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tomo-93-2006

Tomo 93 (2006)


Tomo 93 (2006)Categoria: Publicações, Comunicações Geológicas, 2000 a 2009
Data de publicação: 26 setembro, 2019

15.90

O preço inclui IVA à taxa legal em vigor.

Descrição

Artigos

1. A Duna Consolidada de Oitavos (A Oeste de Cascais – Região de Lisboa) – A sua Datação pelo Método do Radiocarbono
A. M. Monge Soares ; C. Moniz ; J. Cabral (14 páginas)
Palavras Chave: Duna consolidada, Datação pelo radiocarbono, Fiabilidade de datas, Helix sp., OIS 3.

Resumo: A duna consolidada de Oitavos, atribuída ao Quaternário, situa-se junto ao litoral, a oeste de Cascais. Apresenta-se o programa de datações pelo radiocarbono que permitiu a datação dessa duna e discute-se a fiabilidade das datas obtidas. Processaram-se amostras de Helix provenientes não só da duna de Oitavos, mas também da duna consolidada de Magoito, localizada cerca de 16 km para norte e já devidamente datada por aquele método de datação absoluta, e ainda amostras de um contexto arqueológico da Encosta de Sant’Ana (Baixa da cidade de Lisboa), com o objectivo de aferir a validade das datações de Oitavos sobre Helix. Também o paleossolo existente na base da duna de Oitavos foi objecto de datação. Determinou-se assim uma data de elevada fiabilidade para a geração da duna de Oitavos, indicando que esta se terá formado no intervalo 33-30 ka BP, provavelmente durante o interestadial que precede a fase final do OIS 3.

2. Caracterização Petrográfica e Geoquímica dos Magmatitos da Região do Sardoal (Abrantes) e seu Enquadramento Geodinâmico
S. Henriques ; M. L. Ribeiro ; M. E. Moreira (18 páginas)
Palavras Chave: Zona de Ossa Morena, Sardoal, magmatitos, petrografia, geoquímica, domínio de arco continental.

Resumo: Os magmatitos do Sardoal estão inseridos na Unidade dos Ortognaisses de Mouriscas, considerada de idade proterozóica. Apresentam intercalações mesocratas, com estruturação idêntica à dos gnaisses e intercalações máficas com diferente estruturação. Os Gnaisses do Sardoal exibem deformação variável, desde texturas com foliação milonítica a texturas metaígneas. Correspondem a rochas ácidas, sub-alcalinas, com assinaturas geoquímicas características de ambiente de arco continental. As Rochas Intercaladas apresentam foliação bem desenvolvida, composição básica (as máficas) e intermédia (as mesocratas) e assinaturas geoquímicas indicativas de diferentes fontes. Sugere-se que as Rochas Intercaladas correspondam a termos de sequências sub-alcalinas de diferente natureza – as intermédias relacionadas com ambiente de arco continental e as máficas, ou inseridas em ambiente do mesmo tipo ou de intraplaca continental. Estes dados permitiram correlacionar as rochas desta região com o arco vulcânico já definido no NE da ZOM e que deverá estar relacionado com o fecho da orogenia cadomiana.

3. Comemorações do Ano Internacional do Planeta Terra (2007-2008)
(4 páginas)

Resumo: A Assembleia Geral das Nações Unidas, na sua reunião plenária de 22 de Dezembro de 2005, decidiu declarar 2008 como o Ano Internacional do Planeta Terra, designando a UNESCO como a agência responsável pela organização das actividades respectivas, em colaboração com outras entidades internacionais.Essas actividades deverão estender-se, também, aos anos de 2007 e 2009, sendo, no entanto, 2008 o ano principal.

Em Portugal, será a Comissão Nacional da UNESCO, a entidade que funcionará como “ponto focal” e coordenará as comemorações no nosso país.

Os principais documentos que suportam aquela decisão e definem os objectivos da iniciativa são transcritos nas páginas seguintes.

Será, assim, sem dúvida, uma ocasião rara para que as instituições nacionais do âmbito das Ciências da Terra, participem neste evento mundial, demonstrando a sua vitalidade, bem como a importância dos objectivos que perseguem, para Portugal e para o nosso planeta.

4. Depósitos Neogénicos Anteriores à Incisão Fluvial Actual entre Coimbra e Aveiro: Fácies, Arquitectura Deposicional e Controlos sobre a Sedimentação
P. A. Dinis (24 páginas)
Palavras Chave: Neogénico, fácies, acomodação, arquitectura sedimentar, controlos deposicionais.

Resumo: Neste trabalho procede-se a uma descrição e interpretação das fácies presentes nos sedimentos neogénicos anteriores à incisão da rede fluvial actual. Aplica-se o termo fácies para designar um conjunto de características (textura, estrutura, geometria e composição) de um corpo sedimentar que permitem distingui-lo dos materiais envolventes e que podem contribuir para a interpretação das condições ambientais que presidiram à sua deposição. A sucessão neogénica constitui uma sequência progradante em que se articulam sedimentos marinhos, costeiros e aluviais. Apesar desta evolução geral para ambientes mais proximais, observam-se, localmente, evoluções de fácies retrogradantes.A distribuição de fácies também é desigual nos diferentes domínios morfostruturais (Maciço Marginal, Depressão do Cértima e Horst Litoral). Desta forma, nos sectores mais subsidentes e interiores existe um espesso conjunto aluvial-lacustre; nos sectores mais ocidentais e soerguidos o registo é dominado por sedimentos mais maturos, depositados em planície flúvio-deltaica. Admite-se que estes dois conjuntos serão parcialmente equivalentes laterais. A relação entre as taxas de criação de acomodação e de afluxo de acarreios detríticos condicionou a transição de fácies. Esta relação é controlada, sobretudo, pela tectónica e por variações do nível do mar. A transição de fácies à escala local, tanto em ambientes costeiros como aluviais, também foi controlada por mecanismos autogénicos.

5. Estudos Geológicos Aplicados à Indústria Extractiva de Mármores no Anticlinal de Estremoz – O Caso do Núcleo de Pardais
P. F. Henriques ; J. M. F. Carvalho ; P. Falé ; A. G. Luís (26 páginas)
Palavras Chave: Anticlinal de Estremoz, mármores ornamentais, cartografia geológica, fracturação, sondagens.

Resumo: O Anticlinal de Estremoz é um dos principais centros mundiais produtores de mármores para fins ornamentais, no qual estão legalmente definidas unidades de ordenamento afectas a esta actividade. Para poder continuar nesta posição privilegiada, tem sido objecto de estudos que visam melhorar a sua caracterização e permitir adaptar a sua exploração às crescentes exigências de eficácia ambiental e económica.Neste trabalho, apresentam-se alguns estudos de carácter geológico que envolveram cartografia litoestrutural, levantamentos de fracturação e realização de sondagens que tiveram como objectivo contribuir para o ordenamento da actividade extractiva da unidade UNOR 5 – Pardais. Foi elaborada uma Carta de Risco Geoeconómico para esta UNOR que pretende classificá-la em função da sua maior ou menor aptidão para a produção de mármore ornamental.

6. Les Formations Crétacées de L`Algarve Occidental et Central
J. Rey (42 páginas)
Palavras Chave: Litostratigrafia, Formações, Cretácico, Algarve, Portugal.

Resumo: A passagem do Jurássico ao Cretácico, no Algarve ocidental e central, faz-se por calcários e margas purbequianos. Nessa região, o Cretácico é constituído por 7 Formações que vão do Berriasiano ao Albino. Estas unidades litostratigráficas são aqui definidas formalmente. O conteúdo litológico sintético, as principais associações paleontológicas e os limites de cada Formação, são descritos a partir de cortes de referência, dos quais se dá a localização precisa, e ilustrados por estampas fotográficas. As propostas das idades são justificadas, sendo mencionadas as principais variações de fácies. A história tectono-sedimentar do Cretácico Inferior algarvio é comparada com a evolução geodinâmica conhecida para a região de Lisboa.

7. Nouvelle Approche Géologique et Géodinamique du Complexe Hydrothermal de Moulay Yacoub (Bordure Septentrionale du Sillon Sud Rifain)
A. Lakhdar ; A. Ntarmouchant ; M. L. Ribeiro ; M. Beqqali ; K. El Ouadeihe ; L. Benaabidate ; M. Dahire ; Y. Driouche ; A. Ben Slimane (20 páginas)
Palavras Chave: Rife (Marrocos), águas termais, quimismo, geotermometria, tectónica alpina.

Resumo: As águas termais de Moulay Yacoub surgem em formações miocénicas do Sulco Sul do Rife. São caracterizadas por forte mineralização, relacionada com a natureza do seu local de armazenamento e circulação em reservatórios de litologias variadas. Apresentam duas fácies químicas principais: uma Cl-Na, pouco diluída, e outra, Cl-Ca-Mg, dominada por águas imaturas. A comparção geoquímica e geotermométrica com outras fontes regionais sugere uma origem mais profunda que o reservatório liássico. A recente descoberta de extrusões de blocos de calcário liássico, de magmatitos paleozóicos, de metassedimentos e de grandes massas de doleritos triássicos, sugere a existência de formações permeáveis sob a cobertura margosa do Miocénico. Os acidentes profundos NE-SW, associados a um cavalgamento cego, sugerem uma relação estreita entre estas águas termais e as extrusões do soco ante-neogénicos. Durante a sua passagem para a superfície, as águas termais de Moulay Yacoub terão sido diluídas através de misturas ocorridas principalmente no reservatório liássico.

8. O Leopardo, Panthera Pardus (L., 1758), do Algar da Manga Larga (Planalto de Santo António, Porto de Mós)
J. L. Cardoso ; F. T. Regala (26 páginas)
Palavras Chave: Panthera pardus, Plistocénico superior, Maciço Calcário Estremenho, Algar da Manga Larga.

Resumo: Durante uma acção de reconhecimento, promovida pela Associação de Estudos Subterrâneos e Defesa do Ambiente (AESDA), no Algar da Manga Larga, foi realizado um levantamento fotográfico sumário da cavidade, que incluiu imagens de um conjunto de restos osteológicos, jacentes a cerca de 95 m de profundidade em relação à entrada do Algar.A análise posterior das características morfológicas do crânio, possibilitada pelo registo fotográfico obtido, levou à conclusão de que se trataria de um exemplar de grande felídeo, presumivelmente um leopardo, Panthera pardus (L., 1758). Em visita ulteriormente realizada, procedeu-se à recolha das peças ósseas. O respectivo estudo biométrico, com base em diversas comparações com exemplares actuais e do Plistocénico europeu, permitiu evidenciar, neste exemplar, algumas características particulares, especialmente no respeitante à região craniana.

Estes aspectos são de tal modo marcantes que obrigaram à comparação com outras duas espécies menos prováveis de grandes felídeos, Uncia uncia, cuja presença na Europa ocidental não foi confirmada (TESTU, 2006: 205), e Puma pardoides, espécie identificada no Plistocénico inferior europeu. Discutem-se também alguns aspectos tafonómicos que determinaram o posicionamento destes restos numa zona profunda da cavidade e de difícil acesso.

9. Reordenamento da Indústria Extractiva: Proposta para o Núcleo de Pardais, Anticlinal de Estremoz
P. Falé ; P. Henriques ; C. Midões ; J. Fernandes ; J. Carvalho (14 páginas)
Palavras Chave: Anticlinal de Estremoz-Borba-Vila Viçosa, Mármore, Descritores Geológicos e Ambientais, Planeamento, Reordenamento.

Resumo: O presente estudo pretende contribuir para o planeamento e reordenamento do território, numa das unidades de ordenamento do anticlinal de Estremoz-Borba-Vila Viçosa, o núcleo de Pardais – UNOR 5, envolvendo a indústria extractiva dos mármores. Foi estudado o conjunto de descritores geológicos e ambientais que melhor caracterizam o espaço analisado. Toda a informação obtida foi cruzada num SIG, de modo a definir áreas favoráveis ou desfavoráveis à exploração, tendo em atenção os condicionalismos encontrados.

10. The Upper Devonian Palynostratigraphy and Organic Matter Maturation of the Pulo do Lobo Domain, South Portuguese Zone, Portugal
Z. Pereira ; P. Fernandes ; J. T. Oliveira (16 páginas)
Palavras Chave: Miosporos, palinoestratigrafia, maturação da matéria orgânica, Devónico Superior, Domínio do Pulo do Lobo, Faixa Piritosa, Zona Sul Portuguesa.

Resumo: Investigações palinoestratigráficas efectuadas na parte portuguesa do Domínio do Pulo do Lobo, Zona Sul Portuguesa, permitiram rever as datações das suas unidades constituintes e estabelecer as seguintes correlações: as Formações de Pulo do Lobo e Atalaia exibem afinidade litológica e de deformação e não permitiram obtenção de datações; as Formações de Ribeira de Limas e Gafo possuem miosporos de idade Frasniano inferior e as Formações Santa Iria, Horta da Torre e Represa foram datadas do Fameniano superior. Os índices de maturação da matéria orgânica das unidades Pulo do Lobo e Atalaia indicam condições de metamorfismo da fácies xistos verdes alta, enquanto os das restantes unidades indicam a parte alta da epizona. Os contrastes metamórficos e estruturais sugerem que o par Formação Pulo do Lobo/ Formação Atalaia foi parte integrante do paleoprisma acrecionário, de idade pré-Fameniano, associado a uma zona de subducção para Norte, enquanto que as restantes unidades depositaram-se numa bacia sedimentar, discordante sobre aquele paleoprisma. É sugerido que esta bacia e a da Faixa Piritosa estiveram em continuidade e pertenceram à mesma área paleogeográfica durante o Devónico superior.


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