Descrição
Artigos
1. Argilas da Região Entre Rio Maior e Alcobaça (Sinclinal de A-dos-Francos) – I – Geologia e Amostragem
Giuseppe Manuppella ; José C. Balacó Moreira (12 páginas)
Resumo: Os autores justificam a realização do trabalho, cuja área pertence à grande unidade designada por Maciço Calcário Estremenho. Nesse contexto traçam a panorâmica do enquadramento geológico da região, e referem-se em particular às formações geológicas aflorantes. Indicam o tipo de amostragem realizada juntando, em anexo, o quadro geral dos resultados da análise química das amostras.
2. Argilas da Região Entre Rio Maior e Alcobaça (Sinclinal de A-dos-Francos) – II – Mineralogia e Quimismo
Luís Serrano (18 páginas)
Resumo: Neste trabalho dá-se conta da composição química mineralógica de argilas do Malm da região de entre Rio Mior e Alcobaça.Com base na composição mineralógica, qualitativa e quantitativa, obtidas pelas técnicas usuais (difracção de raios-X, ATD, TG e análise química), foi possível estabelecer uma cartografia mineralógica com 5 unidades a saber: zona de argilas carbonatadas, zona de argilas montemoriloníticas e uma zona mista a NW (onde coexistem argilas de vária natureza). Estuda-se ainda a possível correlação entre os diferentes óxidos, tendo-se concluído ser ela significativa para os pares MgO-CaO, P.R.-SiO2 e P.R.-CaO.
3. Argilas da Região Entre Rio Maior e Alcobaça (Sinclinal de A-dos-Francos) – III – Estudo Tecnológico
A. Casal Moura ; José M. Conceição Grade (26 páginas)
Resumo: Os autores realizam o estudo tecnológico de 75 amostras argilosas colhidas na região de Rio Maior-Alcobaça (Sinclinal de A-dos-Francos).Após referirem as técnicas e aparelhagem utilizadas, fazem a análise dos resultados obtidos por forma a explicá-los, sempre que possível, como consequência da composição químico-mineralógica das argilas. Procuram, por este processo, justificar o comportamento diverso de certos grupos de amostras. Concluem o trabalho resumindo as características gerais mais salientes das argilas em questão e pronunciam-se sobre a sua provável aplicação no fabrico de telha e tijolo, de agregado leve e, eventualmente, de grês cerâmico.
4. Calcários e Dolomitos da Área de Sesimbra, Cabo Espichel
Giuseppe Manuppella ; José C. Balacó Moreira ( páginas)
Resumo: Este trabalho representa a extensão do estudo já realizado nesta zona, em relação às rochas dolomíticas, pelo que agora se incluem principalmente as formações calcárias. Depois da descrição da localização e vias de acesso à zona, faz-se referência ao enquadramento geológico regional e aos acidentes tectónicos que afectam a área seguindo-se uma descrição detalhada da série estratigráfica local.Apresenta-se a descrição dos cortes realizados para a colheita de amostragem indicando as formações atravessadas, a que se junta o quadro geral dos resultados das análises químicas realizadas, sobre os quais se tecem algumas considerações.
5. Calcários e Dolomitos da Serra da Picavessa, Loulé
Giuseppe Manuppella ; José C. Balacó Moreira (10 páginas)
Resumo: Estando previsto o estudo geral das formações calcário-dolomíticas da bacia sedimentar algarvia, tornando-se, pois, necessária a definição de um critério de amostragem a adoptar. Neste sentido, os autores precederam ao estudo, do comportamento químico das formações da Serra da Picavessa, uma das zonas mais complexas nos aspectos geológico e tectónico de cujos resultados obtidos o presente trabalho nos dá conta.
6. Contribuição para o Estudo da Expansibilidade dos Xistos Ardosíferos da Região de Valongo
A. Casal Moura ; José M. Conceição Grade (20 páginas)
Resumo: Os autores fazem um estudo sobre a expansibilidade dos xistos ardósicos da região do Suzão (Valongo). São descritos os fenómenos que têm lugar durante o seu tratamento térmico e definem-se as transformações mineralógicas de que vem a resultar aquela modificação estrutural. Após se estabelecerem as características dos xistos que exibem aquela faculdade, propõem-se os moldes em que deverá processar-se a investigação futura sobre tal matéria-prima, com o objectivo de tornar viável o seu aproveitamento no fabrico de agregados leves, utilizáveis na Construção Civil.
7. Excursão Técnica do II Congresso Ibero-Americano de Geologia Económica – Apontamentos de Viagem pelo Noroeste Argentino
Adalberto Dias de Carvalho ; J. M. Farinha Ramos (30 páginas)
Resumo: Do programa do II Congresso Ibero-Americano de Geologia Económica realizado, durante o mês de Dezembro de 1975, na república Argentina, constou uma excursão técnica com o objectivo principal de proporcionar a congressistas estrangeiros interessados, um contacto com algumas realidades importantes do país sob o ponto de vista geológico e mineiro.Para o efeito, foi escolhida uma região do noroeste da Argentina onde se situa um trecho notável da imponente Cordilheira dos Andes. A excursão foi orientada pelo Dr. Victor A. Ramos do Serviço Nacional Geológico da Argentina e nela participaram técnicos de diferentes países incluindo os autores desta nota. Durante uma viagem de cerca de 4000 quilómetros foram focados os caracteres geológicos fundamentais de uma região que abrange duas províncias geológicas distintas: Cordilheira Oriental e Serras Pampeanas.
Dos pontos de maior interesse do programa destacam-se as visitas efectuadas a várias minas. A primeira, foi a mina de ferro de Zapia, situada próximo da cidade de S. Salvador de Jujuy, a cerca de 1300 quilómetros de Buenos-Aires. Com uma extracção anual de 450000 ton e a respectiva siderurgia anexa, explora um jazigo estratiforme de 1,80 m de possança com minério hematítico de 48% em Fe. Seguiu-se a visita à mina de Aguilar, localizada na Cordilheira Andina Oriental entre os 4600 e os 5000 metros de altitude. Trata-se de um jazigo de chumbo, zinco e prata que se desenvolve numa extensão de 2200 m com 200 m de possança. A sua génese tem sido interpretada como uma remobilização pelo granito de mineralizações anteriores disseminadas em determinados estratos de rocha e, posterioremente, fixadas em horizontes favoráveis ou preenchendo sistemas de fracturas importantes. O teor médio do minério extraído é de 7,8% de Zn, 6,4% de Pb e elevado conteúdo de prata. Com uma extracção da ordem das 600000 ton/ano é a maior mina destes metais existente em todo o país.
Finalmente visitaram-se as minas de Farallon Negro e Bajo La Alumbrera, ambas situadas em área das Serras Pampeanas que, no âmbito da geologia regional, corresponde a uma zona vulcânica com vestígios evidentes das crateras que produziram lavas andesíticas. Em Farallon Negro existem dois tipos de jazigo: estratiforme (ouro, prata e manganês) e de alteração hidrotermal em maciços intrusivos porfíricos com mineralização de cobre e ouro. Jazigo de descoberta recente, nele decorreram trabalhos mineiros importantes para início, em breve, da sua exploração. Em Bajo La Alumbrera, local vizinho, várias campanhas de prospecção detectaram já um outro jazigo, tipo «porphyry-copper» de avultadas reservas de minério com 0,6% de Cu e 0,7 g/t de Au.
Ao mesmo tempo que se visitavam os estabelecimentos mineiros citados, na passagem pelas cidades de Salta e Tucuman tivemos a oportunidade de sermos recebidos pelos responsáveis pelos departamentos geológico-mineiros das respectivas universidades que, muito amavelmente, elucidaram os congressistas visistantes sobre os seus principais planos e práticas de investigação. Durante toda a viagem outras actividades económicas além da geologia e das minas, puderam ser apreciadas, com destaque para as culturas da cana do açúcar, das vinhas e das grandes criações de gado. Também as visitas a cidades e povoados menores, a museus, a locais históricos e, sobretudo, a possibilidade de contemplar paisagens de beleza inesquecível constituíram um agradável e útil complemento desta excursão técnica.
8. Lineament Patterns and Hypogene Mineralization in Portugal
Delfim de Carvalho (16 páginas)
Resumo: Da análise da distribuição dos jazigos hipogénicos em relação aos alinhamentos geológicos de natureza tectónica e estrutural mais importantes, detectados por critérios geológicos, geomorfológicos e fotogeológicos, resultam implicações de natureza teórica e prática com interesse imediato.Quatro grupos principais de alinhamentos foram definidos: NNE-SSW a NE-SW, NW-SE a NNW-SSW, E-W a ENE-WSW e N-S. A localização dos jazigos endógenos em relação a estes alinhamentos mostra haver uma distribuição preferencial nas áreas próximas das suas intersecções sugerindo que o controlo estrutural foi factor determinante da sua deposição.
Entre os diversos alinhamentos sobressaiem com grande relevo os do primeiro e segundo grupos. Os de direcção E-W são notoriamente importantes à volta das latitudes 40 e 38° Norte e devem corresponder a zonas de fraqueza estrutural profunda. Diversas áreas de aparente interesse para a prospecção são indicadas.
Além disso, sugere-se, que o condicionamento estrutural por alinhamentos e suas intersecções não exclui, de modo algum, a dependência em relação aos ambientes geotectónicos gerados pelos mecanismos da tectónica global. A fracturação que afecta as placas muito provavelmente irá condicionar a localização preferencial da actividade eruptiva e todo o cortejo de mineralizações associadas, podendo resultar uma distribuição não necessariamente linear dos jazigos minerais.
Como exemplo da provável combinação dos dois tipos de controlo estrutural simultâneos é referida a Faixa Piritosa Ibérica.
9. Prospecção Geológica e Geoquímica na Área Scheelítica de Vila Nova de Foz Côa (Norte de Portugal)
J. M. Farinha Ramos ; J. M. Santos Oliveira (40 páginas)
Resumo: Numa primeira fase, realizaram-se estudos geológicos e estruturais à escala regional, que permitiram individualizar áreas menores com possível interesse mineiro. A fase subsequente da prospecção envolveu estudos conjugados geológicos e geoquímicos, a uma escala local, numa das áreas inicialmente definidas como das mais favoráveis (área de Freixo de Numão). A realização de trabalhos de reconhecimento superficial (abertura de sanjas) permitiu a recolha de elementos de natureza geológica e estrutural de pormenor.Estes estudos foram complementados com a descrição das principais unidades líticas. Simultaneamente, foram levados a efeito estudos de prospecção geoquímica. Apresentam-se cartas de distribuição geoquímica do W, Sn e do Be em solos e estudam-se as características de distribuição e variação do tungsténio (e outros elementos) ao longo dos corpos mineralizados.
Os autores concluem existir, na área em questão, uma concordância estrita nos resultados obtidos a partir da aplicação conjunta dos dois métodos. Tornou-se, assim, possível descobrir a existência de níveis calco-silicatados virgens, mineralizados em scheelite em áreas onde a cobertura do solo não tinha permitido previamente a sua evidenciação. Em face dos resultados obtidos, sugerem os autores a aplicação destes métodos de trabalho a outras áreas com características semelhantes, para a prospecção de scheelite.
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