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resumo: A unidade dos Gnaisses de Saldanha tem sido colocada na base das colunas estratigráficas do sub Domínio Centro Transmontano, sobreposta em discordância estratigráfica pelas unidades que sobre ela assentam, com base em critérios lito estratigráificos. Correlações de ordem geológica levaram A. RIBEIRO (1974) a atribuir-lhe idade anterior ao Ordovícico, situação em que continuam a figurar nas novas cartas geológicas.A observação petrográfica e textural das respectivas fácies identifica as como meta riólitos e meta tufos riolíticos, por vezes milonitizados, sobretudo as das imediações do carreamento existente no contacto oriental. Apresentarn texturas porfiroclásticas foliadas em que a matriz é essencialmente constituída por palhetas de filossilicatos demonstrando baixo grau de metamorfismo. A presença de esporádicas relíquias de pequenos grãos de granada demonstra que o metamorfismo, de baixo grau, poderá ter atingido a zona da almandina durante 2ª fase de deformação.
A discussão das relações litoestratigráficas na presença de corpos vulcânicos actualmente aceites, e tomando em consideração as observações anteriormente publicadas, permite nos apresentar um novo modelo de deposição dos materiais que originaram os Gnaisses de Saldanha consentâneo com a sua contemporaneidade relativamente à unidade com que contacta a W, colocando o como uma das primeiras manifestações vulcânicas das séries silúricas regionais.
resumo: O objectivo deste estudo é a caracterização da distribuição e variabilidade espacial das variáveis (SiO2. Al2O3, Fe2O3, CaO e MgO) para descrever a qualidade da matéria-prima extraída de uma pedreira de marga para o fabrico de cimento, propriedade da SECIL, (sul de Portugal). Estas variáveis, quando combinadas nos seguintes parâmetros, LSF (factor de saturação em cal), SIM (módulo de sílica), ALM (módulo de alumina) e CS (relação de sílica e cal) fornecem indicação da qualidade da pedra e, quais os aditivos e como devem ser misturados.A primeira etapa deste estudo consiste na construção de imagens simuladas destes óxidos, utilizando a Simulação Sequencial Directa (SSD) com um modelo de co-regionalização.
Na segunda fase, as imagens simuladas são combinadas algebricamente para calcular leis de distribuição locais dos parâmetros de qualidade (LSF, ALM, SIM e CS). A incerteza local e a probabilidade de ocorrência de valores extremos para estes parâmetros são uma ferramenta de importância principal para o planeamento da exploração.
Finalmente, é efectuada uma análise de sensibilidade de cada um dos parâmetros de qualidade, à densidade de amostras, mantendo os mesmos modelos de variograma.
resumo: A análise integrada das estruturas tectónicas e das fácies do Complexo Vulcano Sedimentar do Maciço de Tazekka sugere que este, à escala da grande bacia carbonífera de ante país da Meseta Oriental marroquina, corresponde a um depocentro ou sub bacia em compressão controlada pela propagação, para NW, de dobras de amortecimento do cavalgamento de Hajra Sbaa el Caid. As sequências tectono sedimentares, detrito conglomeráticas e/ou tufíticas, estão associadas a um magmatismo extrusivo com basaltos, andesitos, dacitos, riodacitos e riólitos homogéneos ou piroclásticos com blocos re sedimentados. Estes vulcanitos correspondem a uma sequência sub alcalina equivalente. As sequências calco alcalinas orogénicas características de ambientes de subducção.Estes resultados, assim como a comparação das idades de contracção regional na Meseta marroquina, permitem integrar o Maciço de Tazekka num contexto de wedge top deepzone dum sistema de bacias de ante país flexural, em compressão comandada pela progressão de duas sequências de cavalgamentos prógrados, de NW, desde o Fameno Tournaisiano ao Viseano sup. Terminal Westfaliano inf., da Meseta Oriental para a Meseta Ocidental, em Marrocos setentrional.
resumo: Os xenólitos ultramáficos, existentes em lavas basálticas alcalinas/nefeliníticas da Ilha de Santo Antão (Cabo Verde), incluem uma série harzburgítica e uma série dunítica/wehrlítica; a série harzburgítica apresenta características texturais/mineralógicas complexas e é mais refractária (Fo = 90-92) do que a série dos dunitos/wehrlitos (Fo = 82-88).Os xenólitos duníticos e wehrlíticos são, essencialmente, acumulados de olivina e espinela, com clinopiroxena intercumulus. A química mineral e os dados geotermométricos sugerem que os xenólitos duníticos/wehrlíticos cristalizaram a ~ 1000 ºC a partir de magmas alcalinos e acumularam em câmaras magmáticas profundas, sob a ilha de Santo Antão.
Os xenólitos harzburgíticos são constituidos por olivina + ortopiroxena + espinela ± clinopiroxena. De acordo com as relações texturais e mineralógicas, os xenólitos harzburgíticos foram divididos em 3 grupos: I – protogranular, II – protogranular metassomatizado e III – porfiroclástico. A evolução térmica complexa registada nestes xenólitos, os elevados valores de fO2 (ΔFNIQ = 0.7 1.9) e o desenvolvimento de abundantes inclusões fluidas ricas em CO2, são atribuídos à infiltração recente nos harzburgitos de melts, aprisionados/cristalizados no interior do manto; estas características e a natureza refractária da série harzburgítica, apoiam a interpretação de que estes xenólitos representam litosfera oceânica empobrecida, modificada pelo magmatismo associado à génese da Ilha de Santo Antão.
resumo: A análise difractométrica (RX), associada à análise térmica diferencial (ATD) e a imagens de microscopia electrónica das argilas associadas às diferentes facies da série fosfatada da bacia Cretácica superior Eocénica d’Oulad Abdoun, permitiu distinguir dois tipos principais de espécies argilosas: as esmectites sensu latu e as palygorskites. As primeiras são preponderantes no decurso do período mais fosfatado que se estende do Maastrichtiano superior ao lpresiano médio e possuem uma dupla natureza beidelítica e montmorilonítica. As segundas ganham importância nas litofacies menos fosfatadas que vão do lpresiano superior ao Lutéciano.A compilação dos dados geológicos e mineiros permitiu estabelecer uma cartografla minuciosa dos minerais argilosos no decurso dos dois principais períodos que enquadram a série fosfatada produtiva de Oulad Abdoun: Maastrichtiano e Ipresiano. Existe uma relação entre o cortejo dos minerais argilosos e a análise sequencial. À escala da sequência unitária ou de quarta ordem, que se supõe ser influenciada por parâmetros orbitais de curta duração, pode verificar se a existência de uma sedimentação cíclica da série fosfatada.
Propõe se um modelo ideal de facies, baseado na evolução das argilas, que ilustra a tripla relação existente entre a litofacies, a associação argilosa e o eustatismo. A chegada maciça de esmectites traduz a influência de correntes de upwelling relacionadas com agradação costeira positiva. Por outro lado, o desenvolvimento de particulas de palygorskite é regulado por um confinamento do ambiente e ambiente árido.