prismas que ocorrem em escoadas sub-aéreas.
  4. A Formação de Esbarrondadoiro (Miocénico Superior, Bacia do Sado) – Sedimentologia e Paleogeografia
    N. L. Pimentel
    Resumo: É apresentado o estudo sedimentológico da Formação de Esbarrondadoiro e interpretados os processos deposicionais, concluindo-se acerca da existência de fácies de carácter marinho, litoral e parálico, bem como de acarreios continentais grosseiros (fan-deltas). A distribuição regional aponta para um golfo marinho entrando entre Grândola e Alcácer, até Alvalade.
  5. A Formação de Vale do Guizo (Paleogénico) a Sul de Alcácer do Sal
    N. L. Pimentel
    Resumo: É apresentada a caracterização e interpretação sedimentológica da Fm. De Vale do Guizo a S de Alcácer do Sal, sendo definidas duas bacias com geometrias distintas, mas cujo preenchimento se pode enquadrar num mesmo contexto tectónico e climático: leques aluviais desenvolvidos na dependência de escarpas recém-criadas pela fase pré-pirenaica da orogenia alpina, em condições de sub-aridez.
  6. A Utilização de Paleossolos na Determinação da Idade Relativa de Depósitos Quaternários no Litoral Norte de Ilhéus/Bahia – Brasil
    Alex D. C. Pereira
    Resumo: Os depósitos marinhos plistocénicos e holocénicos encontrados no litoral norte de Ilhéus/BA – Brasil são de areias quartzosas e os terraços formados apresentam uma pequena diferença de nível. Esta similaridade, aliada à dificuldade de determinação de idade absoluta, nem sempre permite a sua individualização.A deposição plistocénica atingiu a cota de 12 m e nela foi desenvolvido um solo do tipo podzol, anterior à deposição holocénica. O seu horizonte Bhs encontra-se cimentado, resistindo à acção das águas de lagoa e rio e permite distinguir esta unidade das demais, podendo ser datado pelo método C14 ou Th/U.
  7. A Variação Temporal da Distribuição Espacial de Epicentros como Auxiliar na Previsão Sísmica: O Caso dos Açores
    E. Ivo Alves
    Resumo: Nesta curta notícia mostra-se como a variação no tempo da dimensão fractal da distribuição geográfica de epicentros nos Açores seguiu um curso paralelo da sismicidade, nos últimos anos. Sugere-se que o conhecimento deste facto pode servir como aviso precoce da ocorrência de sismos destruidores.
  8. Abundância de Diatomáceas na Região das Ilhas Canárias
    Sandra Nave ; P. Freitas ; Fátima Abrantes ; S. Neuer ; G. Wefer
    Resumo: Neste trabalho apresenta-se a distribuição de diatomáceas nos sedimentos marinhos da margem NW Africana, uma região influenciada por upwelling, bem como o sinal obtido em amostras de sediment trap e a sua comparação com o registo no sedimento superficial.A abundância absoluta de diatomáceas nas amostras de superfície apresenta valores da ordem dos 105 cell/g de sedimento seco, encontrando-se os valores mais altos em frente aos cabos Ghir e Juby com um decréscimo para offshore, ao longo do gradiente esperado para a produtividade primária.A análise de uma série temporal (92/93) de amostras recolhidas por sediment traps na estação “ESTOC” às profundidades de 1000 e 3000 m revelam uma variabilidade sazonal quer no fluxo vertical de diatomáceas, quer na composição das espécies.
  9. Algumas Medidas de Objectos Fractais nos Açores: Implicações Sismotectónicas
    E. Ivo Alves ; J. M. Martins Azevedo ; J. L. Feiteira Dias
    Resumo: Este trabalho baseia-se na determinação das dimensões fractais da distribuição espacial do conjunto das ilhas dos Açores, dos epicentros de sismos ocorridos entre 1 de Outubro de 1993 e 31 de Maio de 1997 e das falhas potencialmente activas em três ilhas: Graciosa, Faial e Flores.Os dados obtidos permitem inferir que a distribuição das ilhas é controlada por acidentes de orientação geral aproximadamente NS e que a distribuição dos sismos é controlada por acidentes de orientação NE-SW. A dimensão fractal da distribuição dos sismos parece indicar que neste momento o Arquipélago se encontra numa fase final da acumulação de tensões que precede um grande sismo, embora não se disponha ainda de dados que permitam avaliar a escala temporal desse processo.
  10. Alteration Phyllosilicates in the Iberian Pyrite Belt Massive Sulphide Deposits: An XRD Study
    C. M. N. Carvalho ; Fernando J. A. S. Barriga
    Resumo: Estudaram-se com difracção de raios-X 50 amostras representativas das zonas de alteração mineralizante definidas em alguns depósitos de sulfuretos maciços (Lagoa Salgada; Aljustrel, nas lentes de Feitais/Estação e Gavião; Neves-Corvo; Riotinto e na área de prospecção de Brejo).Os resultados obtidos permitiram identificar os seguintes filossilicatos: clorites (clinocloro férrico 1MIIb e chamosite 1MIIb), micas (moscovite 2M1 e paragonite 2M1), esmectites e minerais interestratificados. As zonas de alteração propostas em estudos anteriores aparecem claramente definidas pela natureza dos filossilicatos presentes:

    1. Zona 1, clorítica (clorite ± moscovite);
    2. Zona 2, sericítica (moscovite ± clorite);
    3. Zona 3, sericítica sódica (paragonite + moscovite ou paragonite + moscovite ± clorite ± esmectite) e alteração regional (moscovite ± clorite ± esmectite).
  11. An Emplacement Model for the Late Cretaceous Igneous Massifs of Sintra, Sines and Monchique
    Pedro A. G. Terrinha ; Maria Carla Kullberg
    Resumo: Apresenta-se um novo modelo, especulativo, para a instalação dos maciços ígneos de Sintra, Sines e Monchique, baseado em dados estruturais e geoquímicos. Neste modelo considera-se a existência de um deslocamento litosférico que separa dois segmentos litosféricos frágeis, com fabricos diferentes: uma falha NNW-SSE localizada na litosfera inferior ao longo da qual se processou a ascensão magmática e falhas aproximadamente E-W situadas na litosfera superior, ao longo das quais se instalaram os maciços.O alinhamento das fontes magmáticas mantélicas pode estar associado a releasing bends (curvaturas de relaxamento de tensão) da falha NNW-SSE, durante o cisalhamento direito induzido pela rotação da Ibéria no Cretácico superior. As falhas E-W funcionaram como falhas de transferência extensionais durante a distensão jurássica da Bacia Lusitaniana e como falhas sinistrógiras tardi-variscas no soco.
  12. Análise Estrutural e Modo de Instalação do Pegmatito Granítico de Pereira de Selão – Vidago (N de Portugal)
    M. F. C. Pereira ; C. L. Gomes ; Luís Aires de Barros
    Resumo: O pegmatito de Pereira de Selão, localizado a SW do plutonito granítico de Santa Bárbara, constitui um dos maiores jazigos portugueses de materiais cerâmicos.Apresentam-se a análise estrutural e a paragénese essencial do pegmatito. A forma é tabular, com atitude sub-horizontal. A estrutura é bandada e a mineralogia é diversificada ao nível dos minerais de alteração deutérica, mas bastante simples no que diz respeito à fraccionação primária. Os acessórios tipomórficos são característicos de um patamar de fraccionação pouco evoluído (biotite, clorite, apatite).A reconstituição da morfologia do pegmatito sugere que a instalação e a estruturação interna dependem de sucessivas etapas de colapso, seguidas de preenchimento, em ambiente de cúpula granítica.
  13. Arquitectura Estratigráfica dos Depósitos do Quaternário Superior da Plataforma Continental do Algarve Oriental
    C. Roque ; F. J. Lobo ; F. J. Hernández Molina ; L. Somoza ; V. Díaz Del-Rio ; J. M. Alveirinho Dias
    Resumo: A análise de Estratigrafia Sismo-Sequencial de perfis sísmicos de alta resolução (Penetrador de Sedimentos 3.5 kHz e Geopulse) realizados na plataforma continental algarvia (sector Quarteira-rio Guadiana), permitiu reconhecer uma sequência deposicional de Tipo 1, constituída por 4 unidades sísmicas integradas em cortejos sedimentares, cada um deles relacionado com uma etapa específica do último hemiciclo eustático (Pleistocénico Terminal-Holocénico).A sua assimetria reflecte-se no elevado desenvolvimento volumétrico dos depósitos regressivos e de baixo nível do mar, relativamente aos depósitos transgressivos e de alto nível do mar. As flutuações eustáticas constituem o principal factor controlador e modelador da arquitectura desta sequência deposicional.
  14. Aspectos Geoquímicos dos Granitos de Salvaterra do Extremo
    M. L. Ribeiro ; T. Palacios
    Resumo: Caracterizam-se as rochas graníticas de Salvaterra do Extremo do ponto de vista petrográfico e geoquímico. Comparam-se com as rochas regionais. Estuda-se a alteração, associada a zonas de cisalhamento, do ponto de vista geoquímico tendo-se verificado aumento nas concentrações de P e U, entre outros elementos. O enriquecimento nos referidos elementos químicos é atribuído a fluidos que circularam através das zonas de cisalhamento.
  15. Assinaturas Geoquímicas no Depósito Aurífero de Marrancos: Sua Identificação Utilizando um Método Factorial de Análise de Dados
    A. Paula Reis ; Luís M. P. Martins ; Luís F. S. Viegas ; E. Cardoso Fonseca
    Resumo: A mineralização de Marrancos é caracterizada por uma associação mineralógica constituída por arsenopirite + pirite + bismutinite + ouro/electrum + (galena + calcopirite + esfalerite). Estes minerais contêm teores variáveis em Te, Sb, Se (caso da arsenopirite e da pirite) e Ag (caso da galena), (Reis, 1997).Utilizou-se a análise em componentes principais para identificar a associação química existente em profundidade, verificar se esta associação se mantém à superfície e testar a solidez das correlações existentes entre variáveis.Os resultados mostram que a assinatura geoquímica superficial é idêntica à assinatura geoquímica de profundidade, no depósito aurífero de Marrancos, com excepção do par Pb-Ag que apresenta um comportamento diferenciado à superfície.
  16. Associações de Minerais Pesados da Cobertura Arenosa da Plataforma Continental Setentrional Portuguesa
    João Cascalho
    Resumo: O estudo das composições mineralógicas dos sedimentos arenosos dos rios setentrionais e da plataforma continental adjacente permitiu definir a existência de seis associações de minerais pesados, das quais apenas três traduzem as condições actuais de fornecimento de terrígenos à plataforma, enquanto que as restantes exibem grãos com características mineralógicas ou morfológicas incompatíveis com o actual fornecimento de sedimentos.
  17. Basalto da Nazaré – Idade K-Ar
    Carlos António Regêncio Macedo
    Resumo: O basalto da Nazaré, emissão basáltica que aflora ao norte do forte da Nazaré, suprajacente às camadas calcárias do Cretácico superior, foi datado radiometricamente pelo método K-Ar, tendo-se obtida a idade de 80 ± 3 MaEste valor está em conformidade com as observações de campo e correlaciona-se com outras manifestações de vulcanismo, de idade radimétrica idêntica, que ocorrem na Orla Mesocenozóica Ocidental, a sul de Monte Real.
  18. Bases de Dados de Informação Geoquímica
    M. J. Batista ; L. Rodrigues ; Luís M. P. Martins
    Resumo: No âmbito do Projecto de “Promoção e Valorização das Províncias Metalogénicas Portuguesas” o Instituto Geológico e Mineiro encontra-se a inventariar e reorganizar toda a informação geoquímica com vista a tornar a sua consulta mais acessível a quem estiver interessado e nesta medida irão ser construídas bases de dados em SIG.Paralelamente serão feitas cartas geoquímicas acompanhadas de uma notícia explicativa com toda a informação disponível (estatística, antigas concessões, geologia) a qual permitirá tirar à partida algumas conclusões de índole mineira ou ambiental se for caso disso. Apresenta-se neste poster um caso concreto.
  19. Biostratigrafia (Nanofósseis Calcários) e Interpretação Paleoambiental do Neogénico de Porto Santo (Madeira). Dados Preliminares
    M. Cachão ; D. M. M. Rodrigues ; C. Marques da Silva ; J. Mata
    Resumo: O estudo tafonómico e paleoecológico de associações de invertebrados fósseis de Porto Santo permite integrá-los em dois tipos principais de fácies: vulcano-sedimentares, de pequena profundidade (com desenvolvimentos locais de biohermas de corais, mangais e lagunas confinadas), e litorais de alta energia (“tsunamíticas”). Nanofósseis calcários, identificados pela primeira vez nos níveis fossilíferos de fácies vulcano-sedimentar, de Porto Santo, permitiram o seu enquadramento biostratigráfico no Miocénico Médio (CN4 de Okada & Bukry; Serravaliano Inferior; circa 14 Ma).Estes níveis fossilíferos reflectem regressão local, durante máximo eustático generalizado, muito provavelmente devido a significativo empolamento e acreção vulcânica, no decurso do Miocénico Médio.
  20. Caracterização Fractal da Fracturação da Pedreira da Marinela (Anticlinal de Estremoz): Significado da Dimensão de Caixa
    Carlos Ribeiro
    Resumo: Os calcários metamórficos da pedreira da Marinela distinguem-se por apresentarem uma profusão de veios calcíticos. Uma superfície serrada de um bloco foi detalhadamente fotografada. Sobre a superfície estudada, os veios surgem:

    1. regularmente dispostos segundo duas famílias que fazem ângulos de 30º-40º entre si; ou
    2. dispostos aleatoriamente formando uma brecha hidráulica

    A dimensão de caixa de I) e de II) não é significativamente diferente, revelando-se pouco sensível à estrutura da informação, reflectindo, antes, o grau de ocupação do espaço. Desta forma, a utilização da dimensão de caixa para a caracterização da auto-semelhança de redes de fracturação é desaconselhável.

  21. Caracterização Geométrica e Cinemática da Fracturação Tardi D1 no Sector da Arrifana
    E. Pardal ; R. Dias ; A. Mateus
    Resumo: As sequências turbidíticas no sector do porto de pesca da Arrifana apresentam um forte dobramento em chevron atribuível à primeira fase de deformação varisca identificável na zona Sul Portuguesa. Estas dobras apresentam orientação NNW-SSE e uma forte vergência para WSW; os eixos mergulham menos de 10º para NNW. Contemporânea da fase de dobramento desenvolve-se uma importante família de fracturas, a qual se encontra sublinhada por precipitados siliciosos.
    As distribuições de valores admitidos pelos parâmetros geométricos característica da rede de fracturas estudada, são compatíveis com os descritos por vários autores para ambientes geológicos similares.
  22. Caracterização Mineralógica e Textural dos Sulfuretos Maciços do tipo MH do Jazigo de Neves CorvoOrlando da Cruz Gaspar ; J. F. W. Bowles ; A. Ferreira ; A. Pinto ; J. A. Ferreira ; N. Pacheco
    Resumo: O cálculo dos recursos, a planificação e controlo da lavra selectiva e a optimização dos processos de concentração impõem uma classificação tipológica dos minérios com base nos teores de corte dos metais e base e em alguns casos dos elementos menores economicamente interessantes ou penalizantes dos concentrados.Estudos de caracterização mineralógica, textural e química-mineral do minério do tipo MH das massas de Graça e Corvo revestem-se de particular interesse económico, pelo facto de poderem ocorrer, no mesmo mineral, elementos que podem valorizar (Ag) ou penalizar (essencialmente, Zn, As, Sb e Hg) os concentrados de cobre.Concentrações anómalas de tetraedrite e tenantite e a complexidade da suas associações com a calcopirite, blenda e sulfuretos de estanho tornam este sub-tipo dos minérios maciços cupríferos mineralogicamente interessantes.
  23. Caracterização Sismotectónica da Falha Activa de Alqueva (Alentejo)
    A. Brum da Silveira ; J. Cabral ; A. Ribeiro
    Resumo: A falha de Alqueva, orientada a WNW-ESE e inclinando para norte, com 7,5 km de comprimento, localiza-se 2,5 km a norte da falha activa inversa de Vidigueira-Moura, no seu bloco cavalgante. Sofreu movimentação normal esquerda no Pliocénico Superior e Quaternário devido a extensão induzida no bloco cavalgante da falha de Vidigueira-Moura pela movimentação inversa nesta estrutura.Com base nas suas características geométricas e cinemáticas, cartográficas e geomorfológicas, estimou-se a taxa de actividade nos últimos 2 a 2,5 Ma, a magnitude do sismo máximo expectável e o deslocamento superficial cosísmico, bem como o seu intervalo de recorrência.
  24. Caracterização Tafonómica das Associações Registadas de Dastilbe sp. do Membro Crato (Formação Santana; Bacia do Araripe – NE do Brasil; Cretácico)
    Maria Helena P. Henriques ; Rui Pena dos Reis ; António C. S. Fernandes ; Narendra K. Srivastava ; Ismar de S. Carvalho
    Resumo: O estudo do estado de conservação das associações de Dastilbe sp. registadas em afloramentos representando a parte superior do Membro Crato (Formação Santana; Bacia do Araripe – NE do Brasil; Cretácico Inferior) permitiu reconhecer três associações tafonómicas cuja interpretação permite contribuir para a caracterização das condições paleoambientais que determinaram a deposição dos sedimentos que constituem a unidade.
  25. Carta Geológica das Erupções Históricas da Ilha do Fogo (Cabo Verde): Revisão e Actualização
    P. C. Torres ; J. Madeira ; L. C. Silva ; A. Brum da Silveira ; A. Serralheiro ; A. Mota Gomes
    Resumo: Actualizou-se a Carta Geológica das erupções históricas da ilha do Fogo com a implantação dos limites geológicos dos produtos emitidos na erupção de 1995. Com base nos trabalhos de campo, análise fotogeológica e relatos coevos compilados por Ribeiro (1954) identificaram-se e cartografaram-se os derrames e centros emissores das erupções de 1664, 1721/25, 1769, 1785, 1799, 1816, 1847, 1852, 1857 e 1951, assim como os materiais pós-caldeira de idade indeterminada, permitindo rever a cartografia de Machado e Assunção (1965). A nova carta geológica, na escala 1:25.000, encontra-se disponível no LATTEX e pode ser pedida na morada ou e-mail indicados.
  26. Cartografia Automática e Análise Estatística da Superfície de Topo do Cretácico Inferior (Grés da Palhaça) na Região de Aveiro
    V. Neto ; C. Cardoso ; F. Rocha ; C. Gomes
    Resumo: Na região de Aveiro os sedimentos Cretácicos constituem extensos afloramentos e podem apresentar espessuras de várias centenas de metros.Nesta região o “Grés da Palhaça” (Apciano/Albiano – Cenomaniano Inferior) é litologicamente constituído por grés de grão médio a grosseiro, por vezes argilosos, com intercalações de argilas, frequentemente margosas.O Cretácico inferior apresenta uma fácies continental, fluvio-deltaica, evoluindo para um ambiente de maior influência marinha.O presente trabalho tem como objectivo principal ensaiar a cartografia automática da superfície de topo do “Grés da Palhaça” assim como proceder à análise geoestatística das amostras analisadas correspondentes à intersecção dessa superfície pelas sondagens estudadas.
  27. Chemistry of Zoned Cassiterites from Barca de Alva-Escalhão Region, NE Portugal
    L. Miguel Gaspar ; Carlos M. C. Inverno
    Resumo: As Cassiterites dos filões de quartzo estaníferos, das minas de Riba de Alva e Feli, exibem uma zonação cromática oscilatória. Estas cassiterites apresentam concentrações elevadas em Fe, Ti, Nb, e Ta – normalmente >1000 ppm e preferencialmente nas bandas escuras – e concentrações baixas em Mo e Pb, indicando fluidos magmáticos de alta temperatura.A razão Ta/Nb nas cassiterites sugere que a Mina de Feli se situa mais perto do granito cogenético do que a mina de Riba de Alva. A zonação cromática oscilatória das cassiterites resulta, provavelmente, da variação cíclica da energia elástica de deformação devido à incorporação de elementos traço na sua estrutura.
  28. Cinemática da Deformação em Rochas Graníticas Milonitizadas com Base no “Fabric” Cristalográfico da Silimanite
    B. C. Rodrigues ; F. S. Borges
    Resumo: Foram realizadas medições de orientação cristalográfica preferencial em silimanites [001] e em quartzos em rochas graníticas milonitizadas. A análise comparativa dos diferentes estereogramas coloca em evidência a existência de um regime de cisalhamento simples direito a que se associa uma componente dilatacional negativa.
  29. Circunstâncias Geoquímicas e Estruturais na Base de Defeitos de Rocha Ornamental (Região de Nisa – NE Alentejano)
    A. Rita Solá ; M. L. Ribeiro ; A. Mateus ; J. M. Farinha Ramos
    Resumo: A exploração industrial de algumas fácies graníticas do Complexo Eruptivo de Nisa, (CEN), alertou para um tipo de alteração diferencial que se desenvolve em alguns cristais de plagioclase.Dados petrográficos e de química mineral dos exemplares estudados, permitiram verificar que os domínios centrais dos cristais, fortemente zonados, apresentam um padrão de deformação/alteração precoce, relativamente aos domínios mais periféricos (mais ricos em sódio e fósforo).A circulação relativamente tardia de fluidos, promovida pela fracturação existente no bordo E do CEN deverá intensificar as diferenças de comportamento entre esses dois domínios, permitindo que, mais tarde a meteorização progrida de forma diferencial.
  30. Clinopyroxenes From the Madeira Island Alkaline Lavas
    J. Mata ; José M. U. Munhá
    Resumo: As clinopiroxenas ocorrentes nas lavas alcalinas da ilha da Madeira são descritas de um ponto de vista químico (414 análises), discutindo-se as causas da variabilidade composicional observada.
  31. Complexo Eruptivo de Nisa – Cartografia Geoquímica e Mecanismo de Implantação
    A. Rita Solá ; M. L. Ribeiro ; M. E. Moreira ; M. Moreira
    Resumo: Apresenta-se a cartografia geoquímica e novos dados da anisotropia da susceptibilidade magnética no Complexo Eruptivo de Nisa (CEN). Elaboraram-se dez cartas geoquímicas que permitiram definir dois padrões inversos de distribuição elementar no CEN.A geometria destes padrões sugere a intrusão sucessiva de litótipos derivados de diferentes protólitos crustais através de uma única fractura e posteriormente afectados por um sistema de fracturação tardio. Os dados da geoquímica e geomagnéticos sugerem progressão do magmatismo para Este onde ocorrem os termos mais diferenciados.
  32. Composição Isotópica do Pb em Galenas Portuguesas
    J. Medina ; C. Tassinari ; M. E. R. Martins ; K. Kawashita
    Resumo: Foram determinadas as composições isotópicas de Pb em galenas de mineralizações portuguesas de diferentes zonas tectono-magmáticas. As razões isotópicas do Pb são bastante similares em todas as amostras, e sugerem que o Pb incorporado nas galenas foi remobilizado durante as fases finais orogenia hercínica, a partir de rochas com um longo período de residência crustal.
  33. Considerações Sedimentológicas Acerca do Triásico de Santiago do Cacém
    N. L. Pimentel
    Resumo: Apresenta-se a caracterização sedimentológica de campo dos depósitos triásicos (“Grés de Silves”) presentes na região de Santiago do Cacém, subdivididos em dois Membros informais. Estes depósitos são atribuídos a fácies proximais a médias de leques aluviais (membro inferior) transitando verticalmente para fácies distais com influências do tipo sabkha (membro superior), por retrogradação do sistema deposicional e subida eustática relativa do nível do mar.
  34. Considerações Sobre a Micropaleontologia e as Litofácies do Dogger da Região entre Alvaiázere e Tomar
    J. M. Martins
    Resumo: As séries carbonatadas do Bofinho e do Agroal permitiram, através do conteúdo fossilífero e da diferenciação das litofácies e sua associação, estabelecer os paleoambientes nos quais se formaram os calcários do Dogger, aí presentes.Os paleoambientes enquadram-se na parte interna de um sistema deposicional de rampa carbonatada: meio subtidal-intertidal com bancos oolíticos periféricos, costeiros, para o Bofinho; e barreira oolítica – laguna e planície-de-maré, para o Agroal. A dotação das séries, do Bajociano ao Caloviano, foi fornecida por foraminíferos bentónicos de carapaça imperfurada, identificados no presente estudo.
  35. Conteúdo de Bário em Amostras de Superfície vs Padrões de Afloramento Costeiro na Margem Continental Portuguesa
    Mário Mil-Homens ; José Hipólito Monteiro ; Fátima Abrantes
    Resumo: A relação entre o Ba e os dados de elementos maiores e em traço, a percentagem de fracção fina e carbono orgânico foi estudada em amostras de superfície colhidas ao longo da Margem Continental Portuguesa, usando Análise de Componentes Principais e Análise Exploratória de Dados.Os resultados obtidos mostram a existência de uma associação do Ba com as componentes terrígena e biogénica. A distribuição de Ba associado com a componente biogénica apresenta diferenças significativas em três áreas, sugerindo variações na produtividade. Estas variações estão relacionadas com diferentes padrões de afloramento costeiro observados ao longo da Margem Continental Portuguesa.
  36. Contribuição para a Caracterização das Concentrações em Terras Raras, Y, Sc, Hf e Zr nos Cinco Materiais Geoquímicos de Referência JB-3, JR-1, JG-1a, JG-2 e JG-3
    P. L. Ferreira
    Resumo: Actualmente os materiais geoquímicos de referência (MGR) possuem um papel importante nas modernas técnicas analíticas instrumentais (principalmente na calibração e controle da exactidão), pelo que a sua correcta caracterização faz aumentar o grau de confiança nos resultados experimentais obtidos.É consenso geral que os “valores recomendados” (VR) para os elementos traço apresentam, ainda, uma elevada incerteza associada. Ao analisarmos os conteúdos em terras raras (TR), Y, Sc, Hf e Zr, por ICP-AES em cinco MGR Japoneses – JG-2, JG-3, JG-1a, JR-1 e JB-3, ainda não suficientemente caracterizados, pôs-se em evidência a existência de diferenças para os VR das TR pesadas e do Y que são, igualmente, corroboradas por outros dados analíticos recentemente publicados.
  37. Contribuição para o Conhecimento da Geologia da Região Ansião-Sicó-Pombal
    Susana Machado ; Giuseppe Manuppella
    Resumo: A série calcária do Dogger da região da Serra de Sicó, cuja cartografia foi recentemente revista, apresenta características que levam a correlacioná-la com a série do Dogger do Maciço Calcário Estremenho, tanto a nível crono como litoestratigráfico.A falha da Nazaré terá tido um papel decisivo no espessamento das séries calcárias na zona de Sicó.
  38. Contribuição para o Conhecimento Petrogenético do Maciço Eruptivo de Sines
    L. Tavares Martins ; I. C. Olivença
    Resumo: Neste trabalho são apresentados dados de elementos incompatíveis que, explorados na forma de razões, padrões de Terras Raras e padrões geoquímicos, permitem evidenciar a não participação da litosfera continental, na produção da variação composicional das litologias que constituem o maciço de Sines.Sendo esta atribuída, fundamentalmente, ao processo de cristalização fraccionada, foi possível apresentar uma primeira aproximação à caracterização da fonte mantélica envolvida na génese dos líquidos magmáticos que estão na sua origem.
  39. Contribuição para o Estudo da Evolução Geológica da Ria de Aveiro e da Plataforma Continental Adjacente
    F. Curado Teixeira ; L. M. Pinheiro
    Resumo: Com base na integração de dados de geologia e de geofísica marinha colhidos na zona da Ria de Aveiro e na Plataforma Continental adjacente, propõe-se um modelo estrutural para esta região, coerente com o sistema de fracturação tardi-Varisca.Assinalam-se dois sistemas de falhas conjugados, com direcções predominantes NW-SE a NNW-SSE e NE-SW. Estas falhas são evidenciadas no offshore pela magnetometria e pela sísmica de reflexão e, na zona da Ria de Aveiro, por perfis de sísmica de reflexão na Ria e dados de sondagens, conjugados com a observação de imagens de satélite e a análise das direcções de segmentos rectilíneos e inflexões de cursos de água.
  40. Contributo da Geodesia Espacial e da Gravimetria para o Conhecimento da Dinâmica Crustal Recente no Arquipélago dos Açores
    L. Bastos ; J. Osório ; P. Baptista ; G. Hein ; R. Fernandes ; C. Lazaro
    Resumo: Do ponto de vista geodinâmico, o arquipélago dos Açores possui especial interesse, uma vez que se trata de um complexo sistema de fronteira de placas, vulgarmente designado por junção tripla dos Açores. A evolução do conhecimento sobre este domínio tem-se traduzido, nas últimas décadas, pela apresentação de diversos modelos, com base nos métodos convencionais obtidos por parte da geologia e geofísica.No âmbito do projecto TANGO (TransAtlantic Network for Geodynamics and Oceonography), realizaram-se várias campanhas de observações gravimétricas e de GPS no arquipélago dos Açores. Apresenta-se uma nova perspectiva geodinâmica, com base nos resultados obtidos.
  41. Correlação da Caracterização Magnética (ASM e MRI) com a Análise Estrutural Convencional no Terreno Alóctone Continental (TAC) do Maciço de Bragança (NE Portugal)
    P. Silva ; F. O. Marques ; J. M. Miranda ; A. Mateus
    Resumo: Os estudos magnéticos (ASM e MRI) realizados no TAC de Bragança, revelam uma conformidade com os dados mesoscópicos e de micro-sonda até então efectuados, clarificando alguns dados mesoscópicos dúbios. Os dados obtidos concernem nas direcções e formas dos elipsóides magnéticos assim como da detecção dos minerais ferromagnéticos.
  42. Dados Preliminares da Litostratigrafia do Maciço Antigo de Miranda do Douro
    P. Castro ; E. Pereira ; A. Ribeiro
    Resumo: Levantamentos geológicos efectuados no maciço de Miranda do Douro permitiram efectuar o agrupamento das fácies em diferentes unidades:

    1. gnaisses bandados migmatíticos pré-hercínicos e granitóides associados;
    2. ortognaisses porfiróides grosseiros pré-hercínicos mas cortando os anteriores;
    3. gnaisses blastomiloníticos;
    4. migmatitos hercínicos, afectando as fácies gnaissosas;
    5. granitos de grão médio a fino, de duas micas, e brecha de matriz granítica e elementos xistosos, biotítico-silimaníticos, a recortar o maciço.

    Datações efectuadas nos ortognaisses atribuem-lhe idade de 619 Ma, o que sugere idade cadomiana a pré cadomiana para a crusta que recortam. O maciço de Miranda do Douro assemelha-se aos domos gnáissicos ocorrentes em diversos pontos da cadeia hercínica. Associados quer a descolamentos quer a “détachements”, permitiram a ascensão de material de alto grau metamórfico, gerado em profundidade, colocando-o em contacto normal com outras de baixo grau, neste caso os xistos e grauvaques de idade Câmbrica.

  43. Delimitação do Maciço Sub-vulcânico de Sines Offshore a Partir de Dados Geofísicos
    João P. G. Carvalho ; Luís M. Torres ; Alexandra Afilhado
    Resumo: O complexo sub-vulcânico de Sines aflora junto ao cabo do mesmo nome e, conforme é conhecido a partir de carotagens datadas e dados de sísmica de reflexão, estende-se pela plataforma continental. A partir de dados magnéticos, gravimétricos e de sísmica de reflexão, mostra-se que aquele maciço se prolonga pela plataforma durante largas dezenas de quilómetros quase junto à superfície sem no entanto aflorar. Apresenta-se nesta comunicação, a delimitação da parte relativamente aflorante na plataforma continental, do maciço intrusivo de Sines.
  44. Determinação de Produção de Calor e Condutividade Térmica Utilizando Diagrafias
    M. R. Duque
    Resumo: Valores de condutividade térmica e geração de calor por elementos radioactivos foram obtidos no furo Algarve 1 utilizando valores registados em diagrafias.A geração de calor por elementos radioactivos foi calculada a partir das diagrafias de raios gama utilizando uma relação apresentada por Rybach (1986).Em laboratório foram feitas medições de condutividade térmica em amostras obtidas no furo. Os valores obtidos foram combinados com valores de porosidade para obter estimativas da condutividade térmica das formações.O modelo de condução por fonões também foi utilizado para calcular a condutividade térmica. Com os novos dados foi calculada uma geotérmica para a região.
  45. Dinâmica do Sistema Dunar do Guincho-Oitavos
    Luís Pina Rebêlo
    Resumo: A morfologia da costa e o transporte eólico muito direccional fazem com que o sistema dunar do Guincho-Oitavos se possa classificar como um headland bypass dunefield. A areia é transportada das praias para o interior, migra sobre rochas consolidadas e retorna ao mar.Apesar do transporte eólico, ao longo do tempo, ocorrer em todos os sentidos, a resultante do transporte eólico potencial, obtido a partir de dados de vento, apresenta um valor de N161°E. Este sentido é muito semelhante ao obtido através da análise da morfologia das dunas. Actualmente, a areia está impedida de progredir para sul devido ao desenvolvimento urbanístico.
  46. Distribuição de U e Th em Rochas da Região de Tondela (Portugal Central)
    L. M. Salgado ; A. J. S. C. Pereira ; L. J. P. F. Neves ; M. M. Godinho
    Resumo: Apresentam-se dados de concentração de urânio e tório nos seguintes materiais da região de Tondela: granitos (22 amostras, 7-22 ppm U e 0-22 ppm Th), metassedimentos do complexo xisto-grauváquico (12 amostras, 4-7 ppm U e 7-13 ppm Th), depósitos terciários (5 amostras, 7-16 ppm U e 13-42 ppm Th) e materiais de caixas de falha (19 amostras, 15-223 ppm U e 8-36 ppm Th). U e Th terão, nas rochas, alguns suportes mineralógicos comuns; nos materiais das caixas de falha esses suportes serão essencialmente diferentes.Infere-se que o potencial de emanação do radão na região poderá ser localmente elevado, em particular sobre algumas falhas.
  47. Distribuição do Radão nos Solos da Região Urbana de Seia – Uma Primeira Abordagem
    L. A. P. A. Costa ; L. J. P. F. Neves ; A. J. S. C. Pereira ; M. M. Godinho
    Resumo: Na região que integra a área urbana de Seia mediram-se as concentrações de radão nos solos a profundidades de 0.3 metros (148 medidas) e 0.8 metros (95 medidas). Os valores do fundo a 0.8 metros são ca. 25, 18 and 12 kBq.m-3, respectivamente para o granito dominante, os depósitos arcósico-argilosos e as rochas do complexo xisto-grauváquico; no entanto, em pequenas áreas e em algumas falhas há concentrações anómalas superiores a 100 kBq.m-3. O potencial de radão é geralmente moderado, mas localmente alto.
  48. Early Deformation and Metasomatic Evolution of the Barranco da Gravia Metagabbros as Recorded by Amphibole and Plagioclase Chemistry
    J. Figueiras ; A. Mateus ; M. A. Gonçalves ; P. Fonseca
    Resumo: A caracterização mineralógica e textural dos metagabros pertencentes ao COBA revela que estas rochas foram alvo de recristalização precoce sob condições de elevada T (800-900º C) e baixa P (< 5 kbar) e posteriormente objecto de metamorfismo na fácies anfibolítica (600-620º C), por vezes seguido de retrogradação para condições de transição entre as fácies anfibolítica e xistos verdes alta (450-500º C).Os últimos estádios deste percurso de arrefecimento são correlativos da génese das zonas de cisalhamento precoce em regime de transição semi-dúctil – semi-frágil. O reconhecimento de todas estas características permite distinguir as rochas metagabróicas do BAOC dos gabros constituintes do Complexo Ígneo de Beja.
  49. Earth Sciences at the End of the XXth Century: The Beginning of the End or the End of the Beginning ?
    A. Ribeiro
    Resumo: Tem-se debatido se a Ciência chegou ao fim. Examinaremos esta questão na perspectiva das Ciências da Terra. As Ciências da Terra atravessaram revoluções no século XX – Deriva Continental e Tectónica de Placas de modo a tornarem-se na teoria da Terra enquanto Sistema Dinâmico. No entanto a Tectónica de Placas tem de ser generalizada de forma a incluir a deformação intraplaca e a Tectónica de Impactos. A Teoria da Terra deve também incluir conceitos de Sistemas Dinâmicos Não-Lineares.Concluímos que as novas teorias levantaram novas questões que deverão ser solucionadas no futuro; e não sabemos que questões serão colocadas na sequência de novas e inimagináveis descobertas.
  50. Eléments Biostratigraphiques pour le Toarcien Moyen et Supérieur de São Gião (Cantanhede, Portugal)
    René Mouterde ; Rogério Rocha ; Serge Elmi ; Christiane Ruget ; Yves Almeras ; Louis Rulleau
    Resumo: O estudo biostratigráfico do perfil de São Gião permitiu, com base nas associações de amonites presentes, individualizar as diferentes zonas e subzonas do Toarciano médio e superior, desde a zona de Gradata até à zona de Aalensis.
  51. Enquadramento Estratigráfico do Cenozóico de Trás-os-Montes Oriental
    Diamantino Insua Pereira
    Resumo: A caracterização sedimentológica dos depósitos cenozóicos de Trás-os-Montes oriental, apresentada de forma sintética, permitiu a definição de unidades litostratigráficas regionais.A correlação com unidades descritas em regiões vizinhas suportou uma proposta de enquadramento estratigráfico dessas unidades:

    • para a Formação de Vale Álvaro é admitida uma idade situada no Paleogénico;
    • os dois Membros da Formação de Bragança são atribuídos às etapas situadas entre o Tortoniano superior e o Zancliano;
    • os depósitos da Formação de Mirandela sugerem uma idade Placenciana;
    • a Formação de Aveleda é vista como representando uma etapa fini-neogénica no Vilafranquiano superior e
    • a Formação de Sampaio, limitada à depressão da Vilariça, é enquadrada no Plistocénico.
  52. Esboço da Distribuição Sedimentar na Plataforma Galaico-Minhota
    C. Garcia ; J. M. Alveirinho Dias ; V. Diaz-Del-Rio
    Resumo: De um modo geral, pode dizer-se que o estado actual do conhecimento da cobertura sedimentar galaico-minhota é ainda insipiente. Existem profundas assimetrias, quer na quantidade, quer no tipo de informações existentes sobre a plataforma minhota e sobre a plataforma galega.Com os dados disponíveis efectuaram-se esboços de mapas de distribuição integrando ambas as plataformas. Tais mapas viabilizam, pela primeira vez, uma interpretação da sedimentação recente e actual da plataforma galaico-minhota.
  53. Especialização Metalogénica dos Granitos Peraluminosos de Duas Micas do Complexo de Cabeceiras de Basto
    A. Almeida
    Resumo: Os granitos peraluminosos de duas micas do complexo de Cabeceiras de Basto são especializados em Li, Sn e, em menor escala, em W. A diferenciação magmática por cristalização fraccionada parece ser um processo concentrador para os três elementos. A correlação positiva entre o F relativamente ao Li, Sn e W permite sugerir que o F seja o veículo destes elementos nos granitos.
    Os fenómenos de alteração tardi-magmáticos (albitização do feldspato e moscovitização da plagioclase e da biotite) tendem a acentuar a concentração promovida pela diferenciação magmática.
  54. Espodumena-Petalite-Eucryptite em Filões Aplitopegmatíticos da Região do Barroso-Alvão
    A. Lima ; B. Charoy ; F. Noronha ; J. Farinha
    Resumo: Em alguns filões aplitopegmatíticos da região do Barroso-Alvão, sondados pelo IGM, verificou-se a associação pouco habitual dos três aluminossilicatos de lítio (espodumena, petalite, eucryptite), por vezes na mesma lâmina delgada. Descrevem-se as relações mútuas entre os três minerais.
  55. Estructuras Sedimentarias. Resultado del Desbordamiento del Arroyo Rivillas, Badajoz (España), Noviembre de 1997
    M. E. Moya ; G. Garzón ; J. A Ortega ; J. D Centeno
    Resumo: El paso de un frente tormentoso proveniente de las costas británicas alcanzó a la Península Ibérica durante la primera semana del mes de Noviembre. En Badajoz, con el paso de la tormenta, numerosos Arroyos se desbordaron. Veintitrés personas muertas en Extremadura, daños irreparables a inmuebles y la perdida de gran extensión de cubierta vegetal son el resultado del fenómeno denominado Ciclogenesis Explosiva.El arroyo Rivillas uno de los muchos desbordados ha permitido el estudio de las estructuras sedimentarias y su disposición espacial durante un recorrido de mas de 33 kilómetros desde su nacimiento hasta su desembocadura en Badajoz capital.
  56. Estudo Biométrico de Chlamys Macrotis (SOWERBY, 1847) – Bivalvia, Pectinidae – Da Jazida Miocénica da Foz do Rego (Almada, Portugal)
    Pedro Pereira ; Mário Cachão ; Carlos Marques da Silva
    Resumo: Estudo biométrico de Chlamys macrotis (SOWERBY, 1847) “Bivalvia, Pectinidae” com base na determinação de taxas de crescimento alométrico em 600 valvas esquerdas e direitas recolhidas na jazida da Foz do Rego (Costa da Caparica, Almada), datada do Miocénico Médio a Superior (Serravaliano Superior – Tortoniano Inferior). Do estudo biométrico deste pectinídeo são extraídas conclusões de natureza paleoecológica (modo de vida).São apresentadas conclusões de cariz tafonómico sobre a formação da lumachela de pectinídeos da Foz do Rego baseadas na análise de uma amostra volumétrica (12 kg – 3816 valvas).
  57. Estudo dos Gastrólitos do Dinossáurio Lourinhasaurus do Jurássico Superior Português
    P. Dantas ; C. Freitas ; T. Azevedo ; A. Galopim de Carvalho ; D. Santos ; F. Ortega ; V. Santos ; J. L. Sanz ; C. Marques da Silva ; M. Cachão
    Resumo: Estudo de cento e vinte gastrólitos associados aos seus restos osteológicos de um dinossáurio saurópode da margem ocidental da Península Ibérica. É feita a revisão do conceito de gastrólito e são apresentados parâmetros diversos de carácter estratigráfico, sedimentológico e anatómico para o seu estudo.Neste exemplar de Lourinhasaurus a maioria dos gastrólitos estava concentrada perto das vértebras cervicais posteriores e dorsais anteriores correspondendo provavelmente a uma acumulação de gastrólitos provenientes do papo. Os gastrólitos têm diferentes formas, tamanhos e brilhos, mas todos eles são bem polidos. A maioria é de natureza quartzosa.
  58. Estudo Paleoecológico da Ribeira de Cacela (Miocénico Superior) (Algarve): Uma Abordagem Preliminar
    Ana Santos ; Tomasz Boski
    Resumo: A Ribeira de Cacela, parte integrante do Parque Natural da Ria Formosa (Algarve, Portugal), apresenta um património fóssil abundante e diversificado do Miocénico superior, que desde meados do Século passado começou a ser alvo de atenção por parte de numerosos autores. Apesar da quantidade e diversidade de trabalhos realizados, até ao momento estes nunca foram abordados numa perspectiva paleoambiental.Nesta sequência, o presente trabalho pretende colmatar essa lacuna. Para o efeito estão em curso a identificação e organização da composição sistemática da fauna de bivalves da jazida, para assim poder ser aferido as características paleoecológicas da área de estudo.
  59. Estudo Preliminar das Carófitas da Base do Jurássico Superior da Bacia Lusitânica
    R. Pereira ; Ana C. Azerêdo ; M. Feist ; Miguel Ramalho
    Resumo: No âmbito de um projecto de investigação mais vasto que visa aprofundar os conhecimentos relativos às formações associadas à descontinuidade Dogger-Malm na Bacia Lusitânica, iniciou-se o estudo sistemático de carófitas dos níveis atribuídos à base de Malm.Este estudo, em curso, contempla análise morfológica e morfométrica. O estudo preliminar de amostras de Pedrogão e da Serra dos Candeeiros evidenciou a presença de: duas espécies já anteriormente referidas de Porochara (P. kimmerdgensis e P. fusca); uma forma não descrita, do mesmo género, classificada até à altura como Porochara sp. (nova espécie ?); e prováveis Aclistochara sp.
  60. Estudo Preliminar do Plio-Quaternário do Baixo Mondego. Sector Monte Redondo-Pombal
    M. Carvalho
    Resumo: Reveu-se a cartografia geológica da Folha 23-A (Pombal) da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50 000 (MANUPELLA et al. 1978), com especial incidência nas manchas sob a designação de “Pliocénico marinho do Vale de Carnide” e “Plio-Plistocénico indiferenciado”.Desta revisão resultou a identificação das unidades litostratigráficas definidas como Areias de Carnide, Areias de Roussa e argilas de Barracão por Barbosa (1983). Foi permitido ainda evidenciar novas unidades sedimentares cartografáveis, as quais denominámos de Areias conglomeráticas de Ilha, Conglomerados de Estevães, Conglomerados de Ranha, Areias e Conglomerados de Carpalhosa e Areias e Conglomerados da Ribeira de Carnide.
  61. Estudo Preliminar dos Ostracodos de Pedrogão (Passagem Dogger-Malm)
    M. Cristina Cabral ; Ana C. Azerêdo ; Miguel Ramalho
    Resumo: Em Portugal, no corte de Pedrógão (Jurássico Médio – Jurássico Superior) os Ostracodos são abundantes e variados. Num estudo preliminar da fauna aí encontrada, foi possível determinar 25 espécies, pertencentes a 18 géneros, algumas já descritas anteriormente, outras deixadas em nomenclatura aberta.Estas 25 espécies distribuem-se por quatro associações correspondendo, cada uma, a meio de deposição com características próprias, de marinho aberto na associação 1, a lagunar mais ou menos restrito, de água doce salobra com influência marinha esporádica, nas seguintes.
  62. Evidências de um Plutonismo Calcoalcalino Cadomiano e de um Magmatismo Tipo MORB no Complexo Metamórfico da Foz do Douro (Porto)
    J. Leterrier ; F. Noronha
    Resumo: A existência de um plutonismo calcoalcalino sinorogénico, com forte assinatura mantélica, com episódios datados de 605,7 + 16,9 M.A. e 567 + 6 M.A. (U-Pb em zircões) no Complexo Metamórfico da Foz do Douro sugere um modelo subducção-colisão no fim do Proterozóico da Península Ibérica (orogenia Cadomiana). A presença de um magmatismo tipo MORB sugere um período anterior de oceanização.
  63. Evolução dos Fluidos Associados ao Metamorfismo de Sequências Metassedimentares do Domínio Peritransmontano
    A. Guedes ; D. Banks ; F. Noronha
    Resumo: Foi estudada a composição química dos fluidos metamórficos associados a litologias grafitosas e não grafitosas, localizadas em sequências metassedimentares do “Domínio Peritransmontano”. Para tal foram efectuados estudos de inclusões fluidas e análises de lixiviados de quartzos sinmetamórficos.
  64. Evolution du Magmatisme Cambrien en Deux Régions Périgondwaniennes: Azegour (Haut-Atlas) et Alter do Chão – Elvas (NE Alentejo)
    N. Ait Ayad ; M. L. Ribeiro ; J. Mata ; P. Ferreira ; H. Ezzouhairi ; A. Charif ; R. Dias
    Resumo: Neste artigo procura-se relacionar o magmatismo de duas regiões perigonduânicas actualmente separadas pela orogenia Alpina, mas com um passado comum – Azegour (Alto-Atlas) e Alter do Chão – Elvas (NE do Alentejo).Nestas duas regiões o magmatismo interestratificado em formações correlacionáveis, do Câmbrico inferior e médio, apresentam evolução equivalente no sentido de uma redução da taxa de fusão parcial, indicando um regime extensional que se atenua na passagem do Câmbrico inferior ao Câmbrico médio.
  65. Fases Distensivas Intra-Orogénicas; Uma Reactivação de Estruturas Anteriores
    C. Coke ; R. Dias ; A. Ribeiro
    Resumo: A cartografia recente no autóctone da zona Centro-Ibérica, na região da Serra do Marão, permitiu detalhar melhor o comportamento da fase distensiva intra-orogénica responsável pelos grandes acidentes de Pena Suar e Seixinhos.Os novos dados colocaram em evidência a relação entre eles e as estruturas anteriores geradas durante a primeira fase de deformação varisca (D1). Com efeito, foi possível mostrar que eles terão sido controlados essencialmente pelos contrastes reológicos entre as principais unidades lito-estratigráficas do autóctone, bem como pelas principais zonas de cizalhamento esquerdas subparalelas aos planos axiais das dobras D1, que terão sido reactivadas como falhas de transferência.
  66. Figuras de Carga no Jurássico Superior da Foz do Rio Sizandro, Torres Vedras (Portugal)
    Teresa M. Azevedo ; Maria Eugenia Moya
    Resumo: Descreve-se um corte no Jurássico Superior de fácies continental da arriba da praia da Foz do Sizandro, onde se observam magníficas estruturas de carga numa extensão de 500 m e uma espessura de 4 – 5 m. Esta invulgar concentração de figuras de carga numa tão curta distância, faz deste corte um caso especial na longa sequência do Jurássico Superior do litoral ocidental português, onde ocorre frequentemente este tipo de estruturas mas mais isoladas e dispersas.Neste afloramento são observáveis estruturas convolutas, ball and pillow, flame, contorcidas e slumps com nítidos planos de deslizamento, todas cortadas por superfícies erosivas, algumas delas também deformadas e endurecidas frequentemente por carbonatação pedogénica. O conjunto é erodido por canais com preenchimento arenoso.
  67. First Rheological Profiles in the South Portuguese and Ossa Morena Zones
    Fernando A. Monteiro Santos ; Eugénio P. Almeida ; Luís A. Mendes Victor
    Resumo: Apresentam-se os perfis reológicos calculados para oito locais situados nas Zonas da Ossa Morena e Sul Portuguesa. Os perfis foram calculados com base nos valores de fluxo de calor, publicados na literatura da especialidade e tendo como constragimentos os modelos sísmicos para as zonas em estudo.A partir dos perfis reológicos fizeram-se estimativas das espessuras das camadas com comportamento frágil e do valor máximo da tensão na litosfera. A espessura da camada frágil mais superficial varia entre 6 Km, na ZOM, e 22 Km, na ZSP.A espessura reológica da litosfera varia entre 9.5 KM e 60 Km. A resistência total à deformação, estimada para a ZSP, é mais elevada, em cerca de uma ordem de grandeza, que a estimada para a ZOM.
  68. Formações Vermelhas Continentais na Sequência Mesocenozóica da Cadeia da Arrábida
    M. Teresa M. Azevedo
    Resumo: Apresenta-se um modelo paleogeográfico para as três formações vermelhas continentais, presentes na sequência mesocenozóica da Arrábida, com especial destaque para as diferenças e semelhanças existentes nas respectivas fontes dos materiais conglomeráticos, ambientes deposicionais e condições climáticas. Leques aluviais ou fan deltas com origem a leste e estendendo-se para o litoral a oeste explicam as principais observações quanto às variações laterais de fácies tanto litológicas como ambientais.
  69. Génese, Desenvolvimento e Comportamento de Bandas de Cisalhamento Tardias no Anticlinal de Estremoz
    Luís Lopes ; J. B. Silva
    Resumo: Realizaram-se no anticlinal de Estremoz (Zona de Ossa-Morena – NE Alentejo), e litologias envolventes, estudos geológicos e estruturais com objectivo de reconhecer no campo se o modelo apresentado por Lopes (1995), então apenas realizado numa zona específica, seria extensível a toda a região.Este modelo pressupõe a existência de duas fases de deformação dúctil, com génese de dobras, não coaxiais e com amplitudes de dobramento desiguais. Posteriormente a estrutura é afectada por corredores de deformação, verticais esquerdos e cavalgantes para Leste, subparalelos aos planos axiais das dobras de segunda fase.
  70. Geochemical Signature of Extreme Marine Flooding in the Boca do Rio lowland (Algarve, Portugal)
    C. Andrade ; José M. U. Munhá ; J. Paulino
    Resumo: O tsunami associado ao sismo do 1º de Novembro de 1755 originou um depósito sedimentar peculiar que foi identificado na coluna geológica do enchimento sedimentar da baixa da Boca do Rio. Nesta comunicação discutem-se os resultados da análise textural e geoquímica daquele depósito.
  71. Geocronologia U/Pb em zircões e monazites de rochas ortoderivadas do sector Espinho – Albergaria-a-Velha (Zona de Ossa Morena, NW de Portugal)
    H. Iglésias Chaminé ; J. Leterrier ; P. Fonseca ; A. Ribeiro ; M. J. Lemos de Sousa
    Resumo: Foram efectuados estudos isotópicos U/Pb em zircões e monazites de rochas ortoderivadas (gnaisses granitóides e metapórfiros blastomiloníticos) do sector Espinho – Albergaria-a-Velha (ZOM, NW de Portugal).Os resultados geocronológicos indicam uma unidade de implantação há ca. 420 M.A. para os ortognaisses biotíticos (Souto Redondo e Lourosela, Unidade de Lourosa) e ca. 320 M.A. para os metapórfiros blastomiloníticos (Vale Maior, Albergaria-a-Velha, Unidade de S. João-de-Ver).Estes resultados estão de acordo com as observações tectonometamórficas regionais e indicam uma idade de implantação sincrona dos ortognaisses biotíticos em relação às fases precoces da Orogenia Varisca.A idade de ca. 320 M.A. sugere a instalação do carreamento de S. João de Ver como sin-fase D2 a tardi-fase D3 Variscas. A idade obtida a partir da análise da monazite representa a idade de recristalização deste mineral, sob o efeito do pico de metamorfismo regional Varisco (ca. 311 Ma), i.e. contemporânea da fase D3.
  72. Geofísica e Estratigrafia Geológica do Sítio dos Destroços do Navio dos Meados do Século XV na Ria de Aveiro-A
    L. M. Pinheiro ; F. Almeida ; C. A. Bernardes ; F. Alves ; F. Carlos Teixeira
    Resumo: A aplicação integrada de levantamentos geofísicos e de levantamentos de estratigrafia geológica no sítio dos destroços do navio dos meados do século XV, Ria de Aveiro-A, permitiram determinar a adequabilidade do método e delimitar a extensão das zonas com interesse arqueológico já conhecidas e definir outras zonas com interesse potencial.Aplicaram-se métodos magnéticos e geoeléctricos. A integração com os dados de geologia obtidos através de uma série de sondagens mecânicas, permitiu esclarecer a história geológica subjacente ao naufrágio e compreender a sua preservação.
  73. Geoquímica da Turmalina de Granitos, Aplitos, Pegmatitos, Filões de Quartzo e Rochas Metamórficas e Metassomáticas do Norte de Portugal
    Ana M. R. Neiva ; M. M.V. G. Silva ; M. E. P. Gomes
    Resumo: Há enriquecimento em Fe, Fe/(Fe+Mg) e decréscimo em Mg na escorlite da sequência de granito a aplito e pegmatito comagmáticos. Escorlite-dravite metassomática de micaxistos e turmalinito adjacente a rochas graníticas tem composição semelhante à da turmalina dos filões de quartzo associados, com maior teor de Mg e menores de Fe e Fe/(Fe+Mg) do que a escorlite magmática das rochas graníticas. A escorlite de filões de quartzo com volframite > cassiterite é geralmente a mais rica em Fe, Fe/(Fe+Mg) e a mais pobre em Mg; a dravite de filões de quartzo auríferos é geralmente a mais pobre em Fe e Fe/(Fe+Mg).
  74. Geoquímica de Encraves Microgranulares e Granitos Hospedeiros da Região de Vila Nova de Gaia, Norte de Portugal
    M. Manuela V. G. Silva ; Ana M. R. Neiva
    Resumo: Os granitos de Lavadores e Maninho possuem encraves microgranulares, metaluminosos, calco-alcalinos de alto potássio, geralmente ovóides, de grão mais fino, mais ricos em minerais máficos do que o granito hospedeiro. Os encraves estão dispersos, mas em Lavadores a maioria concentra-se num swarm. A composição é muito variada em Lavadores, mas mais restrita no Maninho.O comportamento de alguns elementos menores em especial Rb, Sr e REE, sugere que a cristalização fraccionada não foi mecanismo importante. O aumento em (87Sr/86Sr) dos encraves para o granito de Lavadores indicam hibridização do magma granítico com magmas básicos.
  75. Geoquímica e Petrogénese de Granitos Estaníferos e Origem do Jazigo de Cassiterite de Ervedosa (N de Portugal)
    M. E. P. Gomes ; Ana M. R. Neiva
    Resumo: Os diagramas de variação dos elementos maiores e menores de três granitos peraluminosos, estaníferos, hercínicos (327±9 Ma) do tipo S e das suas micas mostram uma sequência de fraccionação. O magma granítico moscovítico-biotítico M1 resultou da fusão parcial de materiais metassedimentares, com cerca de 5 ppm de Sn. O granito moscovítico-biotítico M2 e o granito moscovítico M3 terão derivado do magma granítico M1 por cristalização fraccionada de plagioclase, biotite, feldspato potássico e quartzo.
    Este mecanismo é responsável pelo enriquecimento progressivo em Sn dos granitos da sequência M1, M2 e M3 e suas micas. Os fluidos hidrotermais relacionados com o magma granítico M3 originaram os filões estaníferos, controlados estruturalmente, em que a cassiterite é o minério principal.
  76. Granitóides Hercínicos Tardi-post-D3 da Região de Fornos de Algodres – Viseu: Sequência de Instalação e Petrogénese
    M. R. Azevedo ; J. Nolan ; B. Valle Aguado ; J. G. Medina ; M. E. R. Martins ; M. S. Pinto
    Resumo: O complexo granítico de Fornos de Algodres-Viseu é constituído por um conjunto de intrusões com composições variando desde termos básicos e intermédios a ácidos. A instalação deste enorme batólito zonado é posterior às principais fases de deformação hercínica e processos metamórficos associados.Dados de campo, petrografia e geoquímica sugerem uma estreita relação genética entre a maioria dos membros da sequência. Contudo, a assinatura isotópica (Rb-Sr e Sm-Nd) das diferentes unidades leva a excluir uma origem por cristalização fraccionada a partir de um mesmo magma parental ou fusão parcial de uma única fonte homogénea.
  77. Icnofósseis da Bacia do Araripe (Formação Arajara-Cretácico), BrasilAntónio C. S. Fernandes ; Ismar de S. Carvalho ; Narendra K. Srivastava ; Maria Helena P. Henriques ; Rui Pena dos Reis
    Resumo: Localizada ao sul do estado do Ceará e a oeste do estado de Pernambuco (Brasil), a bacia do Arapipe é a maior área de exposição de rochas cretáceas do Nordeste brasileiro, com significativas ocorrências fossilíferas. Próximo ao topo de sua coluna estratigráfica ocorre a Formação Arajara que, constituída por uma sequência de silitos, argilitos e arenitos finos argilosos, acentuadamente oxidados, apresentava palinomorfos como seu único registo paleontológico confirmado.Actividades de campo realizadas nas melhores exposições desta formação aumentaram o conhecimento do seu conteúdo fossilífero, com o registo de icnofósseis dos icnogéneros Skolithos e Taenidium, bem como bioturbações indeterminadas.
  78. Identificação e Caracterização de Arribas Holocénicas Submersas ao Largo do Algarve (Portugal)
    Sebastião Braz Teixeira
    Resumo: Em cerca de trinta mergulhos com escafandro autónomo, realizados ao largo do Algarve, foram identificados cinco afloramentos rochosos submersos, a profundidades entre os -23 m e os -10 m (NMM). As características morfológicas observadas permitem concluir que se trata de resíduos de arribas holocénicas, bem conservadas, talhadas em rochas detríticas resultantes da consolidação de sedimentos depositados em sistemas praia-duna (praítos), presumivelmente quaternários, possivelmente holocénicos.
  79. Impact Ejecta Horizon Near the Cenomanian-Turonian boundary, North of Nazaré, Portugal
    J. F. Monteiro ; José M. U. Munhá ; A.Ribeiro
    Resumo: Apresentam-se evidências geológicas, petrográficas e geoquímicas que suportam a existência de um horizonte de ejecta meteorítico próximo da fronteira Cenomaniano-Turononiano num local litoral, 10 Km a norte da Nazaré, Portugal.
  80. Influência da Abertura da Barra nas Características Hidrológicas e Sedimentológicas da Laguna de Santo André
    M. C. Freitas ; A. Cruces ; C. Andrade ; M. Cachão
    Resumo: No presente trabalho são comparadas as características hidrológicas e sedimentológicas da laguna de Santo André em situação de barra fechada e barra aberta. Em situação de barra fechada, o corpo aquoso é estratificado, com condições anóxicas junto ao fundo. Em barra aberta, a coluna de água torna-se homogénea e as condições anóxicas junto ao fundo são exclusivas das zonas mais confinadas. A sedimentação de origem oceânica manifesta-se apenas no corpo principal da laguna e ao nível das partículas de menores dimensões, testemunhadas pela presença de cocólitos, cuja abundância aumenta com o tempo.
  81. Interpretação de Estruturas Dúcteis e Frágeis Afectando Areias Plio-Quaternárias na Região do Algarve – A Interferência da Carsificação
    R. P. Dias ; J. Cabral
    Resumo: A Orla Meso-Cenozóica algarvia é composta em grande parte por rochas carbonatadas, afectadas por diversas fases de deformação, que, conjugado com o clima, permitiram o desenvolvimento de um carso superficial e subterrâneo, que foi fossilizado por depósitos detríticos plio-quaternários. Estes depósitos estão afectados por estruturas dúcteis e frágeis, com geometria, orientação e cinemática de difícil interpretação, que podem ser de origem tectónica ou cársica.Discute-se a génese de algumas destas estruturas cársicas, propõem-se critérios de diferenciação e considera-se que as falhas inversas geradas por evolução cársica estejam condicionadas pela tensão da tectónica compressiva regional.
  82. Interpretação do Vector MRN em Amostras do Grés de Silves. Uma Aproximação Magnetostratigráfica
    C. R. Gomes
    Resumo: São apresentados os resultados paleomagnéticos obtidos em perfis de Grés de Silves: Santa Cristina, Conraria e Quinta da Conraria, a Norte do Tejo (Formação de Conraria) e Budens e Vale de Boi, no Algarve.A componente característica isolada para as amostras dos perfis a Norte do Tejo apresenta polaridade inversa. Pelo contrário, para as amostras dos perfis do Algarve, a componente característica corresponde a uma polaridade normal.Os dados obtidos permitiram atribuir, à componente isolada, uma idade do Triásico superior e efectuar a sua interpretação magnetostratigráfica.
  83. Interpretação Geoeléctrica de um Perfil de Magneto-Telúrica Através do Cavalgamento Ferreira-Ficalho
    Eugénio P. Almeida ; Fernando A. Monteiro Santos ; Jaume Pous ; Alex Marcuello ; Pilar Queralt ; Hugo Matias ; Luís A. Mendes Victor
    Resumo: Com o objectivo de obter a distribuição de resistividade eléctrica na zona de transição entre a Zona Ossa Morena (ZOM) e a Zona Sul Portuguesa (ZSP), realizaram-se nove sondagens de magneto-telúrica ao longo de um perfil com cerca de 40 km de comprimento e orientação aproximada NNE-SSW.O modelo 2D, obtido pela inversão dos dados MT usando-se o método RRI, apresenta zonas de baixos valores de resistividade eléctrica (<10 Ohm m), em profundidade (20-27 km), provavelmente associados à antiga zona de colisão entre a ZOM e a ZSP.Na parte mais superficial do modelo são evidenciadas a transição entre a ZOM e a ZSP, através do cavalgamento de Ferreira-Ficalho, bem como zonas de alta resistividade eléctrica (>1000 Ohm m), associadas ao complexo gabróico de Beja.
  84. Les Peuplements d’ Ostracodes dans le Domérien du Bassin Lusitanien
    O. N’zaba-Makaya ; B. Andreu ; Jacques Rey ; F. Brunel ; R. Mouterde ; R. Rocha
    Resumo: As populações de ostracodos do Domeriano da Bacia Lusitaniana permitem reconhecer regionalmente a subzona de Stokesi. Os marcadores paleoecológicos mostram a variação temporal e espacial da oxigenação, da temperatura, da espessura da camada de água e do hidrodinamismo.
  85. Litoestratigrafia e Foraminíferos do Enchimento Sedimentar da Baixa do Martinhal – Algarve (Portugal) – Dados Preliminares
    S. Kortekaas ; C. Andrade ; A. M. Andrade
    Resumo: Apresentam-se os resultados da investigação litoestratigráfica e do conteúdo em foraminíferos de uma sondagem do enchimento sedimentar holocénico da baixa do Martinhal.Conclui-se que esta baixa evoluiu no passado recente como um estuário de barreira em assoreamento rápido, sendo os 50 cm de sedimento superficiais representativos de perturbações associadas ao ou decorrentes do tsunami do 1º de Novembro de 1755.
  86. Litogeoquímica da Sequência Ofiolítica no Sector de Oriola (Zona de Ossa-Morena) e sua Importância na Reconstituição Geotectónica do Ramo SW da Cadeia Varisca Ibérica
    J. Pedro ; A. Araújo P. Fonseca ; José M. U. Munhá
    Resumo: A litogeoquímica realizada nas rochas metabásicas, com afinidades ofiolíticas, no sector de Oriola (Zona de Ossa-Morena) revela uma assinatura geoquímica não orogénica semelhante às assinaturas exibidas pelos MORB-N a MORB-N/T.Estes dados contrastam com os publicados para o Complexo Ofiolítico de Beja-Acebuches onde é identificada uma assinatura orogénica, sugerindo a existência de crustas oceânicas provenientes de diferentes ambientes geotectónicos.
  87. Litostratigrafia da Restinga do Alfeite (Estuário do Tejo). Primeiros Resultados
    M. C. Freitas ; C. Andrade
    Resumo: Apresentam-se os resultados de três perfis de sondagem executados na restinga do Alfeite que foram utilizados para reconstruir os ambientes de sedimentação antigos, utilizando como critério de comparação os análogos actuais. Conclui-se que as areias de restinga assentam sobre um raso de maré antigo, arenoso a lodoso.Encontrou-se uma unidade enigmática de natureza arenosa muito fina a siltosa, separando os depósitos de restinga dos sedimentos subjacentes. A restinga do Alfeite forneceu condições de abrigo à enseada do Seixal, possibilitando a expansão e desenvolvimento dos sapais interiores e a sua instalação implica uma modificação notável do regime de ventos há cerca de 500 anos.
  88. Lourinhasaurus n. gen. Novo Dinossáurio Saurópode do Jurássico Superior (Kimeridgiano Superior-Titoniano Inferior) de Portugal
    P. Dantas ; J. L. Sanz ; Carlos Marques da Silva ; F. Ortega ; V. F. dos Santos ; M. Cachão
    Resumo: É apresentado o estudo osteológico de parte de um vasto conjunto de elementos esqueléticos (a maioria em conexão anatómica) de um dinossáurio saurópode, de grandes dimensões, proveniente da Praia de Porto Dinheiro (Lourinhã, Portugal), Formação da Lourinhã (Kimeridgiano superior-Titoniano inferior), parte ocidental da Bacia Lusitânica.Os caracteres apresentados por este exemplar permitem atribuí-lo a Apatosaurus alenquerensis. Contudo, a análise destes mesmos caracteres, sobretudo dos patentes nas sete primeiras vértebras dorsais, aconselham a inclusão deste e de outros materiais atribuídos a esta espécie num novo género: Lourinhasaurus n. gen.
  89. Lower Jurassic to Lowermost Cretaceous Compressive Episodes as the Cause of Early Transient Basin Inversion Episodes in the Algarve and Lusitanian Basins
    Pedro A. G. Terrinha ; António Ribeiro ; Maria Carla Kullberg ; José Carlos Kullberg ; Rogério Rocha
    Resumo: Na Bacia do Algarve têm sido descritas estruturas compressivas (dobras e cavalgamentos) do Jurássico inferior, da transição Jurássico médio a superior e da transição Jurássico-Cretácico. Estas estruturas existem a diferentes escalas, à escala do afloramento e à escala cartográfica, tendo sido estudadas no campo, em fotografia aérea e em perfís de sísmica de reflexão. Na Bacia Lusitaniana foram também identificadas estruturas compressivas de idade Jurássico médio-superior e da transição Jurássico-Cretácico.A coincidência destas estruturas com as discordâncias e lacunas estratigráficas mais importantes das duas bacias (Algarve e Lusitaniana), sugere a existência de uma relação de causa-efeito entre as estruturas compressivas e estes hiatos no registo sedimentar.
  90. Magmatisme Précambrien de la Région d’ Aghbalou- Oued Imini (Anti-Atlas Central du Maroc): Nature Géochimique et Quelques Aspects Significatifs
    H. Ezzouhairi ; M. L. Ribeiro ; P. Ferreira ; N. Ait Ayad ; A. Charif ; J. F. Ramos
    Resumo: Faz-se uma primeira abordagem à petrologia e geoquímica do magmatismo precâmbrico terminal, da região de Aghbalou-Oued Imini (Anti-Atlas, central). Estabeleceu-se a coluna estratigráfica regional e analizaram-se as fácies representativas das diferentes unidades.A geoquímica de rocha total e da mineralogia química demonstraram que a natureza dos magmatitos varia de sub-alcalina a alcalina evoluindo no sentido alcalino, compatível com a sua instalação em ambiente transicional orogénico / tardi a pós orogénico.A geoquímica conjugada com a análise textural indicam que variações na fugacidade do oxigénio poderão ter tido um papel determinante nessa evolução.
  91. Magnetostratigraphy of Mesocenozoic Sedimentary Formations of Aveiro Region (Portugal)
    S. Leite ; F. Rocha ; J. Montenegro ; C. Gomes
    Resumo: O presente trabalho aborda as propriedades magnéticas de rochas sedimentares, tendo em vista a sua utilização como marcadores utilizáveis em correlações litoestratigráficas.Foram estudados dois afloramentos da região de Aveiro – localizados em Bustos e em Mataduços (Esgueira) – seleccionados para este propósito, na medida em que na região de Aveiro se regista um hiato estratigráfico entre o Cretácico Superior e o Plio-Pleistocénico.Apresenta-se a aplicação de métodos geofísicos, apoiados nomeadamente nas propriedades termomagnéticas dos sedimentos, para fins magnetoestratigráficos, procurando discriminar a formação “Argilas de Aveiro” das formações suprajacentes.
  92. Mamíferos Marinhos do Neogénico de Portugal. Distribuição Geográfica e Estratigráfica
    Mário Estevens
    Resumo: Os Mamíferos marinhos fósseis estão muito pouco estudados em Portugal. O estudo recentemente retomado não permite ainda apresentar resultados sistemáticos. Contudo, é possível delinear, em traços gerais, a distribuição geográfica e estratigráfica das jazidas de Mamíferos marinhos do Neogénico de Portugal (Fig. 1).Tentou-se, igualmente, relacionar as tendências exibidas por estas distribuições com variações horizontais e verticais das condições ambientais.De modo geral, os Sirenia ocorrem em ambientes pouco profundos, de águas quentes e fraca energia; enquanto que os Cetacea são mais frequentes em ambientes abertos, de maior profundidade e águas mais temperadas.
  93. Mineralizações Filonianas de Chumbo-Antimónio do NE de Portugal. Algumas Notas para o seu Conhecimento
    F. Noronha ; J. M. Farinha Ramos ; A. Moreira ; A. F. M. Oliveira
    Resumo: Apresenta-se uma inventariação das ocorrências de chumbo e antimónio do NE de Portugal. Descreve-se o seu modo de ocorrência, mineralogia e sequências de cristalização e tecem-se algumas considerações de índole genética.
  94. Mineralogical and Geophysical Methods Used in Lithostratigraphic and Structural Studies of the Quaternary Sediments Between Espinho and Furadouro (Portugal)
    A. Machado ; R. P. Moura ; F. Rocha ; M. Senos Matias ; C. Gomes
    Resumo: Na região Espinho-Furadouro, sobre as formações sedimentares da margem Mesocenozoíca ocorrem depósitos detríticos Plio-Plistocénicos e Holocénicos, representados por aluviões fluviais e fluvio-marinhos e areias de praia e de duna. Em 1996, foi realizada uma campanha de sondagens ao abrigo de um projecto de cooperação entre as Universidades de Aveiro e Minho. Os estudos mineralógicos foram efectuados utilizando, essencialmente a difracção de raios-x (DRX), executadas nas fracções 38?m e 2?m (fracção argilosa). Foram executadas 8 sondagens eléctricas (SB1 à SB8) ao longo de um alinhamento N-S com intervalos de 250 m, aproximadamente. Tendo como objectivo estabelecer um zonamento litoestratigráfico das colunas sedimentares e encontrar eventuais correlações laterais, foram estabelecidos alguns parâmetros mineralógicos para se definirem camadas-guia.A análise geoestatística em dados mineralógicos permitiu a definição, em cada uma das 5 sondagens, três/quatro camadas-guia. Os dados de resistividade foram modelados usados software de interpretação 1D.
  95. Miocénico Inferior de Carcavelos (Foraminíferos, Palinomorfos e Datações Isotópicas)
    Paulo Legoinha ; Lígia Sousa ; João Pais
    Resumo: Efectuou-se o estudo de foraminíferos, palinomorfos e obtiveram-se datações isotópicas do Miocénico de Carcavelos. Os depósitos correlacionam-se com as divisões II, III,e IVa (início) e com as sequências deposicionais B0 e B1. Os foraminíferos indicam o Burdigaliano inferior (N5-N6) e as datações isotópicas sugerem 20 a 19.4 MaOs foraminíferos e palinomorfos são mais numerosos e diversificados nos sedimentos relacionados com o início da transgressão burdigaliana representados na parte superior do corte.
  96. Modelo Deposicional da Bacia Carbonífera do Douro na Região de Sete Casais (Sector NW do Sulco Carbonífero Dúrico-Beirão)
    A. Pinto de Jesus ; M. J. Lemos de Sousa
    Resumo: Estudos Recentes sobre a série da Bacia Carbonífera do Douro (Estefaniano C inferior) presente no Afloramento Carbonífero de Sete Casais (Sector Noroeste do Sulco Carbonífero Dúrico-Beirão) permitiram estabelecer os modelos deposicionais responsáveis pela estruturação sedimentar presente, bem assim como avaliar a variação das condições tectónicas que condicionaram a referida estruturação sedimentar.
  97. Modelo Tectónico da Implantação do Complexo Eruptivo de Nisa (Alto Alentejo – Portugal)
    L. G. Pereira ; A. B. A. Campos ; M. L. Ribeiro ; A. Rita Solá ; M. Moreira
    Resumo: O complexo eruptivo de Nisa é visto aqui como um corpo intrusivo que aproveitou um mecanismo de pull-apart relacionado com as últimas deformações regionais hercínicas.
  98. Morfodinâmica de Margens Estuarinas: Evolução da Restinga do Alfeite nos Últimos 150 anos (Estuário do Tejo)
    P. Freire ; C. Andrade
    Resumo: A intervenção antrópica intensa nas margens estuarinas do Tejo favorece a alteração dos balanços sedimentares locais e consequente evolução morfológica do sistema. Procedeu-se à avaliação das alterações morfológicas de uma restinga nos últimos 150 anos, através da comparação automática de levantamentos cartográficos.Os resultados mostram erosão nítida da linha de costa, envolvendo a redução da superfície em cerca de 15 ha entre 1849 e 1993. As alterações mais importantes ocorreram no período 1930 – 1979, com taxa de erosão de 0,3 ha/ano, como resposta do sistema às actividades antrópicas que interferiram com o trânsito sedimentar e a disponibilidade das fontes de material.
  99. Morfodinâmica de Microescala em Sapais do Estuário do Tejo. Uma Abordagem Experimental
    C. Andrade ; M. C. Freitas ; A. Bastos ; A. Abrantes ; P. Antunes
    Resumo: Estuda-se o comportamento morfodinâmico sazonal de uma superfície do alto sapal do Alfeite e comparam-se estes resultados com os da sua evolução a escalas temporais superiores.Conclui-se que os padrões de comportamento são acentuadamente diferentes quando observados a diferentes escalas temporais e que existem diferenças significativas nas taxas de agradação/erosão na porção central e periférica da superfície.
  100. Neogene and Quaternary Tectonic Evolution of the South Portugal Margin
    Pedro A. G. Terrinha ; J. Cabral ; R. P. Dias ; A. Ribeiro
    Resumo: Discutem-se o desenvolvimento da Bacia Algarvia, a tectónica, o soerguimento e subsidência da mesma durante o Neogénico e Quaternário com base em reinterpretações de perfis sísmicos de reflexão, análise geomorfológica e estrutural.Conclui-se que a Bacia Algarvia evoluiu em regime tectónico compressivo constritivo durante o Quaternário mas que os movimentos verticais positivos e negativos são fundamentalmente flexurais, possivelmente associados a um mecanismo litosférico profundo. A existência de um limite de deformação Guadiana-Vidigueira é proposto. Discutem-se ainda propostas de 350 m de soerguimento da Serra do Algarve e 1.5 km de subsidência máxima da área imersa.
  101. Nódulos de Sílex e Veios de Quartzo Hospedados na Formação “Calcários e Calcários Dolomíticos com Nódulos de Sílex”, de Idade Carixiana. Praia do Belixe, Algarve
    Pedro A. G. Terrinha ; Carlos Ribeiro
    Resumo: Os nódulos, leitos e veios siliciosos da formação carixiana da praia do Belixe, revelam uma complexa história pós-deposicional, envolvendo movimentações verticais do sedimento silicioso numa fase pré-lítica, dolomitização destes sedimentos, e dissolução com posterior reprecipitação em veios quartzosos.Os movimentos do percursor dos cherts, provavelmente sílica-gel, ocorrem numa fase pré-lítica dos carbonatos com a formação de nódulos de diversas formas e posição em relação às camadas originais de chert e do sedimento hospedeiro; numa segunda fase com os carbonatos parcialmente litificados desenvolveram-se diaclases e “diques” de chert. Vénulas com preenchimento de calcedónia e quartzo formaram-se durante a compactação.
  102. Nota Prévia sobre a Aplicação da Geoestatística à Distribuição Espacial das Concentrações Elementares no Complexo Eruptivo de Nisa
    A. Gabriel Luís ; P. L. Ferreira ; A. Rita Solá ; M. L. Ribeiro ; António Jorge de Sousa
    Resumo: A aplicação do formalismo da geoestastística – variografia e estimação por krigagem – à distribuição espacial dos dados analíticos obtidos para um conjunto de amostras do Complexo Eruptivo de Nisa, serviu de base à construção de mapas de contorno de alguns elementos (Rb, Zr, SiO2, Fe2O3).A comparação da cartografia obtida com a realizada por outros métodos permitiu identificar algumas diferenças significativas originadas, fundamentalmente, pelo processo de estimação utilizado. Estas dissemelhanças alertam para a necessidade futura de estabelecer critérios de avaliação do rigor e da precisão das cartografias obtidas a partir de amostragens pontuais.
  103. Nota Sobre a Sequência Estratigráfica Silúrico-Devónica no Sinforma de Amêndoa-Carvoeiro, Bordo SW da Zona Centro-Ibérica, Portugal
    J. Romão ; J. Tomas Oliveira ; J. Brandão Silva ; A. Ribeiro
    Resumo: A cartografia geológica do sinforma D3 de Amêndoa-Carvoeiro permitiu reconhecer e individualizar 5 unidades litostratigráficas com espessura de 480?50m, cuja idade varia de Silúrico inferior (Landoveriano inferior) a Devónico inferior (Lockoviano).As características litológicas e sedimentológicas e os dados biostratigráficos sugerem a existência de uma fase regressiva durante o Landoveriano inferior seguida por um evento euxínico considerado como uma fase transgressiva condensada, ao qual sucede um ciclo estratigráfico completo transgressão/condensação/regressão entre o Wenlock e o Lochkovian.
  104. Novos Dados para a Interpretação da Tectónica Varisca da Macroestrutura em Antiforma de Alvito-Viana do Alentejo
    F. Rosas ; J. B. Silva ; A. Ribeiro
    Resumo: Cartografia geológica e geologia estrutural levada a cabo no segmento de Alvito-Viana do Alentejo (Zona de Ossa Morena-Domínio de Évora-Beja) conduziu ao reconhecimento de duas principais fases de deformação Varisca.A mais precoce (D1) encontra-se representada, a diversas escalas, por estruturas plano-lineares às quais se associa uma cinemática de cisalhamento de topo para o quadrante Norte (NNW ou NNE). A segunda (D2) é responsável pelo dobramento N-S das estruturas precoces com “tombamento” para o quadrante Oeste associado. Durante a primeira fase permanece por esclarecer a quantidade de movimento implicada no transporte para Norte.
  105. Novos Dados Sobre a Idade da Sucessão Silúrico-Devónica do Sinclinal de Terena, na Região de Barrancos. Implicações Geodinâmicas
    J. M. Piçarra ; Z. Pereira ; J. T. Oliveira
    Resumo: Investigações bioestratigráficas recentes na sequência litoestratigráfica Silúrico-Devónica do sinclinal de Terena, na região de Barrancos, evidenciam que as Formações dos Xistos Raiados, Russianas e Terena são todas do Devónico inferior, mostrando ter havido passagem gradual de umas unidades para as outras.Estes dados põem em causa a existência de uma discordância entre a Formação de Terena e as outras unidades e questionam a idade do primeiro episódio compressivo do Orogeno Varisco, antes considerado do Devónico Médio.
  106. Novos Dados Sobre o Metamorfismo do Complexo Cristalofílico de Coimbra
    Maducar N. Potró
    Resumo: Duas anomalias litológicas foram detectadas no Complexo Cristalofílico de Coimbra, nas proximidades de Semide: xistos mosqueados e corneanas. A sequência de cristalização nos xistos mosqueados – almandina-estaurolite-andaluzite e cordierite – indica a evolução do metamorfismo sob temperaturas crescentes acompanhadas de queda de pressão.A zonação composicional das granadas confirma esta tendência. Todas as litologias investigadas pertencem provavelmente ao Complexo Xisto-Grauváquico, excepto a corneana cujo contacto com o grauvaque anquimetamórfico é discordante. A corneana representa uma unidade geológica mais antiga, provavelmente a Série Negra ou o Complexo Blastomilonítico.
  107. O Liásico Superior da Região de Porto de Mós. Contribuição para o seu Estudo Estratigráfico e Sequencial
    L. V. Duarte
    Resumo: É apresentada a sucessão margo-calcária do Liásico superior na região de Porto de Mós. Com base nos fundamentos estratigráficos são redefinidos os limites litostratigráficos e é apresentado um quadro sequencial resultante do reconhecimento das principais descontinuidades sedimentares.A associação vertical de fácies, a caracterização das descontinuidades e a evolução de alguns parâmetros sedimentares (macrofauna, icnofauna, minerais de argila e geoquímica) demonstram a importância desta região nas reconstituições paleomorfológicas e paleogeográficas estabelecidas para o Toarciano da Bacia Lusitaniana (DUARTE, 1995, 1997).
  108. O Precâmbrico da Região de Tomar em Relação com os Orógenos Cadomiano e Varisco
    E. Pereira ; A. Ribeiro ; J. B. Silva ; J. Romão
    Resumo: Trabalhos de Cartografia Geológica em curso na região de Tomar, permitiram estabelecer a sequência litostratigráfica do Precâmbrico e definir as seguintes unidades, do topo para a base: Série Negra; Complexo de gnaisses e migmatitos; e Granulitos do Pouchão. Dissociou-se a deformação e metamorfismo do ciclo Cadomiano e do ciclo Varisco, com fusão parcial verificada nos dois ciclos orogénicos. A cinemática Varisca é condicionada por cisalhamentos intracontinentais de sentido contrário, que contribuem para demarcar a faixa blastomilonítica de Porto-Tomar e Tomar-Córdoba.
  109. O Regime Metamórfico na Serra da Freita (Zona Centro-Ibérica)
    M. H. Acciaioli ; José M. U. Munhá ( páginas)
    Resumo: O metamorfismo regional (que decorreu, essencialmente, no período final da D2 sin a tardi D3) é do tipo baixa pressão/alta temperatura, prógrado e praticamente isobárico. Em áreas que evidenciam uma intensa circulação de fluidos, geram-se associações ricas de distena; este facto, complementarmente ao reconhecimento da distena ser posterior à andaluzite, sugere que o aumento da ductilidade, provocado pela geração de minerais hidratados, tenha causado aumento local da tensão média criando-se assim condições que favoreciam a transformação andaluzite-distena.Em zonas subjacentes a este domínio metamórfico (rico em voláteis) foram encontradas paragéneses marcadas pelo equilíbrio andaluzite-distena-silimanite. Esta ocorrência paragenética, reflecte a presença de FeAlSiO5 nos palinomorfos de Al2SiO5.
  110. O Supergrupo Dúrico – Beirão da Bacia do Douro na Região de Vermiosa (Figueira de Castelo Rodrigo)
    A. Ferreira da Silva
    Resumo: A revisão da cartografia dos metassedimentos anté-ordovícicos (Complexo Xisto-Grauváquico) da região da Vermiosa (Figueira de Castelo Rodrigo) permitiu caracterizá-los dentre do Supergrupo Dúrico-Beirão. Este é definido, da base para o topo, pela sucessão alóctone do Grupo do Douro, constituída pelas formações de Rio Pinhão e Pinhão, e pelo Grupo de Arda-Marofa, que inclui a Formação de Excomungada-Ribeira do Colmeal. Esta, a norte do Ordovícico, foi migmatizada durante a fase D2 Varisca. Enquanto a deformação Sarda foi ténue a da fase D1 Varisca foi intensa originando o sinclinório da Serra da Marofa, com vergência para norte.
  111. On the Genesis of the Cape Verde Islands: Tectonic Influence
    P. C. Torres ; L. C. Silva ; M. H. Mendes ; José M. U. Munhá ; J. Mata
    Resumo: Propõe-se um modelo de interacção entre uma pluma mantélica e litosfera fracturada para explicar a génese e evolução do arquipélago de Cabo Verde.
  112. Origin, Chemical Reactivity and Circulation Regimes of the CO2-(SiO2) Fluids Responsible for the Polyphasic Etasomatism at the Beja-Acebuches Ophiolite Complex
    M. A. Gonçalves ; A. Mateus ; J. Figueiras ; P. Fonseca
    Resumo: Na vizinhança das zonas de cisalhamento regional WNW-ESE, as rochas máficas e ultramáficas do BAOC exibem metassomatismo polifásico pronunciado (carbonatização, em especial). Um simples conjunto de cálculos revela ser pouco plausível atribuir a génese dos fluidos CO2-(SiO2) à instalação a quente do complexo ofiolítico.Deste modo, a origem dos fluidos CO2-(SiO2) afigura-se preferencialmente atribuível a mecanismos de des-gaseificação das unidades autóctones de natureza carbonatada/xistenta ocorridos durante o metamorfismo varisco e a intrusão do Complexo Ígneo de Beja.
  113. Os Conglomerados de Rio de Moinhos (Abrantes – Portugal Central)
    António A. Martins ; Bernardo Pereira Barbosa ; Rui Pena dos Reis
    Resumo: Apresenta-se, para a Bacia Terciária do Baixo Tejo, uma nova unidade conglomerática que se designa por Conglomerados de Rio de Moinhos (Cgl RM). O contacto com a unidade seguinte – os Conglomerados de Serra de Almeirim – define uma descontinuidade regional.Os Cgl RM são considerados provavelmente correlativos de unidades do Miocénico superior da região de Leiria-Coimbra, que apresentam drenagem para a Bacia do Mondego.
  114. Os Gnaisses Pré-Hercínicos a Hercínicos Precoces da Serra de Vila Mendo (Sul de Penalva do Castelo) – ZCI: Caracterização Estrutural e Geoquímica
    B. Valle Aguado ; J. Nolan ; J. Medina ; M. E. Martins ; M. R. Azevedo
    Resumo: Os gnaisses da Serra de Vila Mendo são orto-derivados de granodioritos (gnaisses biotíticos) e granitos (gnaisses leucocráticos). Os magmas intruiram antes ou durante a 1ª fase de deformação hercínica e foram afectados pelo metamorfismo e deformação polifásica hercínicos.
  115. Paleoicnologia da Formação do Quartzito Armoricano (Ordovícico Inferior) em Portugal: Implicações em Paleoecologia e Paleoetologia (Dados Preliminares)
    C. Neto de Carvalho ; C. Detry ; M. Cachão
    Resumo: No sentido de acompanhar a recente expansão da Paleoicnologia ao nível do reconhecimento da evolução de padrões de comportamento, o presente trabalho procura, de modo preliminar, interpretar em termos paleoecológicos e paleoetológicos as icnocenoses presentes na Formação do Quartzito Armoricano.São utilizados pela primeira vez icnofósseis dos tipo Praedichnia, atribuídos aos igénn. Rusophycus e Cruziana para invocar a lateralização funcional do sistema nervoso dos organismos aos quais estes foram associados (trilobites).
  116. Paleoseismology Study of Pico do Carvão Fault in the Island of S. Jorge (Azores)
    J. Madeira ; A. Brum da Silveira ; A. Serralheiro
    Resumo: Efectuou-se o estudo paleossismológico de uma das falhas activas principais da ilha de S. Jorge, a Falha do Pico do Carvão, através da abertura de uma sanja transversal àquela estrutura.A análise geométrica, cinemática e a datação por radiocarbono dos depósitos expostos revelaram que 2 a 5 eventos com rotura superficial ocorreram nos últimos 750-700 anos. Aqueles eventos produziram uma separação normal acumulada de 3,5 m com abatimento do bloco norte.Estimou-se uma magnitude de momento sísmico superior a M=6,3-6,6 para o sismo máximo expectável, revelando que aquele acidente pode gerar sismos com magnitude moderada a alta. Discutem-se as consequências de um evento actual daquela magnitude.
  117. Palinomorfos do Devónico Inferior da Região de Barrancos (Zona de Ossa Morena)
    Zélia Pereira ; J. M. Piçarra ; J. Tomas Oliveira
    Resumo: Desde há muito tempo que a sucessão estratigráfica da região de Barrancos tem sido considerada uma referência para compreender a geologia do Paleozóico da Zona de Ossa Morena.A sucessão é composta por sedimentos terrígenos com idade do Câmbrico ao Ordovícico, um intervalo de xistos negros/liditos do Silúrico, um episódio carbonatado de idade Devónico inferior e uma unidade flyschoide, pobremente datada, também do Devónico inferior. Investigação palinológica recente demonstrou a ocorrência de esporos do Devónico inferior, em três unidades distintas (Formações Xistos Raiados, Russianas e Terena).Estes resultados permitiram refinar as datações anteriormente efectuadas com base em macrofósseis e demonstraram ser de particular importância para as reconstituições estruturais e paleogeográficas.
  118. Petrogénese de Associações Ácidas-Básicas no Contexto do Plutonismo Tardi-Hercínico: O Exemplo do Maciço Granítico de Celorico de Basto (Norte de Portugal)
    G. Dias ; N. Ferreira ; J. Leterrier ; E. Pereira
    Resumo: O maciço tardi-hercínico estudado é constituído pelo monzogranito de Celorico de Basto e por corpos de gabronorito, quartzodiorito, quartzomonzodiorito e granodiorito, de instalação síncrona há 308 ± 4 M.A. O gabronorito apresenta afinidade shoshonítica, não revelando características isotópicas de manto empobrecido. O monzogranito é peraluminoso, resultando essencialmente da fusão de materiais crustais (idade máxima 1.4 Ga).A génese das rochas gabro-granodioríticas pode ser explicada por um processo combinando cristalização fraccionada de um magma mantélico e mistura com um magma crustal (representado pelo monzogranito). Este processo complexo explica o carácter compósito de alguns maciços tardi-hercínicos, caracterizados pela ocorrência de associações de rochas ácidas e básicas de afinidade monzonítica.
  119. Pétrogenèse des Vulcanites Autuniènnes de Nzalt-Lararcha des Rehamna Orientaux (Méséta Centrale, Maroc)
    A. Charif ; M. L. Ribeiro ; P. Ferreira ; E. Moreira ; H. Ezzouhairi ; N. Ait Ayad
    Resumo: Na região de Nzalt-Lararcha, cartografaram-se intercalações vulcânicas relativamente importantes nos molassos autunianos. Estes vulcanitos correspondem a termos relativamente diferenciados de quimismo transicional (alcalino – subalcalino).As relações em elementos-traços e terras raras sugerem uma origem no manto não empobrecido e alguma intervenção crustal. Os perfis geoquímicos destas rochas são comparáveis aos das margens continentais activas em regiões de maior espessura crustal.
  120. Petrologia Orgânica do Sector Sudoeste da Zona Sul Portuguesa: Estado da Arte
    L. P. Moço ; F. Rocha ; Z. Pereira ; M. J. Lemos de Sousa ; C. Gomes ; J. T. Oliveira
    Resumo: Estudos de petrologia orgânica em luz normal reflectida e em fluorescência permitiram determinar o grau de maturação da matéria orgânica contida nas litologias pelíticas negras das formações aflorantes no Sector Sudoeste da Zona Sul Portuguesa: Formação de Tercenas (substrato detrítico), Formação de Bordalete, Murração e Quebradas (Grupo da Carrapateira) e Formação da Brejeira (termo mais recente do Grupo do Flysch do Baixo Alentejo).Confirma-se a inversão da maturação relativamente à lei de Hilt i.e. as formações superiores da série possuem maturação mais elevada que a das formações inferiores. Assinala-se a presença de hidrocarbonetos cuja génese é incompatível com o grau de maturação das litologias onde ocorrem. Apresenta-se um estudo mineralógico preliminar.
  121. Plutonismo Hercínico na Região de Lamego (Norte de Portugal)
    M. E. R. Martins
    Resumo: Os granitóides da região de Lamego constituem um batólito complexo, sin-orogénico relativamente à terceira fase de deformação hercínica. Composto por intrusões de composição variada: granitos biotíticos, granitos de duas micas, granitos biotítico-moscovíticos, granitos moscovíticos, granodioritos e vosguesitos.Os dados da petrografia, geoquímica e geologia isotópica apontam para a existência de séries magmáticas distintas, cuja génese foi condicionada essencialmente por processos de anatexia crustal de fontes heterogéneas, acompanhada, no caso dos granitos biotítico-moscovíticos, por processos de hibridização e contaminação com magmas básicos de origem mantélica.
  122. Poder Reflector da Vitrinite, Mineralogia das Argilas e Cristalinidade da Ilite na Zona Sul Portuguesa
    N. Mccormack ; G. Clayton ; P. Fernandes
    Resumo: O Poder Reflector Aleatório da Vitrinite (PRAV) na Zona Sul Portuguesa (ZST) varia entre 2,1% e 5,3%. O PRAV não aumenta com o aumento da idade estratigráfica e o processo de maturação é portanto, considerado como pós-deformação (pós-Vestefaliano D inferior). Amostras do Triásico e do Jurássico do Outlier da Carrapateira têm PRAV de 1,1% e 0,9% respectivamente.Isto implica que temperaturas máximas relacionadas com a maturação da ZSP foram alcançadas entre o Vestefaliano D inferior e o Triásico médio. A caulinite é o mineral das argilas dominante nas regiões ocidentais da ZSP, enquanto que as regiões localizadas a este e norte são dominadas pela clorite.
  123. Preliminary Study of a Proposed new Cartographic Unit in the Lisbon Region: The Fanhões Conglomerates
    F. O. Marques ; Ana C. Azerêdo ; M. Cristina Cabral ; V. Santos
    Resumo: Os conglomerados de Fanhões afloram no leito da Ribeira de Fanhões; neste local, não é óbvio que a unidade conglomerática ocorre entre os calcários com rudistas de Cenomaniano e o Complexo Vulcânico suprajacente. Contudo, tal facto torna-se claro num outro afloramento, no qual se observa, da base para o topo: calcários com rudistas, conglomerados, piroclastos e escoadas; acresce que não se encontraram clastos de basalto nos conglomerados.Os clastos provêem maioritariamente dos calcários subjacentes, mas existe também um calcário escuro, desconhecido em afloramento. Este litotipo poderia preencher parcialmente a lacuna existente entre o Cenomaniano e o complexo vulcânico.
  124. Produção de Cartografia Geológica Digital no Instituto Geológico e Mineiro
    Teresa A. Cunha ; Andrea Porteiro
    Resumo: A transformação da Carta Geológica clássica num Sistemas de Informação Geográfica em que se associa informação alfanumérica organizada em tabelas à informação cartográfica georeferenciada, permite torná-la num produto flexível, facilmente actualizável e interrogável, conducente à produção de cartografia temática que melhor responda aos problemas específicos dos utilizadores de informação geológica.
  125. Proposta de Articulação das Unidades Sedimentares Neogénicas e Quaternárias do Algarve (Portugal)
    M. Cachão ; T. Boski ; D. Moura ; R. Dias ; C. Marques da Silva ; A. Santos ; N. Pimentel ; J. Cabral
    Resumo: É apresentada uma sequência litostratigráfica integrada para as unidades sedimentares do Neogénico e Quaternário do Algarve, constituída pelas formações: F. de Lagos-Portimão; F. de Cacela e F. do Ludo. Nesta sequência, cada formação está subdividida em três membros sendo apresentada, para cada um deles, elementos biostratigráficos e geocronológicos tendo em vista o seu enquadramento cronostratigráfico.
  126. Prospecção Geofísica na Zona Costeira a Norte de Esposende
    Isabel Ribeiro
    Resumo: Partindo da geomorfologia caracterizada na zona costeira NO de Portugal e da tectónica regional conhecida, procurou-se identificar, na área considerada, indicadores de neotectónica recorrendo à prospecção geofísica, com o objectivo de confirmar o peso representado pela tectónica recente na evolução costeira.
  127. Radiocarbon Ages of Recent Volcanic Events From the Island of S. Jorge (Azores)
    J. Madeira ; A. Brum da Silveira ; A. Serralheiro ; A. Monge Soares ; C. F. Rodrigues
    Resumo: Efectuaram-se análises de radiocarbono em 21 amostras de depósitos pertencentes ao Complexo Vulcânico de Manadas, na ilha de S. Jorge. Os materiais analizados incluem amostras de turfa, madeira, carvão e paleossolos. As idades obtidas indicam idade holocénica para aquela unidade estratigráfica. Os 9 ou 10 episódios vulcânicos datados, em conjunto com as três erupções históricas (1580, 1808 e 1964), revelaram a ocorrência de pelo menos 12 ou 13 erupções nos últimos 5600 anos, separados por períodos médios de dormência inferiores a 470-430 anos. Contudo, um período de recorrência da ordem dos 200 a 300 anos é provavelmente mais realista.
  128. Resultados Preliminares do Estudo do Anticlinal do Pomarão: Petrologia Orgânica e Mineralogia
    J. P. Fernandes ; F. Teixeira ; F. Rocha ; M. J. Lemos de Sousa ; J. T. Oliveira ; C. Gomes
    Resumo: Apresentam-se os resultados preliminares dos estudos em curso na área do Anticlinal do Pomarão (Mértola, Sul de Portugal), do ponto de vista da Petrologia Orgânica e da Mineralogia, com particular ênfase nos relativos aos minerais de argila, visando o conhecimento e a discriminação das unidades da respectiva sequência estratigráfica.
  129. Sea Cliff Retreat in Portugal: Overview of Existing Quantitative Data
    Fernando M. S. F. Marques
    Resumo: Apresenta-se sumário de informação quantitativa sobre o recuo de arribas litorais de Portugal continental, situadas a sul da Nazaré. Esta informação corresponde fundamentalmente à ocorrência de movimentos de massa de vertente de diversos tipos.É referida a importância do conhecimento quantitativo da frequência espacial e temporal, e da tipologia e características dimensionais dos movimentos de massa de vertente que ocorrem em cada troço litoral, para a determinação objectiva da perigosidade e dos riscos geológicos associados, bem assim como das implicações resultantes para o planeamento das actividades humanas nas orlas costeiras com arribas.
  130. Sedimentação Detrítica Durante o Pliocénico e Plistocénico no Algarve Central
    D. Moura ; T. Boski ; R. Dias
    Resumo: Durante o Pliocénico e o Plistocénico, a sedimentação clástica predominou nos ambientes sedimentares da Bacia Algarvia. A coluna sedimentar correspondente ao Pliocénico, é constituída por areias do domínio marinho pouco profundo, por vezes influenciado por processos fluviais.O padrão litostratigráfico durante o Pliocénico, foi determinado pela bacia receptora topograficamente irregular, por um movimento eustático positivo e por importante influxo detrítico na bacia sedimentar. Durante o Plistocénico, os processos sedimentares actuantes, foram principalmente de natureza continental, controlados por variações climáticas e geomorfológicas. A coluna sedimentar do Plistocénico, é dominada por areias de sistemas fluviais e aluvionares associados.
  131. Sedimento em Suspensão: Convecção ou Difusão ?
    Rui Taborda ; João Alveirinho Dias ; Óscar Ferreira
    Resumo: Dados experimentais obtidos através do recurso a armadilhas de sedimentos permitiram a obtenção de perfis verticais de sedimento em suspensão para diversas fracções de areia. Um modelo de convecção-difusão foi o único capaz de explicar de modo satisfatório as observações efectuadas que não puderam ser explicadas considerando unicamente o modelo clássico de difusão.
  132. Sedimentologia e Interpretação Paleoambiental de Areolas do Neogénico Português (Dados Preliminares)
    M. Cachão ; M. C. Freitas
    Resumo: Neste trabalho é proposta a designação de areolas para sedimentos essencialmente arenosos (percentagem de finos inferior a 20%), muito bem a moderadamente calibrados e teores baixos de carbonato (~5%). A componente arenosa é fina a muito fina, micácea, com distribuições simétricas a negativas.A semelhança de características texturais e composicionais das areolas neogénicas quando comparadas com sedimentos análogos da Plataforma interna actual (sector Aveiro – Cabo Mondego), permite admitir que a sua sedimentação tenha ocorrido em condições semelhantes, embora com menor energia hidrodinâmica.
  133. Sedimentologia, Mineralogia e Geoquímica das Margas de Abadia nos Sectores de Santa Cruz e Montejunto (Bacia Lusitaniana, Portugal)
    P. Abreu ; P. S. Caetano ; F. T. Rocha ; R. Rocha ; C. Gomes
    Resumo: São apresentados os resultados obtidos a partir do estudo integrado, sedimentológico, mineralógico e geoquímico, de dois cortes efectuados nas Margas de Abadia da parte central da Bacia Lusitaniana (sectores de Santa Cruz e Montejunto). Esta formação, atribuída ao Kimeridgiano – base de Titónico, corresponde a uma sucessão de materiais essencialmente detríticos em que a presença de bons marcadores bioestratigráficos é rara.É apresentado um modelo de caracterização do ambiente de deposição, estabelecida uma correlação entre os dois sectores e discutido a evolução deposicional das Margas de Abadia na perspectiva da estratigrafia sequencial.São evidenciadas as potencialidades de estudo integrado utilizando as metodologias referidas, em particular no que diz respeito a sequências sedimentares de difícil correlação biostratigráfica.
  134. Sedimentos em Suspensão, sua Dinâmica em Situação de Inverno e Relação com a Cobertura Sedimentar
    A. Oliveira ; A. Rodrigues ; J. M. Jouanneau ; O. Weber ; A. Dias ; J. Vitorino
    Resumo: O objectivo deste trabalho consiste na caracterização da dinâmica da matéria em suspensão, na plataforma continental a norte de Espinho, em situação de Inverno. As amostras de matéria em suspensão foram colhidas no decorrer dos cruzeiros CORVET e CLIMA promovidos pelo Instituto Hidrográfico, respectivamente em Novembro de 1996 e Dezembro de 1997.Na plataforma continental norte Portuguesa, junto aos rios, os sedimentos em suspensão tem a dimensão do silte fino, sendo transportados preferencialmente na camada nefelóide de fundo para profundidades superiores a 100 m onde se depositam. Em alturas de temporal estes depocentros funcionam como locais preferenciais de fornecimento de partículas para o oceano profundo.
  135. Seismotectonics of Chaves and Moledo Mineral Springs in Penacova-Régua-Verin Fault Zone
    J. Baptista ; J. Cabral ; A. Ribeiro
    Resumo: Na região de Chaves e Moledo os processos de cedência frágil em fracturas, revelados pela sismicidade, estão provavelmente relacionados com o fluxo de fluidos na crosta. A localização e a profundidade focal de sismos de baixa magnitude dão algumas indicações sobre a circulação dos fluidos e a sua interacção com a rocha encaixante, que parece ser contínua na região de Chaves e operante em duas faixas de profundidades na área da Régua.
  136. Sequências Deposicionais, Biostratigrafia e Idades Isotópicas do Miocénico da Bacia do Baixo Tejo (Lisboa, Península de Setúbal, Portugal)M.
    Telles Antunes ; H. Elderfield ; P. Legoinha ; A. Nascimento ; J. Pais
    Resumo: Apresenta-se um quadro estratigráfico para o Miocénico da parte terminal da Bacia do Baixo Tejo (Península de Setúbal e Lisboa). Inclui a biostratigrafia, baseada nos foraminíferos planctónicos e nos mamíferos, idades isotópicas K/Ar e87/Sr/86Sr, e são definidas 8 sequências deposicionais enquadradas por superfícies transgressivas.
  137. Serpentinites from the Rainbow Hydrothermal Site, Mid-Atlantic Ridge: Preliminary Mineralogical Characterization
    I. Ribeiro da Costa ; Fernando J. A. S. Barriga ; Y. Fouquet ; the Flores Scientific Team
    Resumo: Os serpentinitos que servem de encaixante ao campo hidrotermal Rainbow, na Crista Média Atlântica, revelaram-se predominantemente constituídas por serpentina com textura “mesh” típica, a partir de olivina, por vezes pontuada por bastites formadas a partir de ortopiroxena ígnea. Além destas texturas facilmente reconhecíveis, estas rochas também podem apresentar grandes áreas de serpentina fibrosa, ou de serpentina mais fina, em texturas mais complexas.A magnetite ocorre como uma fina poalha misturada com a serpentina das texturas “mesh”, ou em grãos finos ou grosseiros dispersos pela rocha, ou ainda nas margens de veios de serpentina. Outros minerais frequentemente presentes são: clorite-Mg, rica em Cr, carbonatos, cromite e provavelmente brucite. A deformação, dúctil e frágil, é evidenciada por abundantes zonas de cisalhamento preenchidas por serpentina, e veios e vénulas materializando fracturas tardias.
  138. Sobre a Profundidade do Soco Hercínico na Região de Aveiro
    M. A. Marques da Silva ; A. A. Soares de Andrade
    Resumo: Algumas sondagens hidrogeológicas efectuadas nos últimos anos, na região do Baixo Vouga, atingiram o soco hercínico (Xistos de Aradas) a profundidades sistematicamente inferiores às idealizadas na excelente Carta Tectónica de Portugal de 1972.Os dois sistemas de fracturação referenciados (N-S e NNW-SSE) ilustram o rejogo de desligamentos (tardi)hercínicos bem conhecidos no soco aflorante a leste de Aveiro.
  139. Soloviejo Manganese Deposit: Mineralogy and Geochemistry, Progress Report
    R. C. G. S. Jorge ; Fernando J. A. S. Barriga ; J. M. R. S. Relvas
    Resumo: O presente trabalho aborda alguns aspectos mineralógicos e geoquímicos do depósito de manganês do Soloviejo. O estudo mineralógico e petrográfico foi realizado com auxílio de difracção de raios-X, microscopia de luz reflectida e microssonda electrónica, tendo sido possível distinguir diferentes tipos de minérios: siliciosos, carbonatados, óxidos de manganês primários, minérios alterados/enriquecidos supergenicamente e minérios tectonicamente remobilizados.Os dados analíticos disponíveis, assim como as relações texturais e paragenéticas observadas, permitem estabelecer um conjunto de critérios necessários para caracterização genética de cada tipo de minério.
  140. Stratigraphie du Lias et de l’ Aalénien de la Région de Vale de Todos (Carte nº 23-B, Figueiró dos Vinhos, au 50000 échelle)
    R. Mouterde ; R. B. Rocha ; J. C. Kullberg
    Resumo: O estudo biostratigráfico das unidades jurássicas da estrutura de Vale de Todos permitiu identificar as diferentes zonas de amonites desde o Carixiano inferior (z. de Jamesoni) até o Aaleniano superior (z. de Concavum).
  141.  Study of Plio-Quaternary Tectonic Deformations on the Southern Side of S. Pedro de Muel Diapiric Structure (Vale Paredes – Marinha Grande)
    P. Ribeiro ; J. Cabral
    Resumo: Estudou-se a evolução estrutural em areias pliocénicas dobradas e fracturadas localizadas no bordo meridional do anticlinal diapírico de S. Pedro de Muel. Identificaram-se três fases de deformação resultando numa macroestrutura em sinclinal assimétrico “vergente” para NW. A deformação nas areias foi acomodada por fluxo intergranular, microfalhas e crenulação de horizontes micáceos.
  142. Sucessão das Fases de Deformação Varisca no Oeste Ibérico
    J. Brandão Silva
    Resumo: A primeira fase tectonoestratigráfica Varisca (D1) definiu abertura de fossos tectónicos NW-SE, cujos bordos Sul sofreram desnudamento contemporâneo da sedimentação do Paleozóico Inferior e exumação tectónica do substrato subjacente, sendo um regime de cisalhamento transtensivo-transpressivo esquerdo contínuo desde tempos precoces do ciclo Varisco até ao início do Devónico Inferior. De um orógeno transcorrente, evolui-se para um orógeno colisional na passagem à segunda fase Varisca (D2), no Paleozóico Superior.Um processo contínuo em regime de deformação progressiva é apontado para a evolução do orógeno, sem pontos de viragem ou inversões desde o ciclo Cadomiano até ao fim do ciclo Varisco.
  143. Sustaining our Life-Support System in the 21st Century: The Role of the Earth Sciences
    Peter J. Cook
    Resumo: Os geocientistas têm encarado o seu papel, fundamentalmente, na óptica da prospecção e exploração dos recursos. Esse papel continuará a ser muito importante na sua actividade profissional. Contudo, cada vez mais se torna necessário que os geocientistas utilizem as suas capacidades no sentido da resolução dos principais problemas da sociedade actual.Entre estes incluem-se: fornecimento de àgua potável para uma população humana crescente; acréscimo de segurança dos alimentos; melhoramento das cidades e despoluição ambiental.
  144. Tectonic Lineaments from Madeira Island Evidenced from Satellite Image Analysis and Preliminary Geological Data
    P. E. Fonseca ; J. Mata ; José M. U. Munhá
    Resumo: Apresentam-se os resultados preliminares da análise tectónica de imagem de satélite da Ilha da Madeira obtida pelo satélite SPOT (CNES-SPOT IMAGE). Os dados obtidos mostram a existência de cerca de uma centena de lineamentos de extensão superior a 1 km, totalizando aproximadamente 450 Km., alguns deles confirmados no campo como sendo acidentes tectónicos. A análise estatística revela a existência de 4 famílias dominantes (de acidentes mais importantes) com as seguintes direcções: N108º, N12º, N76º e N135º.
  145. Tectono-Sedimentary Evolution of the Sado Basin (Tertiary, Southern Portugal)
    N. L. Pimentel
    Resumo: É apresentada a evolução tectono-sedimentar da Bacia do Sado, através da caracterização das sucessivas etapas de preenchimento e sua integração no quadro morfo-tectónico regional. Essas etapas e respectivas formações são correlacionadas com os principais eventos da orogenia alpina, traduzidos em rupturas e materializados por descontinuidades, à escala regional e ibérica:

    1. – Fm. De Vale do Guizo (fase Pré-pirenaica);
    2. – Fm. De Monte Coelho (fase Bética);
    3. – Fm. de Esbarrondadoiro (ruptura Intra- messineana);
    4. – Fm. de Alvalade (fase Ibero-manchega I);
    5. – Fm. De Panóias (fase Ibero-manchega II).
  146. The Continuation of Transform and Strike-slip Faults Into Depth
    A. Ribeiro
    Resumo: Falhas transformantes e zonas de cisalhamento/falhas transcorrentes intraplaca devem curvar respectivamente em direcção à base da litosfera e dos níveis de descolamento intraplaca. A curvatura é no sentido da placa com movimento mais rápido em relação à astenosfera ou no sentido do bloco crustal com movimento mais rápido em relação aos níveis mais profundos. Isto explicaria a geometria e cinemática da Zona de Cisalhamento de Tomar-Badajoz-Cordoba no Orogeno Varisco Ibérico, onde um descolamento de crusta média está exposto. Sísmica profunda pode ser utilizada para estabelecer o carácter thin skinned ou thick skinned destas estruturas em relação à Sutura Varisca do SW Ibérico.
  147. The Meda-Penedono-Lumbrales Granitic Complex on the Genesis of W, Sn and Li Mineralizations from Barca de Alva-Escalhão Area, NE Portugal
    L. Miguel Gaspar ; Carlos M. C. Inverno
    Resumo: O Complexo Granítico hercínico Meda-Penedono-Lumbrales, na região de Barca de Alva-Escalhão, está associado a uma sucessão de mineralizações que inclui skarns de W, filões de quartzo com Sn e aplito-pegmatitos de Li.Estes granitóides resultaram de anatexia diacrónica do Complexo Xisto-Grauváquico Ante-Ordovícico, com enriquecimento em metais raros (W, Sn, Li, etc.) devido aos baixos graus de fusão parcial. A cristalização subsequente foi um processo mais eficiente de concentração destes metais, especialmente do W, para as mineralizações que se formaram após uma cristalização estimada em mais de 90%.A sequência das mineralizações conhecidas será devida a sucessivas pulsões magmáticas.
  148. The Rare Earth-bearing Llandeilian Quartezites in the Vale de Cavalos – Portalegre Area, Central Iberian Zone, Portugal – Their Better Understanding Through Geological Mapping and Rock Geochemistry
    Daniel P. S. de Oliveira
    Resumo: Cartografia geológica da área de Vale de Cavalos – Portalegre definiu as características biodimensionais do pacote Ordovícico de metasedimentos que incluem quartezitos escuros radioactivos que contém monazite e por sua vez estão enriquecidos em elementos de terras raras.
  149. The Upper Paleozoic Structure of the Blastomylonitic Belt: A New View Based on Structural Data From Northeast Alentejo (Crato Arronches-Campo Maior Region, Portugal)
    M. F. Pereira ; J. B. Silva
    Resumo: Estudos recentes de cartografia estrutural, na região do Nordeste Alentejano, permitiram realçar que as passagens laterais de unidades tectónicas de alto grau a baixo grau metamórfico, que definem o alinhamento das estruturas da Faixa Blastomilonítica, através de isógradas de metamorfismo regional Paleozóico, são claramente anteriores à estrutura em leque pós-Carbónico inferior.
  150. Tipos de Génese de Paligorsquite em Depósitos Sedimentares Portugueses
    I. Dias ; S. Prates
    Resumo: Será apresentada neste trabalho uma proposta de padrões genéticos para os sedimentos com paligorsquite em ambientes continentais portugueses. Para tal considera-se o enquadramento geológico e as associações mineralógicas predominantes, de que resulta uma divisão em quatro grupos:

    1. Tipo Benfica;
    2. Tipo Alcanede;
    3. Tipo bacia de Castelo Branco;
    4. Tipo Pavia.
  151. Uma Contribuição para o Conhecimento do Risco Sísmico do Vale Inferior do Tejo – Primeiros Resultados
    João P. G. Carvalho ; Luís M. Torres ; António Galhano ; Paula Costa
    Resumo: O Vale Inferior do Tejo é uma das regiões com maior sismicidade de Portugal, tendo aí ocorrido alguns sismos históricos que causaram grande danos materiais e humanos. Dada a grande densidade populacional da zona, é uma área de elevado risco sísmico. De forma a melhorar a avaliação daquele parâmetro, pretende-se efectuar um estudo do potencial de liquefacção do Vale Inferior do Tejo a partir de parâmetros geofísicos e geotécnicos e, por outro lado, determinar a estrutura da Bacia Sedimentar do Vale do Tejo a partir de dados geofísicos. A construção do modelo desta bacia permitirá efectuar o seu modelamento sísmico.
  152. Unidades Litoestratigráficas da Região de Vila Pouca de Aguiar – Grau de Evolução Sedimentar e Evolução Geoquímica
    M. A. Ribeiro ; F. Noronha ; M. Cuney
    Resumo: As unidades litoestratigráficas e litogeoquímicas individualizadas na região a Oeste de Vila Pouca de Aguiar (RVPA) evidenciam diferentes graus de evolução sedimentar, quer em termos do seu quimismo em elementos maiores, quer no seu conteúdo em elementos menores e terras raras, nomeadamente em elementos metálicos.Estas variações apontam para diferentes contextos paleogeográficas no decurso da evolução sedimentar das diversas unidades, não só em termos de proveniência, mas também em termos das condições geotectónicas que condicionaram a evolução durante o transporte e a deposição.As diferenças de composição e evolução são mais marcadas entre as unidades dos dois domínios estruturais individualizados.
  153. Variações na Produtividade em Portugal Durante os Últimos 350 000 Anos: (Diatomáceas, Corg & Ba)
    Sandra Vaqueiro ; J. Knaack ; L. Gaspar ; S. Nixon ; J. Thompson ; C. Summerhayes ; E. Bard ; D. Pailler ; O. Cayre ; R. Zahn ; F. Abrantes
    Resumo: Actualmente, a costa Ibérica é caracterizada por elevada produção primária, em resposta à ocorrência de afloramento (upwelling) costeiro sazonal, induzido localmente pelos ventos Norte (“Portuguese Trade Winds”).Num estudo efectuado na margem Portuguesa, em três “cores” recolhidos no âmbito do projecto IMAGES (MD95-2039, MD95-2040 e MD95-2042), em que se investigou a abundância e associações de diatomáceas presentes nos últimos 350 kyr, as transições 6/5 e 10/9 surgem como períodos de elevada produtividade. Indicação comprovada pela comparação dos dados de diatomáceas com outros indicadores geoquímicos de produtividade primária, tais como Corg e Ba.
  154. Variations des Associations de Foraminifères dans le Domérien du Bassin Lusitanien, en Relation Avec les Fluctuations de l’ Environnement
    F. Brunel ; L. Bonnet ; C. H. Ruget Perrot ; Jacques Rey ; R. Mouterde ; R. Rocha ( páginas)
    Resumo: Análises quantitativas de associações de Foraminíferos em três perfis geológicos do Domeriano da Bacia Lusitaniana permitem reconhecer variações ambientais no espaço e no tempo, em particular flutuações de 3ª ordem do nível do mar e modificações das condições de oxigenação.
  155. Zonalidade e Processo de Instalação dos Granitóides Biotíticos do Maciço de Vila Pouca de Aguiar. Abordagem Multidisciplinar
    H. C. B. Martins ; H. Sant’ Ovaia ( páginas)
    Resumo: No maciço de Vila Pouca de Aguiar foi efectuado um estudo multidisciplinar que englobou análises químicas, isotópicas e microestruturais. Os dados permitiram interpretar a zonalidade como o resultado de sucessivas injecções magmáticas estando a implantação condicionada pela fracturação tardi-hercínica.

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